opiniões sobre tudo e sobre nada...

Segunda-feira, 16 de Novembro de 2009
A pressão sobre Barack Obama

Não está numa posição fácil! Há uma pressão enorme sobre si! Todos esperam que ele faça o que outros presidentes não conseguiram ou não quiseram. Até o Prémio Nobel da Paz pode ser entendido como uma esperança nele e consequentemente, uma nova pressão. O que espero que as pessoas percebam é que ele não pode avançar à velocidade da luz, tem de ter tempo para realizar tudo quanto esperam dele. Não quer dizer que ele não o fizesse mas, como até ele já fez saber, não depende só dele. A impaciência pode deitar tudo a perder. É isto que me faz rescrever. Depois do presidente Clinton, (e independentemente dos escândalos que lhe possam apontar e que nada têm a ver directamente com a sua legislatura) parece-me um presidente com os requisitos humanos necessários não só à governação dos Estados Unidos como na mediação em questões mundiais. Parece ter a sensatez e a ponderação necessárias à realização de grandes objectivos. Não é só o seu país que tem os olhos nele, são todas as outras nações. Esperam muito da pessoa que ele mostra ser. Se olharmos para a sensibilidade das questões internacionais, vê-se que ele chegou na altura certa. Não sei o que ele vai fazer, nessa ou noutras questões, nem sei se ele vai conseguir, mas nenhum adversário me pareceu com perfil adequado capaz de fazer melhor do que ele, apesar do que possam dizer do seu principal rival. Agora, é preciso sabermos dosear a nossa impaciência e deixá-lo fazer o seu trabalho. Com a incidência das atenções sobre ele, a pressão acaba por atingir também a sua família, o que não é fácil também. Uma família, que até há pouco vivia uma vida tranquila, está agora exposta aos olhos do mundo. Não têm tarefa fácil. Assim como nenhuma outra família a teve. Mas sobre nenhuma outra havia um peso tão grande! Talvez porque, ao olhar para o perfil do candidato vitorioso, se percebia o que se esperava da sua acção. E ninguém ficou admirado! Aqui, o caso, e repito, é diferente. Espera-se que este novo presidente haja de forma contrária à política externa, que é a que nos interessa, levada a cabo por muitos dos anteriores presidentes americanos. Não é fácil desfazer, de repente, o que outros fizeram durante anos a fio! E o que fazer com a guerra no Iraque e no Afeganistão? Não depende só da sua boa vontade do presidente americano. Depende da de todos os implicados na mesma! Esta é uma ideia que ele, aliás, vem repetindo, defendendo que nada depende só dele! Só que as pessoas, cansadas das políticas anteriores, querem mudanças rápidas! Vamos ter paciência!

Depois, agora em termos de política interna americana, a boa fé de um político não implica necessariamente a boa fé de outros políticos ou não. A equipa tem de ser coesa. Por exemplo, no caso do empréstimo de dinheiro do estado aos bancos para a recuperação económica. Percebe-se claramente a boa intenção do Presidente, ao querer diminuir o enorme número de desempregados. Acontece que os bancos, ao que parece, não estão a facilitar a ideia do Presidente, mostrando-se cautelosos quanto a empréstimos relacionados com o relançamento da economia. Aqui está o entrave de cerca de um ano que não permitiu ao presidente levar a cabo a política por ele delineada. Dêem-lhe, pois, tempo. E que gente ligada à economia perceba a ideia do presidente e colabore com o seu objectivo. É disto que se precisa e da compreensão e boa vontade das pessoas em geral!

 



publicado por fatimanascimento às 19:21
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Domingo, 30 de Novembro de 2008
A crise e a desigualdade social

Sempre me lembro deste país estar em crise. Conhece alguns momentos de serena prosperidade, para logo mergulhar numa qualquer obscura crise. Eu pergunto-me até que ponto estas crises não estarão relacionadas com a desigualdade social. Cada vez estamos mais dependentes do dinheiro. Antes, para cozinhar, bastava recolher da horta ou dos terrenos alguma lenha para acender o fogão, hoje precisamos de dinheiro para comprar o gás, seja ele engarrafado ou canalizado, e por aí fora… Para fazer frente a esta dependência, há que ter uma fonte de rendimentos contínua, para ter esta fonte, há que ter emprego, no mínimo. Mas vamos sonhar mais alto, e vamos sonhar com uma sociedade onde todas as pessoas têm uma vida desafogada, com dinheiro que lhes permita pagar as contas, e ainda para poupar ou para investir onde quisessem. Se assim fosse, não haveria crise. Tudo o que se produzisse, desde que tivesse qualidade e um preço razoável, teria escoamento. Se assim fosse, não estaríamos tão aterrados com a concorrência da nova potência económica emergente, como é a China. Não é este país que tememos, mas os produtos que são colocados nos mercados mundiais a um preço imbatível, apresentando alguma qualidade. Há quem acuse este país de fabricar produtos sem qualidade, e há mesmo clientes que falam deles num tom depreciativo, e todos ainda nos lembramos do último escândalo alimentar com origem nele. Mas a verdade é que eles vendem e é notória a sua ascensão no mercado nacional, o que não deixa de provocar alguma inveja, um sentimento mundial, que tem especial incidência no nosso país. Ora, se não há possibilidade compra, se muitos dos produtos estão fora do alcance da maioria dos compradores, e mesmo receando a tal duvidosa qualidade, que muitos apregoam, não há escolha possível. A economia ocidental está a deparar-se com a sua própria morte. Fábricas continuarão a fechar e lojas terão de importar do estrangeiro, sempre com o espectro da concorrência chinesa, (que se alastrará a todos os domínios da economia), cujos preços são imbatíveis. Eu não estou contra os chineses ou a economia chinesa. O que me preocupa é a falta do poder de compra que nem os aliciantes produtos das financeiras conseguem ultrapassar, uma vez que vivem dos juros altos que cobram e que as pessoas não podem pagar. Não havendo poder de compra, a solução não está em investir nos bancos dinheiro dos impostos, talvez passe pelo equilíbrio do poder de compra, ou melhor, por uma igualdade social. Assim, quem tem dinheiro, tem poder de escolha, quem não tem, terá de se socorrer das ofertas de mercado acessíveis à sua bolsa. Ninguém se pode queixar. Depois, e olhando aos preços praticados nas mais diversas lojas, dir-se-ia que estão completamente fora da realidade nacional. Até os preços das lojas chinesas estão fora já do alcance de muitos bolsos!

 

 



publicado por fatimanascimento às 15:15
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Domingo, 12 de Outubro de 2008
A nova era dos alimentos

Sempre vivi em contacto com a natureza. Embora vivesse, desde garota, numa pequena vila no interior do país, na minha família e/ou entre os conhecidos, sempre houve pessoas com áreas de terreno grandes onde cultivavam os mais variados legumes e criavam o mais variado tipo de animais destinados à sua alimentação. Lembro-me de comer queijo fresco das cabras, das ovelhas e ou das vacas de pessoas conhecidas, lembro-me da matança do porco em casa da minha avó materna, lembro-me também dos mais variados animais criados na tira de terreno estreita pertencente aos meus avós paternos… Também houve uma altura em que os meus próprios pais se dedicaram ao cultivo de legumes destinados à nossa alimentação. Dado o esforço que representava, (para já não falar na dedicação), depois de um dia de trabalho e noites mal dormidas, sempre achei que o talho e o mercado serviam bem, (eu também dedicava algumas horas do meu estudo à rega daqueles legumes, o que me servia de saudável distracção!). Os mais velhos sempre respondiam com uma certa graça à minha conversa travessa e explicavam, rindo-se, que era sempre bom as pessoas cultivarem o que comem, porque desse modo sabiam o que comiam. Eu, para além dos problemas conhecidos popularmente como a febre-de-malta, ou a doença dos coelhos, etc., nunca ouvira nada de extraordinário. Tudo quanto comia, desde o leite que ia buscar a casa de uma senhora que tinha várias vacas e vendia à vizinhança, (e não só), o leite e seus derivados, a fruta vinha das freguesias limítrofes pertencente àquela vila e era vendida no mercado local… eu não dava por grandes problemas relacionados com a alimentação. Agora, entendo o grave problema que é, hoje em dia, a alimentação. Independentemente dos locais de proveniência desses mesmos produtos, estamos sempre a deparar com problemas, mais ou menos graves, relacionados com ela. Não se trata só de um problema de sabor, mas de um problema de saúde pública. Então, nos últimos anos, temos sido bombardeados com notícias quase contínuas sobre os géneros alimentares que nos deixam os cabelos em pé. Como sujeitar esses mesmos alimentos a um controlo eficaz, capaz de despistar qualquer tipo de químicos passíveis de afectar a saúde pública ou até de provocar a morte? Vivemos numa economia mundial onde se transportam quantidades colossais de géneros alimentares, por isso não é fácil, pelo menos, à primeira vista, mesmo que haja laboratórios dedicados somente a esta tarefa, é impossível, no mínimo, intervir a tempo para evitar que pessoas sejam afectadas por esses alimentos manipulados. Então, como fazer? Não precisamos, se calhar, de importar de todo o sítio do mundo… se nos cingíssemos somente a uma área do globo? O problema da quantidade manter-se-ia, mas a origem seria mais controlada. Depois, e sempre fatalmente, teremos de passar pela responsabilização dos fabricantes para que eles não repitam o problema. Porque tudo passa pelas pessoas e pelas suas decisões. E enquanto o objectivo final for sempre o lucro, e só, estamos e estaremos sempre sujeitos a decisões erradas tomadas por pessoas com falta de escrúpulos.



publicado por fatimanascimento às 13:32
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Segunda-feira, 9 de Abril de 2007
A alma africana

Sempre que me deparo com revistas, reportagens, documentários, etc. sobre África, não posso esconder, como nunca o fiz, o fascínio que este continente exerce (sempre exerceu) sobre mim. O que me entristece é ver um povo mergulhado na miséria, a morrer de fome ou mergulhado na guerra, no desespero, na angústia... enquanto a corrupção e a ganância grassam... Recordo também, os euro-africanos (europeus que, durante a política colonialista dos países europeus, para lá foram à procura de uma vida melhor, entre outros motivos, e que por lá ficaram e amaram (e amam!) aquela terra e se viram obrigados a regressar à terra de seus pais ou avós, que nunca conheceram e a qual não passava de um nome ou um ponto distante perdido, no mapa do continente europeu... e a política da descolonização, igualmente errada, a meu ver, que tirou àquelas terras africanas os seus filhos, (falo daqueles que amam verdadeiramente aquelas terras e ainda hoje trazem na alma a vastidão das planícies...) sem lhes darem a mínima hipótese de escolha. A política feita em cima do joelho, (como a maioria das políticas feitas em Portugal), foi a grande culpada disso. Depois, surge a questão, como teria sido a vida daquele povo, se a descolonização tivesse sido feita gradualmente, com a transferência de poderes feita também da mesma forma... dando oportunidade aos que quisessem  ficar e aos que quisessem partir... sim, porque muitos não queriam ficar, mas outros havia que aceitariam de bom grado as novas condições e só desejavam um lugar na sua terra... Podem argumentar que, os que amam verdadeiramente aquela terra, ficaram por lá, não voltaram...  É verdade, mas também há aqueles que regressaram para salvar as suas vidas... Dos muitos que se viram obrigados a abandonar a sua terra, dava para ver, falando com eles, os que amavam verdadeiramente aquela terra e os que só lastimavam a perda de poder económico...  os primeiros ainda hoje querem regressar para contribuirem humildemente para o desenvolvimento da sua terra, os outros só pensam em regressar com o intuito de vender as terras que "pertenceram" aos pais, avós... do que eles se esquecem, é que aquela terra pertence aos negros que já lá viviam antes dos europeus a ocuparem à luz de uma política colonialista injusta e que, por isso mesmo, ela não lhes pertence. Depois, quem lhas venderia? Alguns funcionários estatais corruptos que mais não querem que enriquecer à custa do pobre povo, sabendo que o subsolo é riquíssimo e que querem tirar o máximo proveito, à luz da mentalidade economicista ocidental? E em que se basearão para fazer tal venda? Em papéis assinados por europeus? É preciso não esquecer que a História não é (ou não deve ser) uma quantidade de papéis assinados; a História começa muito antes disso!  Depois, é também uma questão de justiça: quem estava lá primeiro, deve ter alguns direitos sobre os que vêm depois, ou não? Ou antes de venderem fazem uma compra fictícia ao pobre povo africano? De que mais trafulhices vai este povo, já tão sofredor, ser ainda vítima? Isto é um quadro pouco provável  ou mesmo improvável nos tempos presentes mas no futuro mais ou menos próximo, nunca se sabe! Agora, perguntem quem quer voltar e recomeçar do nada e os que aceitam mas com a condição de tudo continuar como antes do 25 de Abril... logo ficarão a saber onde reside a verdadeira alma africana!



publicado por fatimanascimento às 15:19
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Quarta-feira, 28 de Março de 2007
Quem pode viver neste país?

Estamos a viver uma das piores crises dos últimos anos e todos já notámos isso, no respeitante às despesas mensais! O gás subiu consideravelmente, gastamos o mesmo e pagamos mais; a electricidade também, e no que respeita ao acerto de contas anual, temos de pagá-lo por várias vezes, e passámos frio todo o Inverno para poupar electricidade… (e graças a Deus que a electricidade não subiu os 14% defendidos não sei por quem, porque iríamos à ruína e a EDP também, e voltaríamos à época dos candeeiros a petróleo); depois, temos os seguros que nos obrigam a fazer aquando da aquisição de habitação própria (seguro de vida), até aqueles que não queremos, como por exemplo o do recheio da casa…; o seguro do carro, do qual tentamos também defender-nos; temos a conta do telefone, cada vez mais avultada, já me aconteceu pagar mais de aluguer de telefone (ou do que quer que seja a quantia fixa que pagamos mensalmente!) e IVA que de chamadas; a água, que até há pouco tempo era um dos bens essenciais que não era muito cara, agora viu o seu preço disparar inexplicavelmente, (qualquer dia voltamos à bilha e às idas à fonte!); a internet, que é um recurso cultural importante, junto às outras despesas mensais… torna-se também pesada; se juntarmos a estas despesas, a prestação mensal da casa, do carro, o infantário particular, porque o público não tem horário para pessoas que trabalham, para além de serem também em número insuficiente… não é preciso fazer muitas contas para vermos que vivemos com a corda ao pescoço! Nós, classe média, que trabalhamos por conta de outrém, que não temos ordenados decentes que paguem justamente o trabalho que realizamos, que temos de pactuar com decisões políticas nada acertadas, mas que temos de engolir, porque não nos perguntam nada e, se juntarmos a isto, o daltonismo daqueles que nos governam, a falta de imaginação destes para resolver os problemas do país, a falta de novos rostos na classe política, uma vez que a imagem dos nossos políticos está cada vez mais gasta e desacreditada … quando se ouvem vozes defender a integração deste país em Espanha, como forma de se livrarem dos nossos políticos, que julgam incompetentes e corruptos… então, meus senhores, a questão é grave já e não é só económica… há toda uma saturação geral no povo português que é preciso saber interpretar urgentemente…para não haver surpresas desagradáveis no futuro! É que eu não acredito em revoluções ou golpes de estado, mas na reforma urgente das mentalidades (a que se deve juntar a sensatez de quem governa), para podermos levar a bom porto este país e o seu povo que já passaram por muito para não dizer por quase tudo!



publicado por fatimanascimento às 18:50
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