Não é fácil educar. O que é bom para este filho, parece não ser a educação certa para aquele. O que se tem de fazer é olhar cada um, na sua individualidade, e tentar perceber o que é preciso fazer para o ajudar a crescer. O que temos obrigação de fazer, nós, os pais, é tentar chegar mais longe daquilo que nos foi legado, para não cristalizarmos, enquanto pessoas e seres humanos e não fazermos o mesmo com os nossos filhos. É preciso pensarmos, primeiro, naquilo que nos foi ensinado e vermos qual a necessidade, ou não, de transmitirmos isso aos nossos filhos. Para mim, o que devemos transmitir aos nossos filhos, é tudo aquilo que contribui para a felicidade deles e dos seus semelhantes e lhes permita, no futuro, criar uma sociedade mais justa e solidária. O que eu tento transmitir aos meus, através dos meus conselhos e exemplo é que devem sempre optar por aquilo que é melhor para eles e, simultaneamente, para os outros e que não vale a pena conseguir algo se, pelo caminho, vemos alguém deitado e não o levantamos e o ajudamos a caminhar. Que para ajudarmos é necessário conhecer bem a pessoa que se quer ajudar, sob pena de não conseguirmos ajudá-la. Que há pessoas cheias de dogmas que devemos respeitar, mas que temos obrigação, nós, que sabemos alargar os nossos horizontes, de sempre continuar a alargá-los, para nos ultrapassarmos a nós próprios e ajudar os outros. Que há outros com horizontes mais alargados que os nossos o que nos obriga sempre evoluir… é sempre no sentido da verdadeira evolução que devemos sempre seguir. De resto, não controlo nem procuro controlar a vida dos meus filhos. Sempre que eles têm um problema e não o conseguem resolver sozinhos, se me pedem ajuda, procuro estar sempre disponível. Basta-me saber que eles estão bem e, nesta fase da adolescência, onde estão, para o caso de haver algum problema. Tento educá-los na base da liberdade responsável que é a única em que eu acredito verdadeiramente. Não acredito na educação orientada. Acredito na abertura de caminhos e não no encerramento dos mesmos. Educar, para mim, não é evitar os erros, é prepará-los para eles. Todos nós errámos e eles também irão errar, (a única diferença é que uns progenitores sabem e outros não). Mas que saibam estar à altura das situações. Que no mundo há pessoas que escolheram ser más, embora escondam isso debaixo de máscaras simpáticas e ternas, e que não perdem uma oportunidade de prejudicar o próximo. E que há muitos que se movimentam no limiar entre o mal e o bem. E que é preciso discernimento e atenção para nos apercebermos disso. E isto só se consegue com muita informação e com muita inteligência. E, sobretudo, que é no amor (que acciona a boa vontade), que encontramos a felicidade. Não é só no sentido de procurar a alma gémea, mas também no de fundarmos a sociedade ideal onde todos gostaríamos de viver. Digo todos, porque mesmo aqueles que querem o mal, querem-no só para os outros e não para eles mesmos. E, sobretudo, lembro-lhes que os grandes pensadores foram sempre perseguidos ou olhados com desconfiança, uma vez que remavam no sentido inverso ao dos falsos valores.
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