opiniões sobre tudo e sobre nada...

Quarta-feira, 2 de Abril de 2014
Crises, impostos e financeiras
Os tempos que vivemos não são inéditos, são cíclicos. A corrente histórica mostra isso mesmo. E os tempos conturbados vividos transportam-me para uma determinada época. Poderia ter-me lembrado de outras, algumas mais próximas do nosso século. Contudo não foi assim. Vejo-me sempre catapultada, certa ou erradamente, para esta. Lembro-me dos tempos de Robin dos Bosques. (Quem não se lembra deste herói popular cuja imagem continua a povoar a nossa imaginação?) Mas mais do que este, é o povo contemporâneo dele que me leva a escrever. Naquela época, Ricardo, Coração de Leão, chefiava uma cruzada ao oriente. O reino estava nas mãos despóticas do seu irmão, João. O povo encontrava-se entalado entre os impostos e os anos de más colheitas. Muitos populares estavam pior: além das circunstâncias já apontadas, tinham também os juros a pagar de empréstimos contraídos a usurários. Ora, se os outros estavam mal, estes ainda estavam pior e a miséria e o desespero grassava entre o povo. Pensando nesta época, não deixou de me ocorrer que estes usurários são os actuais banqueiros mundiais. Só há uma diferença: a extensão dos oprimidos aumentou devido às circunstâncias dos tempos ditos modernos.
Não gosto de financeiras nem de bancos. Só daqueles que servem para nos sentarmos. Não é novidade. Acho que os usurários de então, actuais financeiras dos nossos tempos são o mal da nossa sociedade. Para mim, as pessoas que estão à frente delas (atenção às excepções) não vêem mais nada a não ser o lucro – juros ou outros . Não se importam de deitar tudo a perder, desde que ganhem com isso. Na economia, acho que as empresas têm de ter dinheiro seu para se autofinanciarem para não dependerem dos Bancos. Porque quem delas depende está enterrado. Hoje em dia quem quiser comprar casa, carro ou electrodomésticos, tem de se conformar em pedir empréstimo aos Bancos. Não há outra possibilidade. É que agora já não dá para arranjar o dinheiro emigrando para outros países como fizeram os nossos emigrantes devido à praga da moeda única (salvo o caso da Suíça e talvez Noruega). E se o desemprego bate à porta de uma pessoa, há que enfrentar as dívidas e o espectro de perder tudo quanto se conseguiu para os credores. (São instituições incontornáveis. Quando começamos a trabalhar, pedem para abrirmos uma conta num Banco.) Logo, os Bancos não são soluções. Há que procurar alternativas. Há que tentar viver com pouco. O pior é que neste país nem isso conseguimos! Continuamos a ser os mais sobrecarregados de impostos e os que menos ganhamos. Há que tentar viver com o que temos. E juntar dinheiro para comprar o que precisamos. Assim fizeram os meus pais. E quando temos poupanças? Talvez investir… sem passar pelas entidades bancárias. (A ideia não é nova. Surgiu já em França há algum tempo atrás.) Ideias não faltam para arranjar alternativas… E para quem não quer investir? Onde poderá colocar o seu dinheiro? Eu tenho uma alternativa e mais pessoas a têm. É só ter ideias… e todos, sem excepção, as têm. E a concretização?


publicado por fatimanascimento às 18:09
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Segunda-feira, 23 de Julho de 2012
Dívidas e financeiras

Já contei que tive um companheiro, durante seis meses, que me deixou endividada. Com  este artigo, não pretendo fazer justiça, mas alertar homens e mulheres para a qualidade de certos seres humanos. São típicos predadores e manipuladores. Analisam as vítimas para perceber como as podem manipular. E não é só isso. Se juntarmos a isto a cobardia inerente as estes seres, percebemos que só lhes interessam as mais desprotegidas, porque, assim, correm menos perigo de serem apanhados. Se juntarmos a isto pessoas que os ajudam (familiares e conhecidos) das mais variadas maneiras a atingir os vis objectivos, percebemos que a vítima não tem qualquer hipótese ou esta é muito remota.

Se juntarmos a este panorama a atitude de várias pessoas empregadas nas financeiras, percebemos porque há tanta vigarice. Depois de feitas as dívidas, e não havendo mais por onde roubar, resolveu ir-se para alívio de todos. Quando contactou uma financeira, o meu cartão tinha caducado por falta de uso. Recusei emprestar-lhe o cartão. Forçou e conseguiu. Estava desempregada na altura e avisei os empregados que o meu então companheiro teria de pagar.  Ele estava a controlar-me enquanto o telefonema se desenrolava. Não fazia mal, foi a resposta, desde que alguém pagasse, foi a resposta que nada me agradou. Afinal, o dinheiro era para ele. Ficou gravada a conversa. Depois deste empréstimo outros se lhe seguiram e, segundo o meu advogado, há vigarices que desconheço. Lembro-me de dois contactos especiais, tão antagónicos entre si, que mostra bem como a diferença de atitudes pode evitar estas situações e outras provoca-las. Recebi, um dia, um telefonema de uma financeira dizendo que tinham feito uma simulação. Não tinha sido eu. Mas estava lá o meu nome. Respondi que tinha sido o meu companheiro e que estava desempregada. A senhora replicou que deixaria uma nota à colega e que, com ela, ele não faria nada. Agora, a colega é que decidiria. Agradeci a existência desta pessoa na minha vida. Ainda hoje o faço. Ele soube de tudo e ficou enfurecido por eu ter descoberto tudo e alertado as pessoas para as atitudes dele. Foi o único telefonema que recebi. A partir daí não recebi mais nenhum a não ser outros de carácter diferente. Quando a dívida se acumulou por falta de pagamento, recebi telefonemas ameaçadores de pessoas que me tratavam como criminosa, com uma voz que mais parecia uma pistola a disparar. Percebi que as financeiras não querem saber se, tal como eles, também fui vítima do único vigarista que conheci na minha vida! Elas querem o dinheiro, custe o que custar. A partir desse momento, não atendi mais números não indentificados. Mas o meu telefone fixo, lembro-me muito bem disso, ficou a tocar durante várias horas sem cessar. Saí de casa com os meus filhos e, quando cheguei, ainda tocava. Decidi, numa atitude de desespero, desligar o mesmo da linha. O silêncio acomodou-se.

Estou em risco de perder tudo, até a casa onde habito! Os crimes prescrevem passado um tempo estipulado por lei, mas as dívidas permanecem por anos, acumulando juros. Eu não vou fugir às dívidas. Mesmo que não sejam da minha responsabilidade, repito. Terei de entregar a casa, uma vez que não tenho dinheiro, nem nunca tive, para pagar o que conheço e não conheço. Não me ensinaram a fugir às responsabilidades, assim como não me educaram para roubar os outros. Os meus pais, para comprarem um frigorífico, juntaram primeiro o dinheiro. Foi este exemplo que me deram. Foi esta a minha educação. Contada a história aos meus amigos, só me dão ideias para fugir às responsabilidades colocadas em meu nome. Não quero. Não devo, apesar de não ter culpa. E os que querem colocar as culpas em mim, devo dizer que posso ter sido ingénua mas isso não tira o perfil de ladrão ao vigarista que, vejo agora, se juntou a mim só com este intuito: o roubo.



publicado por fatimanascimento às 10:27
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Quarta-feira, 3 de Agosto de 2011
A lei e a vida

Estou com um problema que não foi criado por mim. Um dos muitos que o encontro com um descontraído vigarista me criou ao entrar na minha vida. Aliás não me criou um só problema como me arranjou outros. Nunca, na minha vida, encontrara um, e logo me haveria de acontecer a mim! Para além de um monovolume cujas duas últimas prestações ficou de pagar, arranjou dívidas também em meu nome. A lei, como já ouvi muita gente protestar, acaba por favorecer a vítima acaba, muito simplesmente por atacar a vítima. Para além de outras qualidades, é também um falsificador de assinaturas algo de que se gabava imenso. Meti-o na rua. Tarde demais. À minha casa, chegavam telefonemas daquelas agências financeiras, gulosas por dinheiro, perguntando por ele e se o empréstimo era para seguir em frente. Como devem calcular, fiquei horrorizada porque não sabia o que se passava. Na altura estava até desempregada e disse-o a uma senhora muito simpática que me ligou. Contei-lhe que era o meu companheiro. Muito aflita e compreendendo a situação em que estava envolvida, deixou, simpaticamente, uma mensagem às outras colegas cujo conteúdo revelava a minha situação de desemprego para que não aceitassem tal pedido. Infelizmente, não recebi mais nenhum telefonema destes. E se houve algum de que não tenho memória, foi divulgada à instituição a mesma notícia. Ficava furioso sempre que conseguia anular-lhes estes empréstimos. Os telefonemas devem ter passado para o telemóvel dele. Teve acesso a toda a minha identificação e foi ele que fez o IRS desse ano, através da internet, usando o meu IRS de há dois anos. Na altura estava desempregada e o IRS não correspondia minimamente à situação, naquela altura.

Acontece que a lei é cega e por isso não vê mais do que a simplicidade quando a vida é complicada. Estando tudo em meu nome, terei de arrastar o vigarista comigo a tribunal e á sócia que julgo ser cúmplice deste golpe, para além de colocar a polícia à procura do monovolume que não pagou e que vou ter de pagar do meu bolso, só porque o empréstimo foi realizado no meu nome. A justiça não quer saber de mais nada, pelo que estamos completamente à mercê de indivíduos mal intencionados. Agora, tendo eu provas de tudo e testemunhas, não me vai ser difícil encurralar tal ser e fazê-lo pagar pelos crimes cometidos em nome de outrem. Quem sabe, poder ser que tenha uns anitos de prisão. A pessoas destas, só lhes faria bem. Nem sei. Acho que, mais uma vez, o povo tem razão “Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita. Poder-se-ia ainda pensar que não tem dinheiro, mas tem. Mas é um daqueles seres que prefere ir para a prisão do que afastar-se do seu amado dinheiro. Agora, a justiça, que é feita de leis, deve tirar a venda e perceber o que se passa em vez de olhar superficialmente para os casos e os julgar tão levianamente. Se queremos uma sociedade justa, tem de ser assim. Ou arriscamo-nos a cair na sociedade do salve-se quem puder ou da justiça executada pelas próprias vítimas. Haverá alguém que goste de passar por esta experiência?



publicado por fatimanascimento às 21:26
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Terça-feira, 11 de Setembro de 2007
Financeiras... estamos sempre entalados!

Os meus pais nunca quiseram comprar fosse o que fosse a prestações. Juntavam dinheiro e, quando tinham a importância necessária, investiam-na então nessa compra. Não está mal visto. Eu, pessoalmente, nunca tive problemas até há bem pouco tempo. Comprei o carro em 2004, e comecei a pagá-lo ainda nesse ano. Passado um tempo, mudei de casa e tive de abrir outra conta na nova dependência do meu banco, desactivando a outra. A quantia debitada, todos os meses, naquela data, pelo sistema de débito directo, processou-se sem problemas até ao passado mês de Julho. Aqui, inexplicavelmente, o dinheiro deixou de ser levantado. Estamos em Setembro, e ainda não levantaram a quantia. Neste passado Sábado, recebi cartas da financeira, (trazidas pelos senhores que me compraram a outra casa) acusando o atraso dos pagamentos e os respectivos juros de mora. Ora, eu, que nada tive a ver com tal fenómeno, vejo-me envolvida numa embrulhada da qual não sei bem como sair. A minha reacção imediata foi a de me dirigir ao meu banco, explicar a situação e pedir ajuda na resolução do mesmo. A primeira atitude tomada pelo meu banco foi a de conferir o saldo da minha conta nas datas do débito, e, de todas as vezes, havia saldo para o débito. Telefonei à financeira expondo o problema. Lá disseram-me que o meu banco acusara falta de provisão na conta. Confrontadas as contas, verificou-se que estavam, desde Julho a tirar dinheiro da outra conta já antiga, que estava já desactivada. O que é que correu mal desde Julho até agora? Sim, porque o dinheiro foi sempre levantado até Junho sem problemas… O que terá corrido mal, então? Não sei… nem a financeira, nem o meu banco sabem também explicar o que aconteceu. O que é certo é que eu tenho duas prestações em atraso, acrescidas de juros de mora, e eu não tenho culpa absolutamente nenhuma no que aconteceu. A financeira recusa-se a renegociar estas prestações, remetendo tudo para uma outra firma que trata dos pagamentos em atraso! Resumindo e concluindo, é pagar e não protestar. Sempre me lembrei de levar o caso a tribunal, mas iria gastar muito mais dinheiro, para não falar dos aborrecimentos que iria ter… e assim se vão safando os culpados! A penalização cai sempre sobre o desprotegido cidadão anónimo. Como me dizia um senhor meu conhecido a quem aconteceu uma situação idêntica, “tive de pagar ou teria o meu nome sujo no Banco de Portugal”! E assim se vai vivendo neste minúsculo canteiro a que chamamos país - com medo!



publicado por fatimanascimento às 08:33
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