Sei que há pessoas gastadoras: gastam o que têm e o que não têm e ainda gastam o que é de outros. Já me aconteceu encontrar um homem assim, que me arruinou a vida. Depois, há aquelas pessoas que são poupadas de mais e acham que a solução para tudo está na poupança. A maioria das pessoas honestas e pobres ou remediadas pensam desta última maneira. Têm de poupar em tudo! O mais que conseguirem! Não está mal visto, mas, infelizmente, esta não é remédio para tudo! Quanto mais os preços sobem, mais as pessoas se encolhem, excluindo das suas vidas o que consideram supérfluo. É lógico que este raciocínio tem repercussões na vida económica do país. E esta situação não fica só por aqui. Cada vez mais observo pessoas nos supermercados a olhar desesperadamente os preços das chamadas marcas brancas, tentando descortinar se escolhem mesmo o mais barato ou avaliando se têm dinheiro para comprar. Não é por acaso que uma cadeia de supermercados teve tanto êxito na sua campanha dos 50%! A afluência a estes supermercados e a consequente luta por certos produtos revela bem o estado a que chegou este país! Várias pessoas já perguntam quando haverá uma segunda oportunidade! E mesmo que tenha havido uma concorrência desleal (o que sugere que os preços são combinados entre as cadeias das várias marcas de supermercados) só ajudou os mais necessitados, os mais afectados pelas medidas drásticas da troika (que não têm em conta a nova situação – a diminuição do poder de compra - das classes sociais superiores, médias e inferiores). Não é na poupança só que está o ganho. Os governantes precisam do dinheiro e as empresas também têm de lucrar. Ora o que passa despercebido aos mais desatentos é que o lucro para as empresas tem de continuar a entrar, se não é de uma maneira é da outra e quanto mais, melhor! É o que dão a entender através dos sucessivos aumentos. Se não dá lucro, arranja-se forma de dar. Como? Aumentando o preço. Se o povo não paga de uma maneira, obrigam-no a pagar de outra. A minha mãe queixou-se da quantidade de luz gasta que a fizera pagar uma conta enorme para as suas possibilidades. Reparei que não gastara mais. A diferença residia somente no aumento do tarifário da electricidade. Podemos concluir que “estamos presos por ter cão e não ter”. Não há fuga possível. O que revolta são os salários dos gestores das empresas públicas cujos cortes estão a ser avaliados??? Sem comentários… Definitivamente, estamos num país onde há portugueses de primeira e de segunda categoria! A igualdade é só um ideal inconcretizável, um vez que não há vontade política ou firmeza política para tal!
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