opiniões sobre tudo e sobre nada...

Segunda-feira, 3 de Outubro de 2011
À semelhança da Grécia

Santo Deus! Não há ninguém capaz de ter coragem para dizer que as medidas da troika não dão resultado? Que é preciso arranjar outras soluções, que só os estúpidos insistem num modelo destes? Que nem um “bom aluno” como o primeiro-ministro português será capaz de dar conta do recado, e não é que seja má vontade, porque o modelo está estropiado? Às vezes, seria melhor ser-se um aluno rebelde e com ideias capaz de contrapor ideias àquelas que lhe querem impingir. Este é que é um bom aluno! Não é aquele que se limita a receber as imposições e a tentar estupidamente pô-las em prática, só porque lhe disseram que era assim. É aquele que sabe dizer não, quando vê que as medidas pedidas não dão resultado. Será assim tão difícil de perceber? É por estas e por outras que o sistema capitalista não funciona. Não sabem encontrar soluções capazes nem se lembram ir à História procurar um modelo capaz de produzir efeitos na Europa, ainda que tendo de fazer as devidas adaptações à realidade de cada país?

Na Grécia, aquele governo já não sabe o que há-de tirar ao povo e este já não sabe o que lhe podem tirar mais. Já têm tão pouco! E o próprio governo parece surdo às manifestações em vez de pôr em dúvida as medidas da Troika! Já quase não há médicos com os cortes que têm vindo a fazer! As pessoas já estão num nível de desespero que já estão por tudo e por nada! Não sabem se hão-de desmoralizar ou continuar a gritar para o boneco e para os ouvidos da polícia de choque! A Troika acabou com a Grécia em menos tempo do que era esperado! Parabéns! Naquele país os ricos estão cada vez mais ricos e a pagar impostos muito abaixo dos seus rendimentos e não criam postos de trabalho! Que estupidez, pensar que dando aos ricos condições estes investiriam no país! Como é que os armadores gregos pagam a irrisória quantia de 10 milhões de euros de impostos e compraram 1000 navios ao módico preço de 40 a 45 milhões de dólares. Estes não só podem pagar mais impostos como ainda lhes sobrará dinheiro para os seus investimentos! A razão está no egoísmo e na ganância do lucro, desde que continuem a ter dinheiro para manter os seus estilos de vida, não querem saber e mais nada! E anda o nosso primeiro-ministro, estupidamente, a tratá-los na ponta dos dedos com medo que eles fujam e levem com eles o dinheiro! Mas eles já fazem isso! Se quisessem investir ou investir mais no país, não precisariam de mais ou menos incentivos, fá-lo-iam e pronto! Eles têm é de ser responsabilizados, embora não tenham culpa da má gestão do país, porque contribuem para ela, uma vez que fogem vergonhosamente aos impostos de todas as maneiras que podem e sabem! Só pensam mesmo neles! Mas atenção, felizmente há empresários cumpridores, pelo menos existem uns mais cumpridores que outros. Mas até estes, um dia, irão provavelmente sentir o apelo das offshores e pensar que não são só eles que têm a obrigação de pagar impostos. E, se calhar, até eles fogem, de alguma forma aos impostos, por contágio! Empresário que é empresário enfrenta as suas responsabilidades, não foge a elas! O problema é que muitos dos países das offshores são tão ou mais miseráveis do que aqueles de onde é retirado o dinheiro! Então, onde está a vantagem para os países receptores dessas contas se não é investido no país? Quem ganha com a criação dessa contas? Ninguém, para além dos próprios que desviam o dinheiro para lá, pensando erroneamente que o dinheiro é só deles (esquecendo-se das pessoas que trabalham, recebem um ordenado miserável e ainda pagam impostos altíssimos sobre aquilo que ganham, compensando, desta forma, o dinheiro que é desviado e deveria ir para o fisco) e provavelmente daqueles (bancos) que o recebem. Mais ninguém ou mais alguém…

 



publicado por fatimanascimento às 17:35
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Sexta-feira, 2 de Setembro de 2011
A dor de se fazer um bom trabalho

Não estão admirados? Não vos parece haver uma contradição neste título invulgar? Seria pouco improvável num outro país, mas neste país onde vivemos, onde existem três grandes males a afectar parte da população, nada é impossível. Posso adiantar-lhes que os três grandes males portugueses são “a doença dos pezinhos”, o pior tipo de tuberculose e a… inveja! Não acreditam? Meditem durante algum tempo. Haverá alguém que não tenha sido já prejudicado pela simples razão de os outros os admirarem? Podem até não se sentir grandes mas, se o que fazem, aos olhos dos demais, parece grande, não há nada a fazer. E como a inveja incomoda imenso quem a sente, essas pessoas não se dão ao luxo de ficarem quietos. Não! Têm de fazer algo para desencorajar as pessoas admiradas e conhecidas. Porque ninguém inveja quem não conhece pessoalmente. São estes, os conhecidos, os alvos favoritos. Alguém que se cruzou connosco, num passado mais ou menos recente, e segue a nossa trajectória como quem segue um relato de futebol. Ora, se a pessoa for boa naquilo que faz, lá continua a inveja. E como as pessoas se começam a destacar, têm de fazer mais, tornando-se cada vez mais perniciosas, para com pessoas que não lhes fizeram rigorosamente mal algum limitando-se a seguir o seu caminho e a realizar um bom trabalho. Chega a um ponto que essas pessoas conseguem um tal destaque que começam a ser atacadas indirectamente por pessoas, pensando que, dessa forma, podem prejudicá-la irremediavelmente. E tudo serve. Mas como as pessoas são inteligentes, não se deixam levar por intrigas que mostram em tudo uma estupidez perigosa. E eu não conheço uma pessoa má que não seja estúpida, infelizmente para os maus que se julgam espertos, são muito estúpidos e logo são apanhados pelos inteligentes, mais tarde ou mais cedo. Mas há casos gritantes. Como o ataque indirecto não surte efeito, passa-se para a difamação indo ao cúmulo de se citarem mesmo nomes. Ora, estando as pessoas à frente de uma empresa, precisam do seu nome limpo. E a internet está a ser uma arma usada erradamente por estas pessoas que já não ligam a meios para atingir os seus negros fins. As minhas colegas estão indignadas e tristes. Eu devo dizer-lhes que só se podem sentir felizes pelo trabalho bem feito. Não têm de se sentir magoadas, mas eu faria uma coisa: levantava um processo judicial por difamação. Isso era o que eu fazia. Porquê? Porque estas pessoas não têm vergonha, só sabem o que é o medo. E só reagem a este. Tanto que, até para atacarem uma ou mais pessoas, nunca o fazem sozinhas. Escudam-se por outras iguais a elas, que muitas vezes se limitam à retaguarda, já com medo das possíveis retaliações. Eu não perdia tempo com pessoas destas. Mas talvez elas estejam à altura destas pessoas e sejam capazes de as pôr na linha. Eu, por mim, já não acredito nesta solução. Estas pessoas estúpidas gostam sempre de ter a última palavra. O orgulho ou a vaidade não lhes deixam outra alternativa. E por que é que este país está como está? Porque pessoas como estas não param de crescer. Dá-se um pontapé num calhau e, debaixo dele, encontram uma meia dúzia de inúteis que só estão no mundo para fazer mal ao próximo. E como o país mais não é do que as pessoas que o constituem, e sendo esta espécie uma considerável (para não dizer grande) maioria, não admira que estejamos na cauda da Europa ou um pouco mais acima. Não muito! O desequilíbrio começa a sentir-se. Mas de uma coisa nunca poderemos abdicar: de ser quem somos e de fazer o temos a fazer. Isso seria o que essas pessoas quereriam! Seria a sua grande vitória! E quem está disposto a deixar pessoas como estas levar a sua intenção avante? A resposta é simples: ninguém minimamente inteligente!



publicado por fatimanascimento às 18:23
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Quinta-feira, 28 de Agosto de 2008
A bondade e a estupidez

Há pessoas que insistem em confundir estupidez com bondade e o pior é que têm o poder de convencer os outros, pela vergonha, de que têm razão. Mas não é. Estupidez e bondade nada têm em comum. O que acontece é que a falta de valores leva a que as pessoas mal intencionadas procurem confundi-las na cabeça dos outros. Por exemplo, quando uma pessoa precisa de um favor – dinheiro – e outra lho cede de boa fé, não está a ser estúpida, está a ser boa. Agora, o que acontece é que nem sempre as que beneficiam desta bondade a honram cumprindo escrupulosamente as suas obrigações que são o pagamento total ou faseado da quantia emprestada. Tudo depende da pessoa a quem se empresta e da intenção desta. É nestas que está o problema e não nas outras. Mas é precisamente aqui que a porca torce o rabo e tenta virar-se o feitiço contra o feiticeiro, na maior parte das vezes: as boas pessoas pensam “Que horror! Já não se pode confiar em ninguém!”, ao passo que as más defendem que a pessoa que empresta é estúpida, pois ela não sabe que não se pode confiar em ninguém? A partir daqui geram-se as duas facções a pró e a contra que falam até o assunto se esgotar nas suas mentes. Entretanto, e apesar do que se possa dizer, a verdade é só uma: alguém emprestou e a outra parte não honrou o compromisso. E é nesta que se têm de concentrar as atenções. O que fazer nestes casos? A queixa na polícia é a maneira, ao que parece, mais sensata de resolver a questão. O que acontece é que as pessoas, doridas e com medo da reacção dos outros, evita tornar público o que aconteceu: têm dedo de passar por parvas. E, até certo ponto, são capazes de se sentir parvas, por terem acreditado na pessoa que, numa aflição, lhes pediu ajuda. Mas não são. Elas fazem o que qualquer pessoa, mais desligada do dinheiro, faz quando vêem alguém aflito – ajudam. O que tem de acontecer, e vai ser difícil mudar aqui as mentalidades tão viradas para a boa imagem pública, é obrigar as pessoas em dívida a cumprir as suas obrigações morais que já deveriam ter sido aprendidas em criança, não sendo assim, não maltratem quem apenas se limitou a fazer o que já poucas pessoas fazem: acreditar em alguém. E não há mal nenhum nisto; mal está nas pessoas que não honram os seus compromissos. São estas que têm de ser condenadas e não as outras. É contra estas que os ânimos têm de se acender. O problema é sempre a justiça tão limitada nos seus meios, mas como tenho defendido: nada é impossível. Entretanto, e enquanto não se resolve o problema ou problemas, ponham a culpa na pessoa certa: a incumpridora.



publicado por fatimanascimento às 10:29
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