Não estão admirados? Não vos parece haver uma contradição neste título invulgar? Seria pouco improvável num outro país, mas neste país onde vivemos, onde existem três grandes males a afectar parte da população, nada é impossível. Posso adiantar-lhes que os três grandes males portugueses são “a doença dos pezinhos”, o pior tipo de tuberculose e a… inveja! Não acreditam? Meditem durante algum tempo. Haverá alguém que não tenha sido já prejudicado pela simples razão de os outros os admirarem? Podem até não se sentir grandes mas, se o que fazem, aos olhos dos demais, parece grande, não há nada a fazer. E como a inveja incomoda imenso quem a sente, essas pessoas não se dão ao luxo de ficarem quietos. Não! Têm de fazer algo para desencorajar as pessoas admiradas e conhecidas. Porque ninguém inveja quem não conhece pessoalmente. São estes, os conhecidos, os alvos favoritos. Alguém que se cruzou connosco, num passado mais ou menos recente, e segue a nossa trajectória como quem segue um relato de futebol. Ora, se a pessoa for boa naquilo que faz, lá continua a inveja. E como as pessoas se começam a destacar, têm de fazer mais, tornando-se cada vez mais perniciosas, para com pessoas que não lhes fizeram rigorosamente mal algum limitando-se a seguir o seu caminho e a realizar um bom trabalho. Chega a um ponto que essas pessoas conseguem um tal destaque que começam a ser atacadas indirectamente por pessoas, pensando que, dessa forma, podem prejudicá-la irremediavelmente. E tudo serve. Mas como as pessoas são inteligentes, não se deixam levar por intrigas que mostram em tudo uma estupidez perigosa. E eu não conheço uma pessoa má que não seja estúpida, infelizmente para os maus que se julgam espertos, são muito estúpidos e logo são apanhados pelos inteligentes, mais tarde ou mais cedo. Mas há casos gritantes. Como o ataque indirecto não surte efeito, passa-se para a difamação indo ao cúmulo de se citarem mesmo nomes. Ora, estando as pessoas à frente de uma empresa, precisam do seu nome limpo. E a internet está a ser uma arma usada erradamente por estas pessoas que já não ligam a meios para atingir os seus negros fins. As minhas colegas estão indignadas e tristes. Eu devo dizer-lhes que só se podem sentir felizes pelo trabalho bem feito. Não têm de se sentir magoadas, mas eu faria uma coisa: levantava um processo judicial por difamação. Isso era o que eu fazia. Porquê? Porque estas pessoas não têm vergonha, só sabem o que é o medo. E só reagem a este. Tanto que, até para atacarem uma ou mais pessoas, nunca o fazem sozinhas. Escudam-se por outras iguais a elas, que muitas vezes se limitam à retaguarda, já com medo das possíveis retaliações. Eu não perdia tempo com pessoas destas. Mas talvez elas estejam à altura destas pessoas e sejam capazes de as pôr na linha. Eu, por mim, já não acredito nesta solução. Estas pessoas estúpidas gostam sempre de ter a última palavra. O orgulho ou a vaidade não lhes deixam outra alternativa. E por que é que este país está como está? Porque pessoas como estas não param de crescer. Dá-se um pontapé num calhau e, debaixo dele, encontram uma meia dúzia de inúteis que só estão no mundo para fazer mal ao próximo. E como o país mais não é do que as pessoas que o constituem, e sendo esta espécie uma considerável (para não dizer grande) maioria, não admira que estejamos na cauda da Europa ou um pouco mais acima. Não muito! O desequilíbrio começa a sentir-se. Mas de uma coisa nunca poderemos abdicar: de ser quem somos e de fazer o temos a fazer. Isso seria o que essas pessoas quereriam! Seria a sua grande vitória! E quem está disposto a deixar pessoas como estas levar a sua intenção avante? A resposta é simples: ninguém minimamente inteligente!
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