opiniões sobre tudo e sobre nada...

Segunda-feira, 29 de Abril de 2013
Polícia e governo.

 

A atitude da polícia, perante os últimos acontecimentos, ilustram bem a face do governo frente à reação da população portuguesa – medo. De facto, os alicerces deste governo é a defesa policial de que se fazem acompanhar, sempre que se deslocam a qualquer lado, por muito perto que seja da sua zona de conforto. Trata-se de um governo que não acredita no que está a fazer, mas que faz porque lhe foi imposto, sem sequer pensar em negociar o que quer que fosse, como fizeram alguns dos outros países que se encontram na mesma situação da nossa. Logo, não tem a consciência tranquila! A única solução encontrada, para já, é a da repressão sobre os manifestantes. Mas nem solução é! É uma estratégia de remediação que se pode repetir indefinidamente. Quando a situação é tensa, o governo rodeia-se de polícia. Quando não há espaço de manobra possível para negociação, a solução é a imposição. É a mais fácil, o que não abona a favor da inteligência das pessoas que nos governam.

A ação da polícia para com os manifestantes, e pelo que estes contaram, lembra desagradavelmente a da polícia política de período ditatorial. Como todos sabemos, a democracia não pode nem deve aceitar abusos (sejam eles de que natureza forem) pois são estes que contrariam a ideologia daquela. Sempre que há abuso, não há democracia. Sempre que há um atentado à nossa Constituição (uma das melhores da Europa, pós 25 de Abril) há um atentado claro à democracia. Claro que, com o povo descontente, a única solução (já que a vassalagem para com os credores é nítida) é a carga policial, esquecendo-se os motivos que levaram as pessoas à rua. Isso parece não interessar. A ditadura do dinheiro, mesmo que esta ameace a independência económica do país, está à frente de tudo. Por trás das instituições credoras, há pessoas cujas intenções desconhecemos, embora possamos ter um vislumbre da sua pretensão, se estivermos atentos ao que está a acontecer na Grécia, a cobaia europeia de uma política financeira desumana e aterradora que a está a agonizar. E o ciclo parece não ter fim. A espiral absorvente dá mais dinheiro em troca de exigências cada vez mais agonizantes para um país cujo fim parece próximo. Parece haver um sadismo sem limites nas imposições àquele país.

Portugal não vai ter melhor sorte, a não ser que alguém já tenha aprendido com os erros cometidos na Grécia ou haja políticos europeus de boa vontade capazes de arranjar soluções para uma europa mais igualitária. Só assim poderemos ter uma Europa feliz se queremos que ela prevaleça. Sofrer por sofrer, se calhar, será melhor sofrermos sozinhos, pois talvez, desta forma, tenhamos mais espaço de manobra no sentido de arranjar mais e melhores soluções capazes (e há tantas!) de solucionar capazmente o problema da crise. Por agora, só andamos a fingir que se faz alguma coisa e, o pior de tudo, é que o que se faz está a destruir o pouco que temos e a tornar-nos cada vez mais dependentes do exterior. Ninguém é feliz neste ciclo infernal.

 



publicado por fatimanascimento às 14:34
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Segunda-feira, 27 de Outubro de 2008
Horários, escola e…polícia!

Todas as manhãs é o mesmo: tudo a despachar! Leva-se a mais nova à escola, que é a que entra mais cedo, e depois os mais velhos, que entram 15 minutos mais tarde. O portão da escola abre às 7.50 e fecha às 8 horas, hora de entrada na escola. No início, davam uma tolerância de 15 minutos que eu aproveitava para fugir à confusão de trânsito que se acumula diante do portão à hora da abertura. O mesmo acontece à porta do liceu onde deixo os mais velhos: há carros a iniciar a marcha, outros parados, outros a chegarem à procura de sítio para pararem, estorvando, o mínimo possível, os outros carros que querem só passar, só que o espaço é maior… Diante da escola primária, há sempre um agente da PSP, encarregado de controlar o trânsito, o que não é fácil, devido à confusão gerada, dia após dia. Porém, a atitude dos agentes da autoridade varia de pessoa para pessoa. Enquanto uns estão em cima dos condutores lembrando-os daquilo que eles estão fartos de saber – não podem parar diante do portão da escola mais do que o tempo de deixar sair os miúdos – e, quando isso acontece, o condutor tem de pegar na sua viatura e pará-la mais à frente, onde tiver lugar… O que não é simples, nem fácil… e gera mais confusão ainda! Há outros agentes que, desde que a passadeira esteja livre para as crianças passarem, e eles encarregam-se mesmo de assegurar a passagem das crianças, ao mesmo tempo que facilitam a árdua tarefa dos condutores, sem os importunarem, no que respeita ao tempo de paragem diante da escola para deixar os filhos… mostrando-se sempre compreensivos e interessados em ajudar. Já pensei, e para ajudar a evitar a confusão, de pedir à escola a continuação dessa tolerância o que evita a aglomeração de viaturas todas as manhãs ao portão daquela escola, com todas as consequências nefastas para os condutores e moradores daquela rua. Esta seria uma das soluções para evitar tal confusão, logo de manhã, o que põe os nervos em franja aos condutores, sempre preocupados e com alguns agentes sempre prontos a importunarem. Depois, e apesar da boa vontade de alguns agentes, levando-os a facilitar e a ajudar a gerir aquela confusão toda, é sempre aborrecido para todos… a melhor ideia mesmo é a da continuação dos 15m de tolerância!

Ainda hoje de manhã, eu apercebi-me de um agente que, numa outra rua, onde existe outra escola do ensino básico, cujo trânsito acaba por ser ainda mais complicado, a escrevinhar num papel e a olhar o relógio, para registar a altura da ocorrência!



publicado por fatimanascimento às 14:11
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Sexta-feira, 5 de Setembro de 2008
Multas pelo correio

Fui multada duas vezes. Numa das vezes, regressava de uma curta visita a Tomar, pela estrada antiga, que liga a A23 a Tomar. Eu conhecia de cor aquela estrada e os sinais implantados na berma. Nesse dia, rolava a dentro da velocidade permitida, atrás de um longo camião de mercadorias, quando mais à frente, vejo o camião a abrandar a marcha, para estacionar à berma da estrada. Assim que ele se desviou do meu campo de visão, deparei com um guarda da Brigada de Trânsito que me indicava o mesmo sentido. Fiquei admirada, sem compreender o que se passava. Baixei o vidro e esperei pela ronda dele ao carro. Mostrei-lhe os documentos pedidos e esperei, a tremer, pelo que se seguiria. A minha transgressão fora a velocidade. Fiquei atónita. Expliquei-lhe que era impossível. Não, não era, foi a resposta, a placa indicadora da velocidade fora trocada há dois dias atrás! Como não ia a Tomar há algum tempo, tal facto passara-me despercebido! Eu não vira tal placa, mas a redução indicada pela nova placa ainda era substancialmente inferior à anterior, (cerca de trinta quilómetros a menos!) pelo que a velocidade a que eu ia, excedia até a tolerância dada! Regressei a casa com a certeza de que iria receber em casa uma multa referente à transgressão!

Passados uns anos, o meu ex-companheiro levava a minha filha mais nova ao infantário, quando foi surpreendido por um polícia de Segurança Pública, à rotunda. Não levava cinto. Como o carro estava em meu nome, e ninguém o obrigou a parar, a multa veio em meu nome. Terminada essa relação, eu não imaginava a que transgressão se referia a carta recebida e ainda esperei uns dias (metera-se o fim-de-semana!) até descobrir. O meu espanto foi grande ao perceber que eu, tão cuidadosa com o cinto de segurança, fora pretensamente apanhada em falta. Não era possível. Lembrei-me então da conversa do meu ex-companheiro. Após algumas tentativas de culpar a minha filha mais nova, e depois de eu referir que a redacção da multa era clara quando mencionava o “mau uso ou falta de cinto” pela parte do condutor, ele lá concordou em pagar a dita multa. Este tipo de multas enviadas pelo correio, são como já demonstrei de dois tipos: a que nos fazem parar e aquelas que voam até à nossa caixa do correio, sem qualquer aviso prévio, isto é sem uma informação directa, daquelas que fazem para os condutores e os avisam. A importância entre elas é a de saber ao certo quem conduz a viatura. Da primeira vez, embora me tenha custado, foi mais justa do que esta última, em que fui multada sem ter culpa nenhuma. Se o polícia se tivesse dado ao trabalho de o mandar parar, teria sido o condutor e não a dona da viatura a arcar com as culpas. Se se tiver, daqui em diante, esse cuidado, vão acontecer menos injustiças e a polícia será vista com outros olhos, isto é, com menos receios.

 



publicado por fatimanascimento às 14:18
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Sábado, 11 de Agosto de 2007
O caso de Maddie e de tantas outras crianças...

   Este é mais um caso chocante, envolvendo desaparecimento de uma criança, para juntar a todos os outros que já conhecemos e outros que o mundo desconhece. O que mais me assusta, é ver como as crianças desaparecem sem deixar rasto… nas mais variadas idades, deixando as autoridades completamente desorientadas. E isto não se passa só aqui, mas parece ser assim em todo o mundo. Parece que o fim dos enredos policiais só existem mesmo nos romances policiais, nos casos reais, bem, os reais ficam a meio…

   O caso Madie, lembrou-me um que eu vivi aqui há uns anos com a minha filha do meio. Tinha-me separado há pouco tempo, e tinha ido ao supermercado com os meus três filhos, a mais pequena dos quais tinha poucos meses. Como estávamos com pressa, eu colqouei a cadeirinha do bebé no carro, colocámos as compras na bagageira e, quando nos preparávamos para partir, os dois mais velhos lembraram-se que tinham de arrumar o carrinho das compras, tarefa que coube à minha filha do meio e o mais velho foi buscar um saco que deixara guardado no balcão das informações do supermercado, quando entráramos. Eu, que esperava pelos dois, decidi, a determinada altura, retirar o carro do sítio onde estava estacionado, e colocá-lo a jeito de sair, logo que eles chegassem. Foi o melhor que me poderia ter passado pela cabeça. De repente, quando olho pelo espelho retrovisor, vejo um indivíduo ruivo, gordo a aproximar-se da minha filha, ao que parecia para lhe pedir alguma informação. Não liguei. Voltei a olhar pelo retrovisor para cobrir o regresso deles, quando vejo a minha a minha filha a ser conduzida pelo tal indivíduo, que já lhe havia posto familiarmente o braço pelos ombros e se inclinara para lhe dar um beijo na face. Eu estranhei aquilo que me pareceu um abuso. Saí imediatamente do carro e gritei à miúda o que se passava. Ele fez-lhe ainda algumas perguntas, e saiu apressadíssimo do pé dela, deixando a miúda tão confusa como no momento em que a abordara pela primeira vez. Ela, então com oito anos ainda (quase nove), confusa ainda, contou-me que lhe parecia que a levava em direcção ao carro dele, já não me lembro a que pretexto, e quando a interroguei porque é que ela ia, respondeu-me que pensava tratar-se de familiares do pai que ela não conhecia ainda, e que residiam em França a maior parte do tempo. Fiquei aterrada! Percebi imediatamente o que se tinha passado! Graças a Deus, eu tinha retirado o carro do estacionamento, graças a Deus, o homem levara-a por aquele caminho, de onde pude ver o que se passava e agir prontamente, graças a Deus…

   Ainda a propósito deste assunto, li, aqui há uns anos atrás, um artigo sobre os casos de pedofilia na Bélgica que me chocou profundamente. Tinha chegado a Santa Apolónia para apanhar o comboio que me levaria a casa nesse fim de semana e, como ainda tinha tempo, resolvi comprara a revista Paris Match, que trazia, ainda me lembro, na capa a fotografia do malogrado John-John Kennedy e da sua mulher que haviam falecido naquele trágico acidente aéreo. Eu, ao abrir a revista, e depois de ler o que acontecera ao casal, continuei a folhear a revista e encontrei aquilo que nem na capa me lembro de estar anunciado: uma reportagem sobre os casos de pedofilia na Bélgica. Tratava-se daquilo que me pareceu o depoimento de vários polícias que haviam trabalhado afincadamente na rede pedófila e, quando se estavam a verificar resultados, isto é, quando começaram a ver que a investigação conduzida por estes profissionais estava a dar resultado, e os culpados estavam prestes a serem descobertos, e que esses culpados estavam muito bem posicionados na hierarquia social, esses profissionais foram inexplicavelmente afastados das investigações e substituídos por outros, cuja função levou ao impasse das investigações. Ao ler a descrição de tudo quanto aqueles corajosos jornalistas fizeram para sair daquele país com vida, aconselhados pelos não menos corajosos e íntegros polícias, percebi o perigo todo…

   A solução para casos destes, passa pela criação de uma polícia especializada nestes casos, independente, paga directamente pelos contribuintes, interessados na resolução destes casos. Como nos casos das associações por quotas, fundações… Eu sentir-me-ia mais segura, não se porquê… ou talvez saiba.



publicado por fatimanascimento às 11:48
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