opiniões sobre tudo e sobre nada...

Sexta-feira, 6 de Junho de 2008
Os conflitos do Médio Oriente

 

Olho, no mapa, aquele cantinho do mundo e custa-me a perceber como é que os povos árabes e israelita, depois de tantos anos de desentendimentos e guerras, ainda não conseguiram uma plataforma de entendimento para a implementação da paz naquela região. Houve tentativas, e todos nos recordamos delas, aqui há uns anos atrás, entre dois grandes homens que, apesar de tudo os que os desunia, tentaram encontrar uma solução pacífica para os problemas que os dividia e aos seus respectivos povos – Yasser Arafat e Yitzhac Rabin. Estou certa de que conseguiriam, não fosse a morte inesperada e extemporânea do líder israelita, alvejado por um compatriota seu, pertencente a um partido extremista. Olho para estes dois homens, já desaparecidos, e penso na diferença que faz, na política, a natureza humana das pessoas que, antes de serem políticos, são homens e os homens que são, reflecte-se nas escolhas dos caminhos políticos a seguir. Para chegar a esta plataforma, eles percorreram um longo caminho, e foi preciso coragem para reconhecerem que estavam errados e que era preciso enveredar por um caminho diferente. Eles eram, sobretudo, homens de boa vontade, que encontraram, em ambos, a aspiração comum de estabelecer a paz entre os dois povos, tão martirizados pelo ódio, a destruição, as mortes, a desolação… Porque não poderão, estes dois povos, viver em paz? Porque não poderão todos os países daquela região viver em paz? Para haver paz, tem de haver confiança e, para haver confiança, tem de haver pessoas de boa vontade, de ambas as partes, a querer o mesmo. Não me refiro só aos dirigentes políticos mas aos povos também, que são as principais vítimas de actos terroristas e bélicos. Ponho-me na pele de um judeu ou de um palestiniano ou de um árabe, cidadãos comuns de boa vontade, que se levantam de manhã para trabalhar, levar os filhos à escola ou que têm outra rotina diferente… enfim, que levam uma vida normal, como qualquer outra pessoa numa outra qualquer parte do mundo, e ponho-me a pensar qual será a aspiração deles, de que forma um clima de paz duradouro e enraizado poderia ser benéfico para as suas vidas e a dos seus filhos. Uma vida sem medos, onde todos se respeitassem, e onde a confiança pudesse reinar… bastava haver mais pessoas de boa vontade, como aquelas duas, e eu acredito que as há! Mas são precisas muitas, porque basta uma pessoa de má vontade, para que todos os esforços sejam vãos. É altura de esquecer os rancores do passado, para construir um futuro de horizonte liberto de nuvens ameaçadoras. É preciso mostrar a todos, os de má vontade, que só num clima destes as pessoas poderão ser verdadeiramente felizes, eles inclusive e que, para além das nações, culturas, tradições… somos todos seres humanos, com a mesma aspiração – a felicidade.



publicado por fatimanascimento às 17:55
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Segunda-feira, 17 de Março de 2008
O Tibete

Este pequeno minúsculo pacífico país, escondido no alto dos cumes enevoados e frios das montanhas mais altas do mundo, nunca foi, pela sua cultura, um país ameaçador ou em vias de o ser, convivendo sempre pacificamente com os outros estados vizinhos numa atitude de profundo respeito e humildade, atitude que caracteriza o seu representante legal, o Dalai Lama, agora exilado na Índia. Por alturas da Segunda Guerra Mundial, a China comunista invade e toma posse daquele território perante a incredulidade e a impassibilidade mundiais. Era o fim de um pequeno e recôndito estado, há cerca de meio século, inexplicavelmente, debaixo do domínio de sucessivos governos chineses que tentaram sufocar culturalmente o pequeno estado, ao que parece, ingloriamente. Embora casos de violência tivessem sido denunciados, ao longo daquele já longo período de domínio chinês, o mundo inteiro nada fez para ajudar a resolver o problema deste minúsculo estado, limitando-se a uma política hipócrita de ambivalência do - não concordo, mas também não me meto! Resta àquele povo a incansável acção do seu representante máximo, que nas suas deslocações constantes, leva a causa do seu povo aos outros países, na tentativa de não deixar esquecer o que por lá se passa (e o que aconteceu!). Embora os todos os governos chineses se tenham esforçado por integrar aquele povo na sua cultura, e apesar das sucessivas camadas de população chinesa que imigraram para lá, as recentes manifestações provam que eles não o conseguiram e que aquele pacífico povo continua fiel às suas raízes. Como toda a potência dominadora, a administração chinesa procura abafar toda e qualquer manifestação que relembre os tempos anteriores à anexação do território tibetano, mesmo recorrendo à força contra uma população indefesa cuja única arma são a vontade de inverter uma situação que já dura há demasiado tempo. Se o actual governo chinês acha que consegue lidar com esta determinação (esta resistência), então, ele não entende que a fé move montanhas. E se não consegue compreender algo tão simples, num país profundamente religioso, então, e tal como aconteceu já em muitos episódios da história mundial, o país dominador tem os dias contados lá. Nada demove um povo determinado, pode demorar, mas eles expulsam sempre os opressores, sejam eles quem forem. Quanto aos outros países do mundo, talvez se devessem questionar sobre o persistente interesse de um grande país como a China num estado tão pequeno, e, aparentemente, sem os grandes e tão cobiçados recursos primários que movem nações a dominar outras. Qual será o verdadeiro interesse da China por aquele estado, que se dá a tanto trabalho para integrar uma região dentro das suas fronteiras, sem querer saber da vontade do seu povo? Que interesse será esse que o leva a ser implacável com pessoas desarmadas cujo único intuito é a recuperar a independência e a dignidade perdidas? Depois, o que é mais importante do que a vontade de um povo?



publicado por fatimanascimento às 17:08
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Quarta-feira, 3 de Outubro de 2007
Situações insólitas

Há situações no mínimo insólitas e incompreensíveis! Desapareceu uma criança há quase meio ano, sem deixar rasto, do sul do país, deixando toda a população portuguesa, e não só, consternada. O que é que todos esperam quando algo assim sucede? Que todos os esforços se conjuguem para encontrar o mais rapidamente a criança ou para descobrir o que lhe aconteceu. Mas a que é que assistimos? A duas polícias que, em vez de juntarem esforços para resolverem este caso o mais rapidamente possível, trocam comentários que em nada ajudam a solução deste triste caso. Eu compreendo que deve ser emocionalmente intenso e esgotante esta investigação, uma vez que parece não haver pistas, mas a culpa não é, certamente, das forças policiais portuguesas, que, como toda a pessoa no seu emprego, dá o seu melhor. Não é só a imagem dessas forças policiais que está em causa, como também a do próprio país que, aqui, pode mostrar, ou não, a sua capacidade para resolver este caso. O caso Joana, (e não só), que ainda levanta muitas dúvidas, não contribui também para a serenidade das forças policiais, que não chegaram, ao que parece, a nenhuma prova conclusiva, tanto quanto sei. Depois, a imprensa inglesa não está a ser branda com a nossa polícia judiciária, acusando-a de não ter cumprido bem a sua função, o que não favorece igualmente, em nada, esta investigação. Agora, todas as pistas são boas, e têm de ser seguidas, não se devendo deixar nenhuma de lado, pelo menos enquanto não se provar que determinada pista é falsa. Depois, cada polícia pode seguir as suas pistas, mesmo que as forças policiais não estejam todas de acordo em relação às mesmas a seguir. O que não se compreende é que as polícias, andem de candeias às avessas, com acusações que nada contribuem para a resolução deste caso. O que se espera delas, não é demissões ou afastamentos de pessoas que conhecem bem o caso, e precisam-se de todas as pessoas para o resolver, mas da conjugação dos seus esforços. Quanto à comunicação social, ela terá de se afastar um pouco do caso, e esperar, pacientemente, que haja notícias interessantes e conclusivas sobre a evolução da investigação, tentando afastar, deste caso, toda a emoção, provavelmente, resultante da pressão a que as forças policiais estão a ser sujeitas. Esperemos é que a serenidade regresse à investigação, porque está a sorte de uma menina em jogo e a justiça que tem e deve ser feita. E todos queremos ver este caso resolvido o mais rapidamente possível, não é? Para isso, tem de haver serenidade…



publicado por fatimanascimento às 06:27
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