O aspecto social ou melhor o peso da sociedade é, como sabemos, imenso na nossa qualidade de indivíduos. Fomos ensinados a respeitar as regras para sermos aceites pelos nossos pares. Nas sociedades tem de haver regras para evitar o caos. Podemos fazer uma ideia do que seria a convivência social se, na sociedade tal como está estruturada, todos fizessem o que lhes apetecesse. Vamos imaginar o trânsito. Todos sabemos que a condução se realiza pela direita, agora imagine-se se, de repente, algumas pessoas se lembrassem que querem fazê-la pela esquerda, como em Inglaterra, só porque lhes dá mais jeito… Estão a imaginar a confusão! Mas há regras sociais que não são tão rígidas assim, isto é, deixam ao critério de cada um o que devem fazer com a sua liberdade individual. É precisamente aqui que a porca torce o rabo… Já não estamos a falar das regras acima referidas mas de outro tipo de regras. Estou a referir-me àquelas capazes de ferir a susceptibilidade de certas pessoas. O que é engraçado é a forma como as pessoas se sentem atacadas directa ou indirectamente a mais audazes que se lembram de as castigar com palavras capazes de encher de vergonha quem as ouve. Para mim, estas são as pessoas mais perigosas. Nem vivem nem deixam viver. Limitam-se a observar e a criticar negativamente tudo o que vêem e que sai do da sua estreita mentalidade. São estes que se rotulam de observadores dos hábitos e bons costumes e que tentam levar por diante ideias descabidas ou por maldade, o que se nota a maior parte das vezes, ou por simples incapacidade de irem mais além do que lhes foi ensinado. Os jovens são os alvos preferidos destas pessoas. Apesar de perceberem a nota de reprovação no rosto das pessoas, continuam em frente com a consciência de que a diferença não é necessariamente má. Admiro-lhes a coragem. (Eu própria, para conseguir aceitar uma regra, tinha de compreender a razão da sua existência. Se compreendesse, acatava-a, se via que não tinha pés nem cabeça, ignorava-a.) Sim, admiro-os, porque há aqueles que crescem sempre com a vergonha/medo que lhes é incutida/o pelos pais e que os limita de tal maneira que os torna completamente insípidos. O medo enche-lhes o coração, dominando-os completamente. Não fazem nada para evitar atrair atenções negativas e são precisamente estes, muitas vezes, a atirar a primeira pedra, quando alguém dá indícios da coragem que eles foram ensinados a não ter ou que não têm. São estes que vivem para as atenções básicas do quotidiano parecendo ignorar tudo o resto. São pessoas que não trazem nada de bom ao mundo, limitando a sua existência à reprovação do próximo. São este que dizem que acreditam em deus porque os seus pais eram católicos, e os seus avós, e os… parecem não ter capacidade para pensarem por eles mesmos, ou se têm não querem revelar os seus pensamentos. Talvez porque saibam que não valem nada…
Fátima Nascimento
Há pessoas que insistem em confundir estupidez com bondade e o pior é que têm o poder de convencer os outros, pela vergonha, de que têm razão. Mas não é. Estupidez e bondade nada têm
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