As aulas de Formação Cívica são, muitas vezes, encaradas pelos alunos como uma forma de passar o tempo e de sobrecarregar o seu horário já tão preenchido. Estamos no início do ano lectivo. A abordagem à disciplina tem de ser forte. Foi o que fiz. Começámos por fazer uma abordagem à designação, interrogando-nos sobre o seu significado, abordando mesmo singularmente cada palavra que a compõe. Depois, varremos a nossa sociedade e passámos a nossa vista sobre todos os acontecimentos nacionais e mundiais para chegarmos à conclusão de que vivemos numa sociedade onde a insegurança predomina. E esta insegurança não se combate com polícia! Descemos um pouco mais ao interior das questões para perceber que nem a polícia está acima de suspeitas! Tudo isto provado em casos do conhecimento geral. Do geral passámos às experiências pessoais também reveladoras da sociedade em que vivemos. Percebemos a nossa fragilidade perante as ameaças que infestam a nossa sociedade. Ninguém está livre de que lhe aconteça o mesmo que aos outros. Ninguém é mais esperto que ninguém. Todos estamos sujeitos ao mesmo. Procurámos encontrar soluções pessoais capazes de acautelar e evitar que problemas desses nos afectem. A resposta foi elucidativa, ninguém está preparado para enfrentar o mal que fustiga as sociedades humanas à escala mundial e que todos conhecemos. Pelo menos conhecemos alguns. (Haverá outros que desconhecemos?) E destes que conhecemos, há sempre métodos desconhecidos utilizados para apanhar a presa. A melhor é apanhá-la isolada. É a selva revivida na nossa sociedade. Nunca viram aqueles documentários sobre animais onde os predadores isolam a vítima para a caçarem, enquanto o resto da manada foge com medo e indiferente ao que acontece abandonando o seu membro à sua sorte? Aqui acontece o mesmo. Só com uma diferença – os animais matam para comer. Nas sociedades humanas vive-se à custa da escravidão e esta tem várias facetas! O objectivo? O dinheiro. Alguns sobrevivem também à custa do próximo. À questão sobre o que deveriam fazer, ficar fechados em casa sem poder sair? Nem pensar! Não nos é permitido! Temos de seguir vivendo olhando sempre por cima do ombro e com cautela redobrada porque os golpes vêm, muitas vezes, das pessoas de quem menos desconfiamos. Temos de continuar, sim, arriscando. Porque cada dia que passa é um risco que corremos. O que não lhes disse, porque já passava da hora e estavam já atrasados para a aula seguinte, é que a diferença está
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