Bravo, senhor Presidente. Já desesperava por encontrar alguém que visse os problemas da nossa sociedade e os ajudasse a denunciar. Não se trata de denunciar só por denunciar, mas no sentido de tratar de arranjar soluções, o mais justas possíveis, para construirmos uma sociedade mais justa para todos. Hoje, o senhor Presidente da República deu uma ajuda nesse sentido e não é a primeira vez que o faz. Sempre achei que a figura do Presidente da República deve ser tudo menos meramente decorativa, ou de ser um mero mediador de conflitos… ele deve ter um papel mais interveniente a nível social, não só com vista a eleições mas preocupações verdadeiras, afinal, ele é o presidente de todos, os que votaram e dos que não votaram nele. Eu não votei nele, (ainda me lembrava dos tempos em que ele, enquanto primeiro-ministro, não se importou tanto com o aspecto social!) mas devo dizer que ele me está a surpreender neste sentido. Estou de acordo com ele. Num país onde o ordenado mínimo é muito baixo e onde há muita pobreza, acho que a riqueza está muito mal distribuída: há aqueles que ganham muito e aqueles que ganham muito pouco. Não é que não saiba bem ganhar muito, o que não está certo é haver uns que ganham mais do que o suficiente para fazer frente ao alto custo da vida, enquanto outros há que mal conseguem sobreviver. Numa democracia a igualdade deveria ser uma prioridade, mas não é. Mesmo dentro dos empregados do estado há uma discriminação muito grande, como toda a gente sabe. Agora, estamos enfrentar uma crise hedionda que nos está a afectar a todos, mas todos gostaríamos de lhe fazer face com mais uns quantos cêntimos no bolso. Só que a única coisa que temos em comum é essa mesma crise. Não acredito em pessoas, sejam elas de que quadrante político forem, que não olham para o lado e se interessam pelo que se passa ali, vivendo única e exclusivamente para a sua vida estando-se a borrifar completamente para a vida dos outros. Eu, neste momento, estou desempregada, mas quando trabalhava, e sabendo que não tinha um ordenado por aí além, quando comparado com outros, não me importava de receber menos se isso fosse beneficiar alguém mais carenciado. Embora eu saiba que nunca se deve procurar a solução por baixo mas sempre por cima, e enquanto tal não for possível, teremos de nos contentar com uma solução menos feliz para todos. Mas mais justa…
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