Todos nós sonhamos com um casamento religioso pelos mais diversificados motivos. O primeiro, e o principal, é querermos partilhar a nossa vida com uma pessoa para o resto dos nossos dias, depois, o outro, muitas vezes repetido e escutado, é o de ser uma cerimónia bonita, um dia de conto de fadas na vida de uma pessoa, e pela fé que temos. Ao longo dos anos, porém, essa partilha sofre altos e baixos, acabando, muitas vezes, esse amor, por terminar. Quando isto acontece, o casal faz aquilo que tem de fazer que é enfrentar a difícil situação da separação. Civilmente, a questão, legalmente falando, é fácil de resolver e, com boa vontade de ambas as partes, depressa se resolve, com as facilidades agora dadas. Assim, termina o período difícil da separação, deixando ambas as partes livres para continuarem as suas vidas. É o mais justo. O que não é assim tão fácil, é o que se passa no caso do casamento religioso. Eu casei pela igreja, numa cerimónia simples, mas bastante significativa para mim e, depois que acabou o amor que unia as duas partes, e posto fim a um casamento de fachada, com um divórcio acordado entre as duas partes, resta-nos um problema por resolver – o casamento religioso. Eu sei que, na minha vida, não mais me voltarei a casar, mas sei que a outra parte, quando um dia encontrar a pessoa ideal na sua vida, vai querer casar-se pela igreja. E está no seu direito. Agora, o problema, ao contrário do que acontece no casamento civil, que compreende e aceita que a convivência entre duas pessoas, e portanto a união delas, possa chegar ao fim, é a posição da igreja, que se acha com o direito e o dever de julgar se um casamento está terminado ou não. É claro que se adivinha um percurso longo e difícil, com batalhas duras a travar… Logo, o capítulo que ficou resolvido no divórcio civil, perpetua-se na longa batalha religiosa pela nulidade matrimonial, arrastando atrás de si tudo o que desagradável existe numa batalha, seja ela de que espécie for. Vendo o que se passa à minha volta, e na falta de formação das pessoas, tanto homens como mulheres, imagino a igreja a assinar um monte de mentiras, seja de que parte for, não olhando a meios para conseguir o que se quer. Eu, no meu caso, a minha posição é clara, seja quais forem as mentiras que a outra parte escolher, eu vou assinar por baixo, pois quero viver a minha vida em paz, sem mais ligações a essa pessoa. Para além disso, a minha posição em relação ao casamento religioso é simples - o amor que liga esse homem e essa mulher é que faz o casamento e o torna eficaz e, uma vez terminado, o casal deixa de fazer sentido. O pior é fazer a igreja compreender este facto! Mas cada um escolhe o seu papel…
A minha fé, que está para além de um conjunto de leis, criadas por homens da igreja, diz-me o fim desse amor, que antes existia, é um sinal para procurarmos a nossa felicidade noutro caminho.
Projecto Alexandra Solnado
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