Hoje recebi uma mensagem de um amigo pedindo que fizesse algo no sentido de acabar com uma discriminação que não faz sentido. Referia-se à “lei” que vai ser votada, no próximo dia 10 de Outubro, na Assembleia da República e que procura evitar a ainda existente discriminação que existe entre casais heterossexuais e homossexuais. Já vários países deram o passo nesse sentido, reconhecendo que era já altura de acabar com uma situação intolerável que é a de haver cidadãos de primeira e cidadãos de segunda. No que ao preconceito diz respeito, pouco ou nada se pode fazer, a não ser aquilo que muitos guionistas vão fazendo nas telenovelas e filmes, tentando levar às pessoas a mensagem de que todo o amor é lícito, e tem o direito de se exprimir livremente, como outro qualquer. O que não pode, (nem deve), acontecer, na minha opinião, é haver leis discriminatórias que façam essa mesma diferença. Para mim, toda a lei tem uma virtude: evitar qualquer tipo de discriminação perante os cidadãos que trabalham e contribuem para o desenvolvimento de um país, com o seu esforço e dedicação. Eles têm os mesmos deveres que os outros cidadãos perante a lei, o que não faz sentido é que seja a própria lei a fazer a diferença, quando se trata de algo tão básico como querer ver reconhecida, como qualquer outro casal, a sua união perante a lei e os seus compatriotas. Penso que esta lei a ser votada no próximo dia 10, mais do que mostrar o tipo de estado que temos, mostrará também o tipo de pessoas que escolhemos, (e que não conhecemos, os únicos que conhecemos, e mal, são os cabeças de lista!) para nos representarem num órgão tão importante como é uma Assembleia da República. Há, por isso, que estar atento e ver se eles saberão estar à altura da situação e saberão responder, de forma acertada, a um passo que marcará, decisivamente, a nossa sociedade e o nosso país. Se queremos um país mais justo, e todos nós precisamos disso, mais tarde ou mais cedo, nesta ou naquela situação, há que velar por aqueles que escolhemos para nos representarem e ver se o seu desempenho está, ou não, de acordo com aquilo que pretendemos para o nosso futuro, para o nosso país, para a sociedade que queremos para nós. A homossexualidade existe, e não é só de agora, como muitos pensam, e já é encarada com naturalidade senão pela maioria, pelo menos por uma grande parte dos cidadãos portugueses, por isso há que aceitar e resolver este único problema ainda existente que é o da discriminação face a uma lei injusta que, a meu ver, em nada enobrece o nosso país e que, ao contrário do que faz, deveria era proteger todo e qualquer tipo de cidadão que contribui para o enriquecimento do mesmo (e não só!).
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