opiniões sobre tudo e sobre nada...
Terça-feira, 11 de Junho de 2013
Multas manhosas
Como e possível que certos comentadores peçam aos portugueses que acreditem nas instituições quando a maneira como agem as mesmas cria tanta desconfiança no povo português?
Soube pela informação veiculada pelos meios de comunicação que todas as famílias portuguesas tinham recebido pelo correio as multas pelo atraso no pagamento do antigo imposto de selo e atual imposto de circulação?
Questões que se levantam: Será que estas famílias receberam uma carta de aviso primeiro anunciando o atraso no pagamento? Será que o fisco teve o cuidado de perceber primeiro o que se passava com estas famílias, nomeadamente se os adultos responsáveis por essas famílias estão a passar por dificuldades já que todos sabemos que o desemprego aumentou e os salários diminuíram trazendo a essas famílias dificuldades acrescidas? Depois de ouvir as palavras da pessoa que justificou a necessidade desta medida com a distração dos portugueses quanto à data da aquisição das viaturas, terá esse organismo enviado uma carta ou um email como fazem as seguradoras lembrando a data de pagamento do tal imposto ou ter-se-á aproveitado disso para equilibrar, pela força, as contas do estado cujo buraco parece não ter fim? Será esta mais uma forma de fugir às reformas estruturais a que este e outros governos têm fugido não se atrevendo a cortar na gordura do estado?
O que o povo já aprendeu à sua custa é que é sempre ele a pagar pelos erros e abusos alheios. Afinal, ninguém sabe que eles existem, mas conhecem aqueles que tentam socorrer mesmo que isso implique aumentar os impostos a um povo que, ao contrário dos seus pares europeus, recebe menos e paga mais impostos numa desproporção incomportável?
Já alguma instituição governamental veio lamentar ou tentar melhorar consideravelmente (sem ser nas promessas próprias do tempo eleitoral)as condições de vida de quem trabalhou uma vida inteira em prol de um país cujos governos sucessivos nunca mostraram respeito, mínimo que fosse, por eles? Se assim fosse não haveria tanta pobreza e tanta desigualdade neste país!
É por estas e outras que a classe política está descredibilizada. E não venham comentaristas dizer que há políticos e políticos… afinal, nós não conseguimos diferenciá-los!
Segunda-feira, 27 de Outubro de 2008
Horários, escola e…polícia!
Todas as manhãs é o mesmo: tudo a despachar! Leva-se a mais nova à escola, que é a que entra mais cedo, e depois os mais velhos, que entram 15 minutos mais tarde. O portão da escola abre às 7.50 e fecha às 8 horas, hora de entrada na escola. No início, davam uma tolerância de 15 minutos que eu aproveitava para fugir à confusão de trânsito que se acumula diante do portão à hora da abertura. O mesmo acontece à porta do liceu onde deixo os mais velhos: há carros a iniciar a marcha, outros parados, outros a chegarem à procura de sítio para pararem, estorvando, o mínimo possível, os outros carros que querem só passar, só que o espaço é maior… Diante da escola primária, há sempre um agente da PSP, encarregado de controlar o trânsito, o que não é fácil, devido à confusão gerada, dia após dia. Porém, a atitude dos agentes da autoridade varia de pessoa para pessoa. Enquanto uns estão em cima dos condutores lembrando-os daquilo que eles estão fartos de saber – não podem parar diante do portão da escola mais do que o tempo de deixar sair os miúdos – e, quando isso acontece, o condutor tem de pegar na sua viatura e pará-la mais à frente, onde tiver lugar… O que não é simples, nem fácil… e gera mais confusão ainda! Há outros agentes que, desde que a passadeira esteja livre para as crianças passarem, e eles encarregam-se mesmo de assegurar a passagem das crianças, ao mesmo tempo que facilitam a árdua tarefa dos condutores, sem os importunarem, no que respeita ao tempo de paragem diante da escola para deixar os filhos… mostrando-se sempre compreensivos e interessados em ajudar. Já pensei, e para ajudar a evitar a confusão, de pedir à escola a continuação dessa tolerância o que evita a aglomeração de viaturas todas as manhãs ao portão daquela escola, com todas as consequências nefastas para os condutores e moradores daquela rua. Esta seria uma das soluções para evitar tal confusão, logo de manhã, o que põe os nervos em franja aos condutores, sempre preocupados e com alguns agentes sempre prontos a importunarem. Depois, e apesar da boa vontade de alguns agentes, levando-os a facilitar e a ajudar a gerir aquela confusão toda, é sempre aborrecido para todos… a melhor ideia mesmo é a da continuação dos 15m de tolerância!
Ainda hoje de manhã, eu apercebi-me de um agente que, numa outra rua, onde existe outra escola do ensino básico, cujo trânsito acaba por ser ainda mais complicado, a escrevinhar num papel e a olhar o relógio, para registar a altura da ocorrência!
Sexta-feira, 5 de Setembro de 2008
Multas pelo correio
Fui multada duas vezes. Numa das vezes, regressava de uma curta visita a Tomar, pela estrada antiga, que liga a A23 a Tomar. Eu conhecia de cor aquela estrada e os sinais implantados na berma. Nesse dia, rolava a dentro da velocidade permitida, atrás de um longo camião de mercadorias, quando mais à frente, vejo o camião a abrandar a marcha, para estacionar à berma da estrada. Assim que ele se desviou do meu campo de visão, deparei com um guarda da Brigada de Trânsito que me indicava o mesmo sentido. Fiquei admirada, sem compreender o que se passava. Baixei o vidro e esperei pela ronda dele ao carro. Mostrei-lhe os documentos pedidos e esperei, a tremer, pelo que se seguiria. A minha transgressão fora a velocidade. Fiquei atónita. Expliquei-lhe que era impossível. Não, não era, foi a resposta, a placa indicadora da velocidade fora trocada há dois dias atrás! Como não ia a Tomar há algum tempo, tal facto passara-me despercebido! Eu não vira tal placa, mas a redução indicada pela nova placa ainda era substancialmente inferior à anterior, (cerca de trinta quilómetros a menos!) pelo que a velocidade a que eu ia, excedia até a tolerância dada! Regressei a casa com a certeza de que iria receber em casa uma multa referente à transgressão!
Passados uns anos, o meu ex-companheiro levava a minha filha mais nova ao infantário, quando foi surpreendido por um polícia de Segurança Pública, à rotunda. Não levava cinto. Como o carro estava em meu nome, e ninguém o obrigou a parar, a multa veio em meu nome. Terminada essa relação, eu não imaginava a que transgressão se referia a carta recebida e ainda esperei uns dias (metera-se o fim-de-semana!) até descobrir. O meu espanto foi grande ao perceber que eu, tão cuidadosa com o cinto de segurança, fora pretensamente apanhada em falta. Não era possível. Lembrei-me então da conversa do meu ex-companheiro. Após algumas tentativas de culpar a minha filha mais nova, e depois de eu referir que a redacção da multa era clara quando mencionava o “mau uso ou falta de cinto” pela parte do condutor, ele lá concordou em pagar a dita multa. Este tipo de multas enviadas pelo correio, são como já demonstrei de dois tipos: a que nos fazem parar e aquelas que voam até à nossa caixa do correio, sem qualquer aviso prévio, isto é sem uma informação directa, daquelas que fazem para os condutores e os avisam. A importância entre elas é a de saber ao certo quem conduz a viatura. Da primeira vez, embora me tenha custado, foi mais justa do que esta última, em que fui multada sem ter culpa nenhuma. Se o polícia se tivesse dado ao trabalho de o mandar parar, teria sido o condutor e não a dona da viatura a arcar com as culpas. Se se tiver, daqui em diante, esse cuidado, vão acontecer menos injustiças e a polícia será vista com outros olhos, isto é, com menos receios.
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