Já todos conhecemos o papel fundamental que os jornais e outras publicações periódicas têm na sociedade. Eles são os nossos olhos e os nossos ouvidos. Formulamos, muitas vezes, as nossas opiniões sobre os mais variados assuntos, assentes nas informações dadas por eles. Daí a importância que o poder político dá a todos os meios de comunicação, sobretudo à televisão, onde a informação chega a um grupo mais lato de pessoas. Daí a necessidade de se ter uma televisão pública, dependente do estado Mas há medida que o tempo passa, outros caminhos parecem abrir-se ao jornalismo, especialmente, ao de investigação. Há pouco tempo, uma entrevista dava conta desse novo ramo da investigação, liderado, nos Estados Unidos, por um famoso senhor chamado David Protess, que já salvou bastantes condenados pela justiça americana a uma pena injusta. Vivemos numa sociedade desigual e injusta. Numa sociedade destas, não admira que o crime prolifere. Quando tal acontece as pessoas, cansadas e vítimas de tanta violência, querem resultados. Muitas vezes, estes passam por justiças sumárias, apertadas pela força política sempre desejosa de apresentar resultados satisfatórios aos eleitores. Foi neste cenário que apareceu este senhor que, para além de muitos anos dedicados ao jornalismo de investigação, descobriu, dentro deste, uma área dedicada aos casos encerrados da justiça americana, mas que deixaram dúvidas. Este senhor pegou nalguns destes casos e mostrou que… a justiça tinha errado! O resultado foi amplamente positivo uma vez que salvou algumas pessoas inocentes da pena de morte e tirou inocentes da cadeia dando espaço para a descoberta e condenação dos verdadeiros autores dos crimes. Já inocentou onze vítimas de erros judiciais. Ele fez justiça… fora dos tribunais, ajudando ao esclarecimento de certos aspectos importantes e decisivos dos diferentes processos que avaliou e das testemunhas que entrevistou. O que faz ele que os seus congéneres não fazem? Um autêntico jornalismo de investigação, isto é, um jornalismo independente que não se baseia nas investigações policiais. Depois destes êxitos, pessoas de todo o país procuram-no para que tome em mãos casos que lhe contam, o que mostra que, depois do que fez, há, provavelmente, muito ainda para fazer. Mas, como para tudo, há um lado negro no seu brilhante caminho: os inimigos involuntariamente angariados. Nas suas investigações, houve pessoas que se sentiram expostas com a ilibação dos condenados uma vez que os casos foram tendo consequências imprevisíveis para os actores da justiça, uma vez que aquela hipótese estava longe dos seus horizontes. Errar é humano. Todos erramos. O perigo reside em não se querer assumir o erro. Assim, há algumas vozes que se juntam pondo em causa o seu trabalho. O que custa é a difamação que só serve para pôr em causa o trabalho honesto de alguém. Já foram intimados a explicar os seus métodos de investigação. Mas como quem não deve não teme, é tudo só uma questão de tempo até este tipo de trabalho ser completamente reconhecido. Por cá, como não somos propriamente ícones emblemáticos na aplicação da justiça, fazia jeito alguém assim…
Nem queria acreditar no que lia! A notícia aparecia numa das páginas de um jornal da imprensa escrita nacional, meio escondida no verso da folha, como se tivesse vergonha de se mostrar. Ao que parece, os peregrinos que se deslocam à Terra Santa, são acometidos de uma espécie de doença psíquica temporária. Esta fá-los acreditar que são personagens bíblicas, levando-os a agir como tal, durante a sua permanência naquela localidade. Sim, porque, e ao que parece, esta doença cura-se com uma viagem de regresso a casa. De facto, parece ser uma verdade adquirida que, os peregrinos, ao tocarem solo natal, esquecem-se desse devaneio e retomam a sua vida normal, sem quaisquer complicações, pelo menos aparentemente, como se acabassem de acordar de um sonho. Sim, porque enquanto dura o sonho, o comportamento humano restringe-se à história que vive nesse sonho, vivendo-o intensamente, para só acabar quando acordamos, sem muitas vezes nos lembrarmos deles. Acordamos, isso sim, cansados, transpirados, aflitos… Só que, aqui, o caso parece ser bem mais complicado, uma vez que atinge a mente dos peregrinos enquanto estão acordados, apoderando-se com uma força deles, que o seu comportamento sai do controlo delas, chegando mesmo a motivar o internamento das pessoas atingidas pelo fenómeno. E isto parece estar a acontecer cada vez com mais frequência… o que leva a pensar, longe das brincadeiras que tais acontecimentos possam motivar, já que o assunto é sério. O que se passa na Terra Santa? Será que antes já se registavam casos desses, ainda que esporádicos, ou é só agora? O que levará os peregrinos a perderem o controlo desta maneira, como se, de repente, fossem acometidos de uma espécie de esquizofrenia súbita? Não deveriam ser, estes casos, objecto de estudo sério, pelas autoridades competentes, que poderão pertencer a mais de um campo de pesquisa, de forma que se perceba, de uma vez por todas, o que lá sucede. Até pode ser que tudo não passe de um acontecimento natural, perfeitamente explicável, ao qual não estamos habituados, atingindo só os peregrinos com determinadas características, mas, se eu fosse peregrina, gostaria de ver o caso esclarecido. Até porque não estou livre que tal me venha suceder, se, um dia, eu lá for…
Fátima Nascimento
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