opiniões sobre tudo e sobre nada...

Sexta-feira, 30 de Dezembro de 2011
Troika: uma disciplina para os gastos dos estados?

 Não vejo vantagens na troika. Isto é, pelo menos, não via! E também continuo a não ver. Confusos? Eu explico!

O único aspecto positivo, se é que o há, é o de obrigar os países prevaricadores (os seus governantes) a terem cuidado com os gastos internos. Como é possível que se gaste mais do que se ganha? Ainda por cima, não se vêem resultados práticos! Não entendo como é que as em pesas públicas são devedoras e a única razão que me ocorre é a sua qualidade de “públicas”. Dá-me a sensação que todos os directamente ligados a elas vêem, nas mesmas, uma espécie de terra de ninguém com a qual os envolvidos ganham sem se preocuparem a dar a ganhar à própria empresa. Só assim, consigo explicar este défice financeiro que só pode ser ultrapassado, mais cedo ou mais tarde, com os dinheiros, também eles, públicos! Esta parece ser a única garantia daquelas pobres empresas! Enquanto não estiveram pessoas não só competentes como honestas à frente das mesmas, não se pode esperar nada! Bem, a Troika veio pôr algumas regras a este clientelismo desenfreado que se alimenta das pobres empresas públicas onde uns ganham quase tudo e outros quase nada! Esta diferença faz com que o país pague a pobreza que nele grassa! Nenhum país pode ser rico quando a maioria da população vive na miséria! Pode ser aparentemente rico. Nada mais. É uma falsa riqueza! Será que ninguém compreende isto? Vejamos o exemplo da Suíça onde um elemento ligado à saúde, daquele país, diz que não tem grandes despesas com a mesma porque a população tem forma de contribuir, ela própria, uma vez que a população ganha bem para tal. Qual de nós pode dizer isso? Neste momento, não temos dinheiro e muitos nem para pagar a saúde. Quem vai pagar as despesas de saúde senão o estado que somo nós todos, enquanto contribuintes? E quem ganha com isto? Ninguém!

Mas voltando à Troika… Por que é continuo a não acreditar nesta? Para além das razões já conhecidas, nas posições por mim tomadas, continuo a não acreditar porque esta só funciona se e quando houver pessoas de boa vontade no governo e noutras posições chave neste país. Sim, porque as pessoas antes de serem governantes ou administradores são pessoas e estas fazem a diferença toda, onde quer que estejam!


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publicado por fatimanascimento às 15:45
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Segunda-feira, 3 de Outubro de 2011
À semelhança da Grécia

Santo Deus! Não há ninguém capaz de ter coragem para dizer que as medidas da troika não dão resultado? Que é preciso arranjar outras soluções, que só os estúpidos insistem num modelo destes? Que nem um “bom aluno” como o primeiro-ministro português será capaz de dar conta do recado, e não é que seja má vontade, porque o modelo está estropiado? Às vezes, seria melhor ser-se um aluno rebelde e com ideias capaz de contrapor ideias àquelas que lhe querem impingir. Este é que é um bom aluno! Não é aquele que se limita a receber as imposições e a tentar estupidamente pô-las em prática, só porque lhe disseram que era assim. É aquele que sabe dizer não, quando vê que as medidas pedidas não dão resultado. Será assim tão difícil de perceber? É por estas e por outras que o sistema capitalista não funciona. Não sabem encontrar soluções capazes nem se lembram ir à História procurar um modelo capaz de produzir efeitos na Europa, ainda que tendo de fazer as devidas adaptações à realidade de cada país?

Na Grécia, aquele governo já não sabe o que há-de tirar ao povo e este já não sabe o que lhe podem tirar mais. Já têm tão pouco! E o próprio governo parece surdo às manifestações em vez de pôr em dúvida as medidas da Troika! Já quase não há médicos com os cortes que têm vindo a fazer! As pessoas já estão num nível de desespero que já estão por tudo e por nada! Não sabem se hão-de desmoralizar ou continuar a gritar para o boneco e para os ouvidos da polícia de choque! A Troika acabou com a Grécia em menos tempo do que era esperado! Parabéns! Naquele país os ricos estão cada vez mais ricos e a pagar impostos muito abaixo dos seus rendimentos e não criam postos de trabalho! Que estupidez, pensar que dando aos ricos condições estes investiriam no país! Como é que os armadores gregos pagam a irrisória quantia de 10 milhões de euros de impostos e compraram 1000 navios ao módico preço de 40 a 45 milhões de dólares. Estes não só podem pagar mais impostos como ainda lhes sobrará dinheiro para os seus investimentos! A razão está no egoísmo e na ganância do lucro, desde que continuem a ter dinheiro para manter os seus estilos de vida, não querem saber e mais nada! E anda o nosso primeiro-ministro, estupidamente, a tratá-los na ponta dos dedos com medo que eles fujam e levem com eles o dinheiro! Mas eles já fazem isso! Se quisessem investir ou investir mais no país, não precisariam de mais ou menos incentivos, fá-lo-iam e pronto! Eles têm é de ser responsabilizados, embora não tenham culpa da má gestão do país, porque contribuem para ela, uma vez que fogem vergonhosamente aos impostos de todas as maneiras que podem e sabem! Só pensam mesmo neles! Mas atenção, felizmente há empresários cumpridores, pelo menos existem uns mais cumpridores que outros. Mas até estes, um dia, irão provavelmente sentir o apelo das offshores e pensar que não são só eles que têm a obrigação de pagar impostos. E, se calhar, até eles fogem, de alguma forma aos impostos, por contágio! Empresário que é empresário enfrenta as suas responsabilidades, não foge a elas! O problema é que muitos dos países das offshores são tão ou mais miseráveis do que aqueles de onde é retirado o dinheiro! Então, onde está a vantagem para os países receptores dessas contas se não é investido no país? Quem ganha com a criação dessa contas? Ninguém, para além dos próprios que desviam o dinheiro para lá, pensando erroneamente que o dinheiro é só deles (esquecendo-se das pessoas que trabalham, recebem um ordenado miserável e ainda pagam impostos altíssimos sobre aquilo que ganham, compensando, desta forma, o dinheiro que é desviado e deveria ir para o fisco) e provavelmente daqueles (bancos) que o recebem. Mais ninguém ou mais alguém…

 



publicado por fatimanascimento às 17:35
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