Um colega, do ano passado, professor de informático, e programador de formação, deu umas noções básicas, muito leves, de programação a alunos de uma turma. Qual não foi o seu espanto, quando reparou que, os alunos entusiasmados, já nem da sala saíam nos intervalos. Ficou contente com o interesse revelado. Mesmo orgulhoso. Passaram-se os dias e o comportamento dos alunos manteve-se. Foi assim durante cerca de duas semanas. Um dia, quando se preparava para sair da sala, no fim de uma dessas aulas, lembrou-se da excitação dos seus pupilos pela matéria adquirida. Não era normal… alunos que, sempre que ouviam o toque da campainha largavam porta fora, sem esperar a autorização dos professores, de repente aquele interesse invulgar. Nada de extraordinário, pensou, afinal era uma matéria aliciante que dava azo à imaginação dos garotos. Ainda assim, e para não ter surpresas desagradáveis, resolveu explorar o “trabalho” dos alunos. Quanto mais descobria, mais estupefacto ficava. Estava explicado o excepcional entusiasmo e os risos cúmplices! Os alunos haviam construído, nem mais nem menos, três tipos de ficheiros maliciosos capazes de provocar grandes estragos nos computadores da secretaria da escola, apagando os ficheiros, e os outros dois que tinham um objectivo semelhante. Alarmado com tamanhas ratoeiras, começou lenta e cautelosamente a desmantelar aquelas três bombas informáticas. Uma ideia o atormentava, poderiam criar programas engraçados com as noções dadas, mas só lhes dava para o mal! Levou quase três semanas a desfazer o que os miúdos tinham construído em poucos dias! Sabes, explicou-me, é relativamente fácil a construção deste tipo de ficheiros. Qualquer pessoa com um conhecimento mínimo de programação pode executar um programa destes! E estes alunos são a prova disso mesmo!
Costumo contar esta história verídica a colegas meus informáticos, alertando-os para os perigos da informática, dada a quantidade de vírus que assolam os computadores escolares. Ainda durante o ano lectivo transacto, uma colega, director de turma, para além de ter perdido toda a informação relativa à sua direcção de turma no computador da escola, também estragou a pendrive onde guardava os seus documentos. Julga-se que a causa seja o mesmo vírus. Que vírus? Ninguém sabia ou poderia saber. Só se conheceram os resultados. Nada agradáveis para quem trabalha. A questão que quero levantar é a da necessidade de se instalar um antivírus capaz de evitar estes problemas. Também a questão da segurança dos dados é aqui posta
Já não é a primeira vez, já não sou a primeira pessoa. Esta manhã, descobri, na minha caixa de correio electrónica, uma mensagem vinda do Brasil, que me deixou espantada, e que me transportou para um acontecimento semelhante, que teve lugar, salvo erro, há um ou dois anos atrás. Não tenho bem presente. Destas situações, não queremos, (nem desejamos!), guardar registo. Tratava-se de uma intimação, vinda do Brasil, sobre um problema qualquer judicial. Ora, eu nunca estive no Brasil, nem tive nunca problema algum que justificasse a recepção de uma mensagem daquelas. Depois de algumas semanas de insistência, deixaram de me aborrecer. Falando com um amigo meu, de Castelo Branco, ele dava-me conta de uma situação idêntica que se passara com ele, mais ou menos na mesma altura. Ficámos intrigados, sem conseguir arranjar uma explicação para o sucedido mas, passadas algumas semanas de insistência, deixaram de o aborrecer, assim como a mim. Hoje de manhã, recebo um reaviso de nova intimação, chegada até mim, sempre através do mesmo endereço de e-mail, com ficheiro anexado, que me obriga a comparecer, na Procuradoria Regional do Trabalho, no dia 16 deste mês, pelas 10 e 30. Voltou tudo ao mesmo! Eu nada tenho a ver com tal organismo administrativo brasileiro, (nem quero alguma vez ter!), pelo que o meu procedimento vai ser igual ao que tive da outra vez, ignorar o mesmo. Pelo sim pelo não, entrei em contacto com um conhecido meu, especialista neste campo, para que ele dê uma vista de olhos ao documento, e tente descortinar, (se conseguir!), o que se passa. Trata-se de um engano, claro está! Só que algo tem de ser feito para evitar andar a ser incomodada por assuntos que não me dizem respeito. Alguém me contava, recentemente, que esta era uma estratégia utilizada, por pessoas de má fé, para instalarem vírus nos computadores alheios. Se assim é, a reprodução do documento oficial está muito bem feita, o que mostra que as pessoas mal intencionadas, se for o caso, não olham a meios para atingirem os seus perversos fins. Bem, a verdade, é que, coincidência ou não, o meu computador já não desliga por ele, tem de se carregar insistentemente no botão da cpu, para que ele se desligue. E agora que o AVG, não sei porque razão, já não envia, gratuitamente, como vinha sendo hábito, as suas actualizações, mais vulnerável está o computador. Accionado o antivírus, ele não encontrou nenhum programa maligno no computador… De qualquer forma, algo se passa e eu não sei o que é.
Há poucos dias atrás, tive um problema com a minha impressora, pelo que tive de pedir a um amigo do meu filho que me imprimisse um documento. Trata-se de um rapaz de que gosto particularmente, pela sua maneira de ser. Sempre que pronto a ajudar, sempre que pode, para além de ser boa pessoa e um bom amigo. Tinha o documento na disquete e, como ele não tinha já dispositivo onde colocar a disquete, e tive de lhe emprestar a minha pen. (É o resultado de toda a evolução, e a informática não é excepção à regra.) Copiei o documento da disquete para a pen, com todo o cuidado, retirei-a e entreguei-a ao moço. Nesse exacto momento, lembrei-me imediatamente do problema que envolveu o meu filho. Olhei a minha mão, com tristeza. De certeza que todas as minhas palavras devem ter sido mal interpretadas! Devem ter ficado com a ideia que eu não quis pagar a pen. E não foi nada disso. Se o meu filho tivesse sido irresponsável, eu teria pago o objecto, mas não foi o caso. Mas não foi só disto que me lembrei… Eu dissera ao dono do utensílio informático que nunca a deveria ter emprestado a ninguém… e é verdade! Lembrei-me de tudo no exacto momento em que a estendia a este moço. Depois, pensei… como reagiria eu, se, por azar, acontecesse algo à minha? É a única que tenho e não tenho dinheiro para comprar outra, neste momento… Então, como reagiria eu, se o moço chegasse ao pé de mim e me dissesse que tinha estragado o pequeno utensílio de hardware? Não foi difícil para mim encontrar a resposta. Eu sentar-me-ia com ele e explicar-lhe-ia que lhe estava extremamente grata pelo favor que me tinha feito, e que o que acontecera com ele, poderia ter acontecido comigo. Era isto que eu faria e… aguardaria pacientemente a altura certa para comprar outra. Mas isto era o que EU faria, mas muitas pessoas não são iguais a mim. E há que respeitar a diferença. Só me custa compreender é o preço que as pessoas dão (e sempre deram!) aos objectos, que parecem estar acima de tudo o resto! Vejo pessoas por esse mundo fora a terminarem amizades por causa da importância que assumiu o aspecto material nas nossas vidas, como se este fosse o melhor da vida! Não se matam pessoas, na nossa sociedade, para outras apossarem dos bens materiais que lhe pertencem? É a isso que nós chamamos assaltos. Onde vamos parar, se continuarmos a seguir esta ordem de valores?
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