opiniões sobre tudo e sobre nada...

Terça-feira, 13 de Abril de 2010
Todos somos repórteres

Era assim que um artigo dava resposta ao possível desaparecimento do jornalismo tal como o conhecemos hoje. Como é essencial para a democracia a existência de jornais que têm um pouco a função de vigiar o poder político e económico denunciando toda e qualquer espécie de abusos. Apelava à união de interesses das pessoas de forma a juntarem-se e poder realizar um trabalho dentro do seu campo. Ora, com o eventual desaparecimento dos jornais, as possíveis denúncias terão de encontrar um meio capaz de rodear a forma como são feitas hoje, com alguém portador de uma informação relevante de interesse público, geralmente anónimo, que faz chegar a mesma junto do jornalista acompanhada das evidências físicas. Se os jornais mudarem a sua forma habitual, muda a forma de agir no terreno. Achei engraçado, porque, a dado momento, o autor do artigo diz que todos podemos ser repórteres e dá alguns exemplos que se passam já. Quando há algum evento ou alguma catástrofe as primeiras imagens chegadas às redacções dos jornais/ televisões são as enviadas pelos cidadãos. Eu, pessoalmente, lembro-me de uma linha telefónica grátis que uma rádio nacional tem ao serviço do cidadão e que a vai informando dos acidentes rodoviários ou outros acontecimentos ligados à circulação rodoviária e que vai mantendo as informações actualizadas e que ajudam os condutores nas suas deslocações, ajudando-os, muitas vezes, a encontrarem alternativas às vias em que circulam. A verdade é que todos pertencemos a uma sociedade e o papel de “vigilante”, digamos assim, cabe a todos nós. É, talvez, a ideia do free-lancer que está subjacente a esta filosofia de informação. Mas o que lá é bem defendido é a ideia de que sem jornalismo, vamos ficar de mãos atadas e a corrupção, sob todas as suas formas pode espalhar-se como uma doença contagiosa, se não correr o risco de ser denunciada. Depois, como poderemos escolher os políticos, que nunca chegamos a conhecer verdadeiramente, é verdade, se não sabemos nada deles? O vídeo captado por um anónimo enquanto observava um dos últimos candidatos à presidência dos EUA a trautear uma canção que o comprometeu decisivamente na sua corrida à Casa Branca? E valeu mais que todos os discursos realizados pelo candidato! É nestas pequenas atitudes que descobrimos o carácter da pessoa, não pelos discursos. Estes projectam a imagem, aquelas revelam a pessoa por trás da mesma. E como não podemos separar uma da outra… e como a pessoa prevalece sempre sobre a imagem… temos de nos ligar a estas pistas se queremos ter uma ideia real da pessoa. Ora, o artigo defendia que o candidato nunca cantaria tal música se entre a audiência estivesse algum jornalista. Certíssimo! Mas houve alguém que fez o papel dele! E outra questão se coloca: como proceder à divulgação do mesmo? A esta resposta, o autor não tem dúvida: INTERNET! Se pensarmos nos milhares de e-mails que recebemos por ano denunciando variadíssimas situações… podemos perceber o alcance deste novo meio de comunicação. Mas todo o esforço pode ser tempo perdido se as denúncias só ficam por aí… e não se faz nada. A situação de impunidade cria frustração e futuro desinteresse. Depois, para aqueles que defendem que fariam o mesmo se lá estivessem… não há qualquer possibilidade. Mas enquanto houver denúncia, poderá haver, pelo menos cautela… Se não houver nada, para certas pessoas que necessitam de constante “policiamento” é o descalabro da democracia com os abusos praticados! Será o caminho para algo mais obscuro que nada tem a ver com a democracia, pelo menos da forma como é entendida pelos justos. Os jornais, tal e como os conhecemos, poderão desaparecer, mas a procura e oferta de informação irá continuar! Nem poderão ser substituídos pelos televisivos ou radiofónicos, sempre limitados pelo tempo, o que leva a uma selecção da informação…



publicado por fatimanascimento às 19:43
link do post | comentar | favorito

Domingo, 11 de Abril de 2010
Jornais sem jornalistas?

Esta foi uma frase que me deixou a pensar. Alguém disse que, qualquer dia, os jornais limitar-se-iam à acção de uma pessoa, isto é, só uma pessoa poderia montar um jornal. Penso que se referia a um jornal digital. Não concordei e não concordo. Um jornal, sobretudo com a magnitude que lhes reconheço, nunca será possível ser realizado apenas por uma só pessoa. Se falarmos de um folheto informativo limitado, dedicado a só uma só especialidade, onde os factos nos aparecem relatados em segunda ou terceira mão, talvez. Mas quem conta um conto acrescenta sempre um ponto. Ora, acreditando na verdade pura e nua onde está a credibilidade dos factos relatados? Imaginemos também panfletos ou pequenos formatos digitais dedicados a determinados ideais (sejam eles quais forem) onde as pessoas se limitam a escrever as suas ideias… é fácil para uma pessoa, mas não é jornalismo, é propaganda. É preciso saber separar o trigo do joio.

Houve uma evolução na comunicação e toda a gente sabe que o computador e a internet vieram revolucionar a mesma. Muita da informação está à distância de um simples clique. Tornou-se fácil, tornou-se cómodo e tornou-se rápido. Não precisamos de sair de casa. No entanto, a informação essencial e diária não é exaustiva e só nos jornais podemos encontrar informação mais aprofundada e completa. Embora tenha havido uma revolução na forma de divulgação, a aquisição da informação não se faz através de uma varinha mágica. Há, no local (seja ele qual for) um profissional responsável pela mesma que tem a responsabilidade de informar, da forma mais fiel possível, a situação num dado local geográfico do globo, seja ela de que natureza for. No entanto, directa ou indirectamente, a notícia está sempre relacionada com o ser humano, sempre actor ou vítima de algum facto. Só a ele interessam as notícias e os jornais não existem senão para si. Portanto, o elo humano entre a notícia e o acontecimento é indispensável, a não ser que as máquinas, em caso de risco de vida, possam substituir o homem, enviando as imagens impossíveis de colher devido ao perigo. Estas notícias chegam às redacções e são desenvolvidas conforme as actualizações que vão chegando. Ora, havendo tanto acontecimento no mundo (e tudo serve de informação e reportagem) e havendo interesse na sua divulgação, é impossível a um homem só, mesmo ajudado pela tecnologia, abarcar e tratar tanta informação. Depois, há sempre notícias que só os humanos conseguem trazer a lume. Por isso, jornais sem jornalistas? Impossível! Não acredito num homem só fazendo todo um trabalho sem ajuda de outro. Seria um jornal com muito pouca informação. O toque humano é, portanto, indispensável. Para mim, é claro que se deve investir nos meios humanos para se ter uma informação minimamente credível. O que me preocupa não é isso, são as forças financeiras ocultas que estão, muitas vezes, por trás dos jornais. O ideal seria estes conseguirem serem auto-suficientes financeiramente. Como tal não é possível (desconheço o motivo, talvez as despesas sejam incomensuráveis) optou-se pelo investimento na comunicação. Não há mal nenhum em ter um suporte financeiro por trás dos meios de comunicação desde que a liberdade de informação seja garantida. Todo o empresário inteligente (que os há, felizmente!) sabe que uma informação plural só pode favorecer a sociedade e a humanidade. O que me preocupa são os outros, os controladores que interferem no que deve ou não ser objecto de notícia. É talvez aqui que devemos concentrar a nossa atenção.



publicado por fatimanascimento às 17:17
link do post | comentar | favorito

Sábado, 14 de Março de 2009
A leitura dos jornais

Há muito que deixei de ler a imprensa escrita, principalmente jornais. Não suportava as más notícias que abriam continuamente a primeira página, em letras garrafais, quanto mais as outras. Vivia numa espécie de reclusão voluntária, ouvindo somente, durante a longa viagem, ocasionalmente as notícias da rádio, que passam de hora a hora. Ficava satisfeita. Nada mais me interessava, só o essencial. Protegia-me, deste modo, da angústia que me causava a leitura, sempre com as notícias que denunciavam os graves problemas os humanos existentes no mundo, a todos os níveis. Há pouco, e devido aos incentivos criados pela mesma, (aquisição de livros a preço imbatível e oferta de dvd na compra dos jornais) recomecei a ler, devagar, escolhendo cautelosamente os artigos, entrevistas, reportagens… muitas delas com grande interesse, como não poderia deixar de ser, que levantavam questões sociais muito pertinentes. O entusiasmo regressou. (Os incentivos resultaram!) Sempre que leio é como se a simples leitura ajudasse a resolver positivamente esses problemas. Mas não é assim. O facto de a imprensa nos alertar para os factos, não faz de nós participantes directos na mudança, o que faz com que essas denúncias e o risco de vida que elas acarretam, para os jornalistas que as denunciam, um trabalho vão, uma vez que, dentro de pouco tempo, elas serão esquecidas. Será indiferença? Talvez… talvez as pessoas se estejam a defender como eu o fiz. Acho que existe aquele sentimento angustiante que leva a pensar que, apesar de todo o excelente trabalho realizado, o mundo continuará na mesma. É isto que angustia as pessoas e as faz desligar-se do que se passa à sua volta, não é a leitura dessas notícias (apesar de estarem fartas) é a sensação de que nada mudará e que tudo, de uma forma ou de outra, está perdido. Esta indiferença é uma forma de morte. É certo que as notícias se discutem nos cafés, nos cabeleireiros, mas raramente passam daí. Então o que se pode fazer? Exigir dos órgãos governamentais acção nesse sentido. Afinal, se eles foram eleitos, que se mostrem minimamente dignos do povo que representam e se esforcem por colocar em prática as suas aspirações mais legítimas. Sobretudo, as questões sociais têm de nos preocupar e devemos bater-nos por ajudar a encontrar soluções, que são o maior problema, uma vez que são estas que mais fazem falta e as que escasseiam. O aspecto social diz respeito a todos e não só a alguns. Talvez, como povo, precisemos de ser mais unidos para começar a actuar como tal. E se as notícias envolverem membros do governo ou outras personalidades directamente ligadas a cargos, aquelas que deveriam proteger os nossos interesses mais imediatos? (Estou a falar daqueles que deveriam, por exemplo, proteger o dinheiro dos depositantes que neles confiam, e que acabam por lesar, mostrando não ser dignos do cargo ocupado?) O que não podemos, nunca, sob pena de todos pagarmos por isso, é voltar as costas e mostrar indiferença, ainda que esta seja falsa. Há que lutar por um mundo melhor. Todos merecemos isso… E, depois, se alguns arriscam a vida, que direito temos nós de ignorar o seu esforço? Isto, partindo do princípio que as notícias chegam todas, sem excepção, até nós e não ficam retidas algures seja lá porque motivo for.



publicado por fatimanascimento às 08:13
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 4 de Março de 2009
Os preços dos dvds nas tabacarias e nos quiosques

Os jornais, de vez em quando, fazem-se acompanhar de ofertas, para estimular a compra dos mesmos. Ao conversar com o senhor onde raramente compro jornais ou revistas, devido à situação de desemprego em que me encontrei desde o dia 2 de Agosto até Janeiro deste ano, e só o faço agora, devido às ofertas que revistas e jornais fazem, com livros e dvds, que também promovem o gosto pela leitura, uma vez que dão possibilidades a muitos pessoas sem possibilidades económicas, jovens incluídos, de poder obter esse livro pela módica quantia de um euro apenas, embora junto com a revista, o preço a pagar seja consideravelmente mais alto, sempre é uma oportunidade para quem não pode dar quinze ou mais euros, por eles.

Sempre que um jornal se faz acompanhar de uma oferta, há sempre aqueles leitores que compram os jornais declinando a oferta que os acompanha. Por outro lado, há sempre aqueles que os procuram, e sabendo que há sobras, as pessoas procuram-nas nas tabacarias e nos quiosques. Estando esses dvds nas grandes superfícies a preços exorbitantes, para os salários praticados no nosso país, quando nos debatemos com aumentos de preços que aqueles mal podem cobrir, esses dvds são uma tentação para quem ama a sétima arte. Procurei-os em vários quiosques e tabacarias. O que me surpreendeu foram os preços que variam consoante os locais. Os preços podem ir do 1,95, 2,70 aos 3,7, 4,90 e alguns deles vão mesmo até aos 7 euros. Só compra quem quer ou pode, pelo que não há grande problema nisso. O que percebi é que cada ponto de venda, independentemente das justificações que dão, não tem um critério certo para o preço dos dvds, e eu averiguei isso mesmo, uma vez que entrei em vários. Agora, nesta situação, como em tudo, o comprador tem de se defender, consoante o dinheiro que tem, e não desesperar, uma vez que só tem de procurar o sítio que os vende mais barato, desde que tenha a sorte de os encontrar, pois quando o artigo é barato e bom, ele desaparece depressa. Mas não deixem de tentar… vale a pena quando se consegue! Eu já tenho meu ponto de venda onde encontro a oferta a um preço justo para as possibilidades da minha bolsa. Não vale a pena referir que sou uma cliente fiel, pois não?

 



publicado por fatimanascimento às 17:56
link do post | comentar | favorito


mais sobre mim
Julho 2018
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
31


posts recentes

Todos somos repórteres

Jornais sem jornalistas?

A leitura dos jornais

Os preços dos dvds nas ta...

arquivos

Julho 2018

Outubro 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Agosto 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

tags

todas as tags

favoritos

A manifestação de Braga

links
blogs SAPO
subscrever feeds