Lembrei-me de uma frase de Platão que defendia que "Pessoas inteligentes
falam de ideias, pessoas comuns de coisas e pessoas medíocres
falam de pessoas". Seguindo a linha filosófica de Rousseau, defendo também que todo o homem nasce potencialmente grande. Então o que os faz pequenos? O que são então os espíritos pequenos? Alguém sabe? Por que nos preocupamos com eles? Valerá a pena?
Os espíritos pequenos são espíritos mesquinhos. Os sentimentos e as ideias são mesquinhos. Interessam-se por ninharias. Falam da vida alheia, só para denegrir. Vivem da mentira e da difamação. São a grande maioria. Não querem e não sabem mudar. Não há cursos superiores que lhes valha. Aliás, não há nada que lhes valha! São sedentos de honras e poder. Adoram manipular. Precisam disso. Para tal “cativar” é só a aproximação para levar a vítima a confiar para depois ser prejudicada. A inveja é o seu sentimento dominante. Tomam as atitudes certas pelos motivos errados. Adoptam ideias erradas que lhes dão a falsa ideia de superioridade. Fazem mal ao próximo sempre que podem. Falam imenso de Deus para se esconderem. São eles que impedem a modificação, teimando na continuidade. São vaidosos e arrogantes, têm de ter sempre a última palavra. Deixam à descendência um reflexo deles próprios que viverão com a mesma convicção dos seus ascendentes. Ninguém se preocuparia com eles não fossem os estragos capazes de realizar.
Os espíritos grandes são humildes. Dão-se conta da sua grandiosidade mas sabem que o devem a um Ser superior. Não dão valor ao que fazem, porque o fazem com desprendimento e generosidade. Não manipulam mas também não se deixam manipular. Dão atenção às grandes matérias que afectam o mundo e o ser humano. Defendem a felicidade deste independentemente da particularidade que o caracterize. Mostram aquilo que são. Não condenam, acreditam na mudança. Tentam modificar mentalidades, lutando contra a corrente. Ajudam o próximo sem fazer alarde disso. Raramente falam de Deus, mas sabem-No presente. Não inveja, congratula-se com a vitória do amigo. Têm defeitos, mas conseguem ultrapassá-los. Tratam todos como iguais, independentemente da sua posição. Amam verdadeiramente o próximo, embora percebendo e defendendo-se dos seus defeitos. Não Têm medo de errar pois já assimilaram que errar é humano e combatem a ideia de perfeição que atribuem a um só Ser – Deus.
Outra frase de Platão para concluir: "Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz"... Residirá aqui a verdadeira diferença entre os grandes espíritos e os espíritos mesquinhos? Não serão os grandes espíritos simplesmente e só espíritos iluminados? Haverá esperança para os espíritos pequenos?
Não existem regras sem as devidas excepções. Se não acreditasse nisto, provavelmente, não estaria a perder o meu tempo a escrever um texto como este. Quem sabe, não há por aí algum espírito medíocre que esteja só à espera deste empurrão? Nããããã… Será?
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