A diferença entre patrões e operários é óbvia, à partida: uns têm uma posição de liderança enquanto os outros ocupam a de liderados, isto é, limitam-se a executar as suas tarefas o melhor que sabem e podem, vestindo a camisola da empresa e sabendo que o bem daquela é o bem deles. Mas não é suficiente para aqueles. Embora a diferença esteja definida, a verdade é que, se esquecermos esta, vemos uma equipa inteira a trabalhar como um corpo só, para o sucesso do projecto. E tudo corre bem até ao momento em que começam a surgir, mesmo que aparentemente, problemas. Aqui as posições divergem claramente tornando-se, muitas vezes, opostas e irreconciliáveis. E se observarmos o mercado de trabalho, não podemos deixar de perceber as diferentes posições de ambos. É lógico que, para tudo, há excepções e temos sempre de contar com elas, para não cairmos no erro de sermos injustos para com quem não merece.
Enquanto por parte de alguns patrões vemos que a sua única preocupação é o ganho que poderão ter com as empresas, fechando-as, muitas vezes, porque não são tão rentáveis como esperavam para, depois, abrirem noutro local do mundo, vemos trabalhadores que, mesmo não sendo pagos, regressam fielmente todos os dias aos seus locais de emprego para desempenharem a sua função dentro da empresa.
E são estes que, quando a empresa declara falência, se mantêm defronte do edifício, ao estilo de velório, esperando aquilo que lhes é devido e que nunca chegam a receber; e não falo só da perda do emprego mas, e muitas vezes, do dinheiro que lhes é devido e que nunca mais vêem.
Depois, ainda vêm estes tempos de crise, oportunamente explorados por alguns governos (que nos meteram nesta crise com más administrações) para retirarem os poucos benefícios conquistados pelos trabalhadores, em anos anteriores. Entre governos assim e patrões inumanos estão os trabalhadores espartilhados. O futuro, que bem poderia ser mais brilhante, porque há outras maneiras de resolver esta crise (assim houvesse vontade) vai ser bem negro, para os trabalhadores que o mesmo é dizer – o povo!
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