opiniões sobre tudo e sobre nada...

Domingo, 18 de Abril de 2010
camaleões da escrita

Conheci uma pessoa que trabalhava numa escola. Foi educada para o sucesso. Nada contra isso. Mas se a pessoa não tiver nada para dar? Por baixo da capa de alegria empática, há uma pessoa muito frustrada e perigosa. Nunca conseguiu nada. Tudo quanto tem copiou de outrem, isto é, tudo quanto parece inovação é uma simples cópia. O pior é que o erro não fica por aqui. Essa educação passou inevitavelmente aos rebentos que agem de acordo com os exemplos da progenitora. O objectivo é só um – notoriedade. No ensino pode não ser tão notório mas na escrita é diferente. Penso que todos devem, e trazem se forem honestos consigo próprios, trazer algo seu a tudo quanto realizam, isto é, há sempre uma marca pessoal. Na escrita não é diferente, Detesto quando me dizem que devo ler este ou aquele autor, quando nada me dizem, para poder crescer como escritora. A verdade é que leio um pouco de tudo mas sem a preocupação de imitação. Entenda-se imitação no bom sentido, no sentido de aprendizagem. Gosto mais de uns do que outros, é uma verdade, mas não deixo de apreciar a forma como se expressam. Na verdade, é que penso que em pouco ou nada me poderão influenciar na forma como me expresso (embora nos mostre outras maneiras de lidar com a forma). Mas o sentimento e a sua expressão é algo muito pessoal que marca a sua escrita. Tive uma outra colega que imitava, não diria na perfeição mas quase, os mais diversos estilos de autores portugueses consagrados. Isto, para mim, não é ser-se escritor. As pessoas que trabalham desta forma, não passam de meras imitadoras. Todo o escritor tem o seu estilo que se reconhece facilmente. Quem não reconhece a voz de Saramago ou de Lobo Antunes, de Eça ou outro qualquer? O que os diferencia? O estilo, a voz. O que acho medíocre é educar para o sucesso incitando à imitação. Se vende, se tem sucesso, e se, ainda por cima, se conhece a pessoa (muitos dos abusos nascem aqui) por que não imitar? É isto que não compreendo. Como é possível educar alguém para a imitação de um estilo só porque tem sucesso ou vende? O que aporta essa pessoa para a inovação/diferenciação? O pior é que os leitores podem cair nessa armadilha sem mesmo desconfiarem da imitação. Como é isto possível?



publicado por fatimanascimento às 20:03
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Sexta-feira, 18 de Julho de 2008
Os talões do Multibanco

 

Há uns dias atrás, não muitos, tive de realizar uma transferência bancária numa caixa Multibanco. Qual não é a minha surpresa, quando, ao receber o talão, verifico que ele estava impresso naquela tinta lilás, que, ainda por cima, era muito clara. Para qualquer normal olho humano, olha-se e vê-se perfeitamente bem o que lá está impresso, o pior é quando se tem de fotocopiar o dito talão. Não há cópia possível! Toda a espécie de cópia que se pretenda fazer sai… imperceptível. Pode-se dizer que as letras e números, constantes desse talão, (porque elas estão lá!), não se percebem em todas as tentativas de cópia realizadas por mim ou por outras pessoas, já mais acostumadas, e por isso mesmo mais hábeis nesta questão das cópias. Como já se vem falando do problema que constitui esta tinta, e os problemas que colocam às pessoas que utilizam as caixas de Multibanco como meio de pagamento (e são muitas!), julguei que o problema estava já solucionado, e que não haveria mais caixas Multibanco com tal tinta. (Devo acrescentar que, todos os semelhantes talões coleccionados, desde há alguns anos, e que constituem prova de pagamento das diversas facturas que chegaram até mim, já não estão legíveis. Olha-se para elas e vê-se um exíguo papel… em branco!) Esta situação colocou-me numa posição difícil. Como tinha de enviar a fotocópia, ela lá foi, ainda que de qualidade péssima. Agora, não estou livre de apuros. Posso, a qualquer momento, ser chamada à atenção para uma situação à qual sou totalmente alheia, pois, por minha vontade, essa tinta já teria sido erradicada de todas as caixas Multibanco. Posso ver-me obrigada, (e muito justamente, devo acrescentar), a ter de me deslocar à empresa, para mostrar o talão às pessoas que não conseguem ler a cópia. (E tenho de o levar quanto antes, prevenindo a hipótese de o original perder a pouca tinta que tem.) Mas, como para tudo há solução, o que eu posso fazer é deslocar-me lá, caso seja necessário, mostrar-lhes a prova do pagamento, que é o claro talão, para eles comprovarem a realização do pagamento. Poderão até ficar com ele, desde que me passem uma declaração, assinada, em como receberam o talão, em mão, como comprovativo da tal transferência. O que me aborrece sinceramente, não é já o dinheiro que vou ter de gastar com a deslocação, e todos sabemos como os bilhetes dos transportes públicos estão caros, mas a constatação de que, por muito que se fale ou proteste, as situações parecem não mudar… sejam quais forem as razões, e uma delas é fácil de perceber – é sempre a população que perde com este tipo de situações.



publicado por fatimanascimento às 00:26
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Quinta-feira, 22 de Maio de 2008
O barato sai… muito caro!

 

Sabem aquelas pessoas que dizem que vendem tudo mais barato e se ajeitam para fazer tudo? Todos aqueles que estão financeiramente mais apertados, recorrem a estas pessoas que começam com um trabalho e, mais tarde, dão a conhecer outras actividades, dentro do mesmo ramo, a que se dedicam nas horas livres, para juntar mais algum dinheiro. Desde que façam um bom trabalho, as pessoas que geralmente são conhecidas deles, não se queixam. O pior é quando eles nos enganam!

Aconteceu há já algum tempo. Eu tinha um computador mas precisava de um outro para trabalhar. A pessoa que trabalha no ramo, e que me arranjava o computador sempre que havia algum problema, propôs-me ser ele próprio a fazê-lo, uma vez que ele não trabalha só com software mas também sabe trabalhar com o hardware. Ficou combinado. Ele montou o computador, que me ficou ao preço de um computador normal, comprado numa loja. A decepção veio quando, uma amiga, cujo pai coordena a unidade informática de um banco conhecido, veio a casa e se colocou a oportunidade de actualizar o Windows. O Windows detectou um software que não era genuíno. Questionada sobre o preço pago pelo computador, a minha amiga nem queria acreditar - pagara uma cópia do software como se se tratasse da verdadeira. Ainda que fosse falso o software, o que mais custa é o engano de alguém em quem confiamos, e o facto de a ganância levar a pessoa a cobrar pelo falso aquilo que é o preço do genuíno. Mais tarde ainda, acabei por descobrir, por pessoas amigas, que um aparelho que eu lhe comprara, uns meses antes, me tinha, também, sido vendido a um preço inflac cionado, na ordem dos cem por cento. Ainda foi mais barato do que o preço que pagara pelo aparelho que perdera no processo de divórcio, mas em proporção, ganhou ele mais do que a empresa que dá emprego a bastantes trabalhadores. Estes indivíduos acabam por se safar porque ainda que levem muito caro, os preços deles saem ainda mais baratos do que os praticados pelas empresas. Agora, das duas uma, ou as empresas baixam os preços, acabando com esta concorrência desleal que, ainda por cima, não passam recibos, não aceitam cheques, ou outras formas de pagamento que possam denunciar a sua actividade, ou continuam a praticar os preços altos, alimentando este comércio paralelo que só os prejudica. Cabe às empresas decidir… e é tudo uma questão de preço, só!

 

Fátima Nascimento



publicado por fatimanascimento às 13:18
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