opiniões sobre tudo e sobre nada...
Nunca fui uma criança ou adolescente rebelde, mas tão pouco fui uma adolescente ou jovem conformada. Sempre que havia uma regra, eu tinha de perceber a razão de ser dessa regra e, então, eu cumpria-a sem problemas, se a achasse pertinente. Se, por acaso, me impunham uma regra e eu não percebia o motivo da existência dessa regra ou não ma conseguiam explicar, já era mais difícil aceitá-la e cumpri-la. Nunca fui pessoa de desafiar abertamente o sistema fazendo grande alarido com isso. Eu simplesmente não a cumpria... e era tudo! Para mim, rebeldia não é sinónimo de mau carácter ou de marginalidade, como muitos querem crer, mas trata-se simplesmente de uma outra perspectiva da vida e do mundo, embora haja excepções, como as há em tudo neste mundo. É precisamente esta perspectiva que se não deve perder... se alguma vez a tiveram! Ora, o que se passa comigo, e para fazer justiça ao que diz o meu signo, para mim, tudo quanto me rodeia pode, e deve, ser melhorado, até se atingir o melhor para todo o seu humano, e há tanto a fazer! Ainda hoje, eu sou assim! E graças a Deus, há inúmeras pessoas anónimas, que são como eu. O objectivo delas é o bem do próximo, para além do seu próprio. São estas as pessoas inteligentes, que declinaram os valores do mundo mundano que já estão implantados há, pelo menos dois milénios, na nossa sociedade e que são a fama, o dinheiro, posição social ... essas pessoas descobriram que a verdadeira felicidade reside na entrega aos outros, na partilha! E são assim sempre e em todo o lado e com todas as pessoas. É de pessoas destas que eu preciso na minha vida, uma vez que estou farta de egoísmos, falsidades, hipocrisias, ganâncias, perseguições, traições... como se a vida se resumisse a isto... mas falo das honestas, não daquelas que vestem a capa da caridade e da amizade! Ao contrário da maioria dos jovens que a partir de uma certa certa idade aceitam as regras sociais, aprendem-nas e jogam com elas (como outros antes deles fizeram!), acomodando-se e rendendo-se, deste modo, a elas e delas tirando o devido proveito próprio, outros mantêm o seu espírito crítico, com toda a serenidade, realizam o seu trabalho o melhor que sabem e podem, não se metem na vida de ninguém a não ser quando é preciso e com o único intuito de ajudar, são estas as pessoas que descobriram que o bem dos outros é o seu bem, e o mal dos outros, o seu mal, que tudo e todos vivem numa relação de dependência... são estas as pessoas capazes de fazer deste mundo um mundo melhor. O problema é que são poucas e, ainda por cima, discretas... pelo que passam despercebidas. Ainda bem para elas ou seriam mais um alvo da maldade dos outros. Hoje, ser bom é sinónimo de ser parvo... vejam este exemplo: uma pessoa empresta dinheiro a outra que se encontra numa situação difícil e o acordo é que essa pessoa devolva o dinheiro assim que puder pois todos temos momentos difíceis na vida... ora, essa pessoa nunca mais devolve tal quantia... queixa-se a pessoa que nunca mais vê o dinheiro e respondem as outras olhando-nos como se pertencêssemos a outro mundo: "Tu não sabes que não se pode emprestar dinheiro a ninguém? Tu és parva, desculpa que te diga!". Esta é a reacção normal da maioria das pessoas... são raras as que pensam e dizem o contrário. Até parece que quem procedeu mal foi a pessoa que emprestou! Os valores estão mesmo invertidos! Se rebeldia for sinónimo de visão inteligente do mundo, deixem os jovens ser rebeldes! E que essa rebeldia se transforme, com o tempo, em apaixonada defesa da vida e do ser humano! E que o ser humano não tenha medo de ser bom, mesmo que isso, pelo menos hoje em dia, seja interpretado por muita gente como estupidez ou ingenuidade.