Há muitos manuais mas não há manuais perfeitos. Cada autor tem o seu perfil de livro que traduz no manual que cria. Este pode aproximar-se mais ou menos do modo de funcionar de alguns docentes que, ao examinarem as inúmeras propostas, e não há muito tempo para tal, escolhem aquela que lhes parece ideal para desenvolverem o seu trabalho com os alunos. Mas encontram-se sempre manuais que não satisfazem integralmente a exigência dos docentes e, assim, recorrem às fichas informativas e de trabalho para completarem aquilo que, nas suas cabeças, seria a melhor maneira de abordarem e tratarem determinado assunto. E o manual que é o ideal para a maneira de funcionar de um docente poderá não ser o melhor para outro. Assim, sempre que se inicia o ano lectivo, há aqueles que podem manifestar a sua satisfação para com o manual escolhido as passo que outros, e muitas vezes não são poucos, acabam por ficar desiludidos. Muitos deles, não encontrando em nenhum deles o manual preferencial, acabam por trabalhar com vários ao mesmo tempo, escolhendo para cada tema, o que acham preferencial para este ou aquele tema. Muitas vezes, não recorrem só a um mas a vários retirando deles as passagens que acham melhores recriando o universo que lhes parece mais favorável e que melhor se adapta ao seu modo de trabalhar. Isto põe em causa a existência dos manuais. Valerá a pena os pais gastarem dinheiro em manuais escolares? Não será um desperdício de dinheiro quando, muitas vezes, pouco ou nada se aproveita deles? Esta insatisfação estará relacionada com a avaliação e a necessidade de mostrar trabalho realizado? Pode ser que sim e pode ser que não. Afinal, sempre houve manuais rejeitados ao longo dos anos. Talvez rejeitados seja um termo muito forte, mas já houve casos de professores que se recusaram a trabalhar com o manual adoptado pelo grupo por não se identificar minimamente com o método utilizado pelo/s autor/es. Mas também é verdade que há necessidade, com o problema da avaliação a necessidade de criar materiais que, muitas vezes, mais não são que passagens retiradas de diversos manuais. Como parece não existir esse manual ideal, como fazer para evitar o desperdício de dinheiro? Das duas uma: ou não se compram manuais ou então estes não passarão de meros livros de consulta para a realização de fichas informativas. Nas escolas onde todos encontrem o manual mais adequado ao seu perfil de trabalho, aí, não será necessário e todos poderão realizar um trabalho conjunto satisfatório a todos os níveis. O manual é a base de qualquer trabalho. Se corresponder às expectativas dos utilizadores tanto melhor para as duas partes - alunos e professores – pois o trabalho resultante será muito mais agradável e renderá os seus frutos. E é para isso que todos trabalhamos – para o sucesso dos alunos.
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