Temos tendência para avaliar as obras de arte, entre outros aspectos, pelo seu tamanho. Esta é uma ideia errada. Há quadros pequenos dotados de um encanto que não se encontra em muitos grandes! Depois, e dando ouvidos aos especialistas, é muito mais fácil pintar um quadro grande do que um pequeno! É difícil colocar em ponto pequeno o que se consegue facilmente realizar num tamanho superior. Há pouco tempo, tive oportunidade de verificar isso mesmo. Tive a oportunidade de admirar um quadro pequeno cuja pintura se exprimia em pequenas e elegantes formas geométricas, que respeitavam a forma de peixes. Observei também outro onde, as formas mal definidas de conjugavam, em perfeita harmonia, com outras geométricas. Eram de um encanto extraordinário! Percebendo que a maior fatia do público não dava grande valor aos quadros pequenos, caí no erro de sugerir ao pintor que realizasse outros em ponto grande. Eu tinha razão, mão deveria era ter feito tal sugestão! Calei-me envergonhada. Ele não estava errado ao preferir quadros pequenos aos grandes! O que se tem, pelo contrário, de fazer, de é de insistir neles para ajudar as pessoas a perceberem que o valor entre uma quadro grande e pequeno é igual. Falamos do aspecto pictórico, é claro. Temos de deixar de ter, perante a arte, uma ideia materialista. A arte vale pelo que é e não pelo tamanho que tem! Há que mudar a mentalidade das pessoas mas, como tudo nesta vida, leva o seu tempo! Às vezes, demasiado! No caso dos livros passa-se o mesmo. Um romance para ser digno desse nome tem de ser, forçosamente, volumoso. Qualquer livro tem de ser volumoso para ter valor! Do que se esquecem as pessoas é que, para encontrar nele encanto, não é preciso quantidade, é necessária a qualidade também. E encontramos pequenos romances, contos, novelas, etc. que têm um encanto que não encontramos em muitos enredos volumosos! O que se tem de fazer é de manusear a obra e perceber até que ponto a linguagem nos seduz. Há que ir às livrarias/galerias e mais do que procurar títulos/pintores, há que abrir/ver obras conhecidas ou desconhecidas e perceber até que ponto elas nos seduzem a ponto de as querermos comprar ou se têm o efeito oposto não nos dizendo absolutamente nada, podendo criar em nós um sentimento de rejeição. O que é bom para mim, não é necessariamente para outro. Já aconteceu seguir a opinião de outras pessoas e acontecer a obra não me dizer nada, não conseguindo avançar além dos primeiros capítulos. Quando lá chego! Depois, há também uma aprendizagem a ter em consideração, e o que agora não me agrada não quer dizer que, daqui a pouco tempo, não me agrade. Como tudo, e como seres humanos que somos, estamos em constante aprendizagem. E esta quer dizer, muitas vezes, evolução, quando é feita no bom sentido.
Fátima Nascimento
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