Talvez devesse dizer – do homem? Afinal, é este que as cria assim como ao sistema que elas desenvolvem. Este caso que vou contar passou-se comigo e, como não poderia deixar de ser, tive de protestar. As pessoas que nos atendem, do outro lado do vidro, não têm culpa e, como sei que nada está nas suas mãos, resolvi deixar a minha ideia neste artigo. Tinha estado em Cascais no fim-de-semana anterior e ainda tinha uma viagem para aquela localidade. Só que o meu destino encurtara uns bons quilómetros e ficava-me por mais perto nesse dia. Pedi que me carregassem o cartão Viva com o número de viagens pretendidas. A resposta surpreendeu-me. Não poderia ser. Teria de gastar aquela viagem ou comprar novo cartão para carregar com as viagens para o novo destino. O cartão novo paga-se. Como estava em cima da hora, e a fila, naquele fim-de-semana se alongava atrás de mim, com pessoas impacientes por chegar às praias, resolvi deixar a fila lançando à simpática senhora o comentário “ Quanto mais tecnologia mais limitação”. Foi mais ou menos isto. A senhora encolheu os ombros em sinal de impotência. Abanei a cabeça furiosa e lá fui direita ao meu destino. Perdi dinheiro, claro, uma vez que a viagem era consideravelmente mais curta e paguei a viagem até ao fim da linha do comboio. Agora, questiono-me sobre a possibilidade de se poder carregar o mesmo cartão com mais de um destino. Não seria mais prático e mais barato? Para já não falar da comodidade de ter um só cartão em vez da quantidade que teríamos de adquirir se quiséssemos visitar todas as localidades dessa linha. É claro que este cartão foi feito a pensar sobretudo (para não dizer só) nos moradores daquela zona que se deslocam diariamente a Lisboa para trabalhar. Mas nem mesmo para estes deve ser prático, uma vez que eles se devem querer deslocar, e mais do que uma vez, para outra qualquer localidade dentro da mesma linha. Então, por que não pensar num cartão capaz de reunir vários montantes destinados a qualquer estação daquela linha? A máquina só teria de debitar o montante correspondente ao destino escolhido. Tal como acontece com o passe. Mas sem ser um passe, uma vez que tal não interessa ao visitantes. E se é uma zona procurada por turistas tanto nacionais como estrangeiros! Talvez havendo uma oferta de pacotes com várias alternativas capazes de ir ao encontro, o mais fielmente possível, das expectativas do comprador que só teria de escolher aquele mais se adequaria ao seu interesse. Não seria melhor para todos? Lembro-me particularmente de um caso caricato. Uma senhora, acompanhada de uma criança, aproximou-se da bilheteira, deixando, para trás, a fila enorme que serpenteava atrás de mim e pediu autorização para passar à frente. Não me importei. O pior foi encontrar, na carteira da senhora, o cartão Viva certo para carregar. A senhora possuía, sem exagero, uns cinco ou seis, e a empregada teve de verificar qual deles era o certo para carregar a viagem pretendida. Estão a imaginar a cara das pessoas atrás de mim que esperavam, contrariadas, o seu momento para se aproximarem da bilheteira? Perdeu-se, ali, imenso tempo!
Talvez devesse dizer – do homem? Afinal, é este que as cria assim como ao sistema que elas desenvolvem. Este caso que vou contar passou-se comigo e, como não poderia deixar de ser, tive de protestar. As pessoas que nos atendem, do outro lado do vidro, não têm culpa e, como sei que nada está nas suas mãos, resolvi deixar a minha ideia neste artigo. Tinha estado em Cascais no fim-de-semana anterior e ainda tinha uma viagem para aquela localidade. Só que o meu destino encurtara uns bons quilómetros e ficava-me por mais perto nesse dia. Pedi que me carregassem o cartão Viva com o número de viagens pretendidas. A resposta surpreendeu-me. Não poderia ser. Teria de gastar aquela viagem ou comprar novo cartão para carregar com as viagens para o novo destino. O cartão novo paga-se. Como estava em cima da hora, e a fila, naquele fim-de-semana se alongava atrás de mim, com pessoas impacientes por chegar às praias, resolvi deixar a fila lançando à simpática senhora o comentário “ Quanto mais tecnologia mais limitação”. Foi mais ou menos isto. A senhora encolheu os ombros em sinal de impotência. Abanei a cabeça furiosa e lá fui direita ao meu destino. Perdi dinheiro, claro, uma vez que a viagem era consideravelmente mais curta e paguei a viagem até ao fim da linha do comboio. Agora, questiono-me sobre a possibilidade de se poder carregar o mesmo cartão com mais de um destino. Não seria mais prático e mais barato? Para já não falar da comodidade de ter um só cartão em vez da quantidade que teríamos de adquirir se quiséssemos visitar todas as localidades dessa linha. É claro que este cartão foi feito a pensar sobretudo (para não dizer só) nos moradores daquela zona que se deslocam diariamente a Lisboa para trabalhar. Mas nem mesmo para estes deve ser prático, uma vez que eles se devem querer deslocar, e mais do que uma vez, para outra qualquer localidade dentro da mesma linha. Então, por que não pensar num cartão capaz de reunir vários montantes destinados a qualquer estação daquela linha? A máquina só teria de debitar o montante correspondente ao destino escolhido. Tal como acontece com o passe. Mas sem ser um passe, uma vez que tal não interessa ao visitantes. E se é uma zona procurada por turistas tanto nacionais como estrangeiros! Talvez havendo uma oferta de pacotes com várias alternativas capazes de ir ao encontro, o mais fielmente possível, das expectativas do comprador que só teria de escolher aquele mais se adequaria ao seu interesse. Não seria melhor para todos? Lembro-me particularmente de um caso caricato. Uma senhora, acompanhada de uma criança, aproximou-se da bilheteira, deixando, para trás, a fila enorme que serpenteava atrás de mim e pediu autorização para passar à frente. Não me importei. O pior foi encontrar, na carteira da senhora, o cartão Viva certo para carregar. A senhora possuía, sem exagero, uns cinco ou seis, e a empregada teve de verificar qual deles era o certo para carregar a viagem pretendida. Estão a imaginar a cara das pessoas atrás de mim que esperavam, contrariadas, o seu momento para se aproximarem da bilheteira? Perdeu-se, ali, imenso tempo!
Já foi tornado público o resultado da investigação, levada a cabo, ao que parece, por quatro engenheiros. Esta investigação resultou do descarrilamento de uma automotora, ao serviço do metro de Mirandela, do qual resultaram três mortos e dois feridos. O resultado revelou alguns problemas na linha, assim como na automotora que descarrilou. Deste relatório, constam, ao que parece, fotos que sublinham as conclusões tiradas da investigação que nós acreditamos ter sido séria e realizada por pessoas cientificamente preparadas para o efeito. Como se costuma dizer, uma imagem vale por mil palavras, uma vez que, e caso não tenham sido manipuladas por pessoas de má vontade, elas mostram factos que desacreditam, à partida, qualquer argumento. Esta manhã, e após o resultado da investigação ter sido tornada pública, veio um determinado senhor, em declarações a uma estação de rádio, com algum peso no que respeita a audiências, dizer que o estado da linha não é tão mau como revelam as imagens. Uma pessoa fica atordoada com estas declarações, sem saber exactamente em quem acreditar. Uns revelam conclusões de uma investigação que me merece um mínimo de credibilidade, pelas razões óbvias, depois, vem um senhor, e apesar da gravidade de que se revestiu o acidente, pelo número de mortos e de feridos, e que poderia ter sido maior, se a automotora levasse mais passageiros, dizer que, e apesar de tudo, a linha não se encontrava num estado tão lastimável como revelavam as fotos. Como se as fotos fossem o único problema! A ser verdade, e pela paisagem acidentada que caracteriza a zona da linha, é natural que se tenham registado dificuldades na captação dessas mesmas imagens, mas o que é uma realidade é que essa linha necessita de obras e, dada, mais uma vez, a paisagem onde está inserida, deve necessitar de inspecções periódicas cuidadas e obras regulares frequentes, para evitar que factores climáticos, ou fenómenos geológicos (como sismos de fraca ou muito fraca intensidade), ou de outra natureza, possam pôr em risco mais vidas, não só dos trabalhadores como dos próprios passageiros. O que se tem de fazer, e é urgente, é evitar declarações destas, e falar às pessoas com seriedade, explicando-lhes o que aconteceu, e o que se vai fazer, para evitar mais acidentes deste género. São declarações destas que desacreditam não só as pessoas como as próprias empresas. Dá a sensação que a pessoa em questão ou não estava bem a par de tudo quanto envolveu o descarrilamento e a investigação, e alguém lhe lançou uma dica…ou então que fazem estas declarações para evitar mais especulações à volta do problema e assim tentar abafar o mesmo, o mais rapidamente possível… Não são só as imagens que estão em causa, (como parecia na declaração emitida, já para não falar no tom de voz) é todo um relatório que tem de ser levado em conta, assim como as sugestões que são claras, se queremos ter menos problemas no futuro. E para que as pessoas não tenham medo de viajar neste país… é que depois do acidente com a ponte de Entre-os –Rios e este da linha do Tua (para já não falar de outros), é difícil não ter medo…
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