Não sei se é só aqui, no nosso país,… não sei se é só agora. Mas há uns anos para cá que me tenho apercebido da dificuldade que existe em mudar seja o que for. Não falo de grandes assuntos, mas de pequenos. Mas imagino que, se nos pequenos assuntos é difícil, então nos grandes dever ser maior… ou talvez não. Talvez isto só se passe neste mundo singelo que é o nosso dia-a-dia. As pessoas, quando começam a trabalhar e se habituam a agir de uma maneira, têm certa dificuldade, perante uma pequena mudança, decidir qual a atitude correcta a tomar em determinada situação. E isto passa-se um pouco por todos os serviços com que tenho contactado. Lembro-me de casos simples de solucionar e o problema e os receios que esses mesmos casos simples levantavam antes de se resolverem. Lembro-me do caso das mudanças de residência dos alunos. Quando os alunos, durante o acto da inscrição, davam uma morada e a seguir, quando alguns papéis mais recentes chegavam às mãos dos directores de turma com outra, a indecisão em escolher a morada certa… Quando mudei de residência, informei os correios e alguns serviços dessa mesma mudança, e mesmo assim, a correspondência continua a dirigir-se para a morada antiga. É claro que, os novos inquilinos têm a paciência de a entregarem em casa dos meus pais e esta situação arrastou-se até há bem pouco tempo… e já me mudei há cinco! Agora, e mais recentemente, o caso das facturas da net. O meu antigo companheiro pediu factura electrónica a consultar na área do cliente. Já comuniquei aos serviços que, para mim, não pode ser assim e que me reenviassem a conta mensal pelos CTT, que pagaria no Multibanco. Esta mudança foi feita em Abril e escusado será dizer que, sempre que pretendo receber a factura a tempo e horas, tenho de telefonar para os serviços, reclamando essa mesma factura, de forma simpática, como sempre faço, explicando que não entendo a demora, uma vez que esse pedido já foi feito uns meses antes. A resposta é sempre a mesma: que a factura está na área de cliente onde a posso consultar, com todos os dados para efectuar o pagamento. Volto sempre a pedir que ma enviem pelos CTT, explicando que esse pedido já havia sido feito por mim, há alguns meses atrás. Depois, vêm as nefastas consequências: cartas ameaçando o corte se o pagamento da última factura não for paga! Para evitar mais gastos, e vendo a vida como ela está, o melhor será mesmo esperar por ela e evitar mais gastos… Mas o que me continua a intrigar é a dificuldade da mudança. Sempre que há uma escolha a fazer faz-se pela mais antiga, como é o caso das moradas, quando têm de decidir entre a mais antiga ou a mais recente, e quando se trata de modificações nos serviços, como é o caso da factura da net, após várias informações da minha parte, no sentido de mudarem a situação pré-existente. É desmoralizante… Será que a informação, dentro dos serviços, não fica registada ou não é passada? O que se pode fazer para mudar esta situação e evitar este problema? Talvez uma maior atenção seja o começo para a mudança no sentido certo…
Como sou uma pessoa que aprende com os erros, aqui vão umas ideias para as financeiras, caso as queiram aproveitar. Não, não se trata de arrogância mas o mercado financeiro também tem de ser criativo. Eu explico. As pessoas instalam-se confortavelmente numa cadeira e aprendem a lidar com o sistema de uma determinada maneira que se irá prolongar por imensos anos… e os ajustes, que têm de ser feitos, ou devem ser feitos, não interessam. Senhores, há que pensar, de vez em quando, sobretudo quando surgem problemas pontuais ou não. Eu aprendi com a minha situação e aqui está o que aprendi. Talvez possam utilizar! Quando nós, cidadãos comuns, optamos pelo débito directo, esperamos delegar sobre os vossos ombros toda e qualquer responsabilidade sobre esse mesmo débito, cabendo a nós ter o saldo da conta disponível para ele… Nós não adivinhamos quando os senhores decidem alterar ou modernizar o vosso sistema informático, por isso, não custa nada comunicar à outra identidade financeira, que gere esses mesmos débitos, essa alteração, para que tudo prossiga sem percalços. Quanto a mudanças de residência e outras possíveis mudanças, o banco onde está sedeada a conta do ordenado do cidadão comum, também é alertada. Enfim, a comunicação entre instituições resolveria grande parte destes problemas que surgem inesperadamente e custam umas boas quantias em juros de mora ao cidadão comum, tão alheio a todo esse processo e até à linguagem que vocês tão orgulhosamente acenam como uma bandeira, sentindo-se realmente importantes, por dominarem bem algo que os outros, simples cidadãos comuns, não habituados a tais termos técnicos, custa compreender. Isto não se processa assim? Eu sei… já senti isso na pele. Agora, é pegar ou largar. Mas pelo que conheço do sistema em geral, as ideias surgem em 2008, por exemplo, e estão completamente implantadas em 2050, com um pouco de sorte. E isto porque aprendendo a proceder de uma forma, tudo o que seja inovação é olhado com reserva, e faz as pessoas sentirem-se inseguras. Ao que parece, acontece em todo o lado… todos têm pavor de errar e ficarem mal vistos ou despedidos. A inovação faz parte da evolução. Pensem neste minúscula ideia… Pode poupar problemas e alguns bons euros ao cidadão anónimo, para além do abalo que sofrem as instituições financeiras na sua imagem. Eu, com esta, vai ser a última vez que faço contrato. Com esta ou com alguma outra…
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