Sempre me confrontei com casos de pessoas competentes que fizeram propostas de reformas que ficaram esquecidas na gaveta. E são imensas… Lembro-me por exemplo, de uma professora minha de Latim, que fez uma proposta de reforma do curso de clássicas, aqui há uns anos atrás, e que não teve melhor aceitação do que o esquecimento dentro de uma gaveta. Ela sabe, pela experiência que tinha no ensino das mesmas, o valor daquela reforma, mas, inexplicavelmente, e como acontece a alguma criação de valor realizada neste país, nunca conhece a luz do dia. O que aconteceu ao documento? Provavelmente estará ainda dentro dessa gaveta ou arquivado (o mesmo é dizer esquecido!) nalgum lado e substituído por outro de origem estrangeira. Este é só um exemplo retirado de um grupo de muitas outras situações iguais ou parecidas. Hoje, deparei-me com uma outra. Nós somos um país muito vulnerável a actividades sísmicas e a cheias que deixam sempre um rasto de destruição atrás delas, (para já não falar noutras!). As cheias, que são mais ou menos periódicas, pela sua frequência e pelos estragos que deixam atrás de si, e já que o saneamento dessas águas é precária, em alturas de chuvas abundantes, há que dar atenção à protecção da vida e bens das pessoas e também há que pensar em contar com estas calamidades, quando se projectam novos arruamentos… Ora, uma vez que nada disto ainda é feito, limitando-se as pessoas que projectam e realizam a cumprir a malfadada lei, que só prevê umas sarjetas de tantos em tantos metros, ou o diâmetro das condutas que, nas alturas das calamidades, a água é tanta que, ao não dar o escoamento necessário a tanta, (até as tampas das mesmas se levantam, deixando sair a água que se vai juntar àquela que ainda não foi escoada), aumentam o volume das águas nas estradas, com todo o perigo que isso acarreta. Não havendo soluções nesta área ou vontade de realizar as modificações necessárias, há que avaliar outras soluções. Uma das soluções passaria por uma invenção levada a cabo por um senhor do Fundão, que recebeu uma medalha de prata no salão de invenções de Genebra. Pela distinção que mereceu em tal certame, é porque a invenção é válida e foi testada. O que me entristeceu é saber que não houve ninguém ainda que se interessasse por tal invenção, neste país, e então pergunto-me do que estão à espera. Se olharmos aos estragos a quem interessaria prevenir tais catástrofes? Decerto que às seguradoras e ao governo, se olharmos ao dinheiro que poupariam com a protecção dos bens das pessoas seguradas que não se importariam de investir num projecto deste tipo, para salvar os seus bens. Para além daqueles dois organismos, não haverá ninguém ligado ao sector privado interessado em investir? Olhando ao péssimo saneamento que temos, dava jeito a muito boa gente… Ah, e já agora, muitos para bens ao inventor. Precisamos de pessoas como o senhor… não desanime!
Projecto Alexandra Solnado
links humanitários
Pela Libertação do Povo Sarauí
Músicos
artesanato
OS MEUS BLOGS
follow the leaves that fall from the trees...
Blogs
O blog da Inês
Poetas