Não posso ir muito além da árvore genealógica mais recente, porque não conheço mais…. Mas o que tenho é excepcional, pelo que não tenho de ir muito mais além. As recordações não vão além dos meus avós. Sobretudo o meu avô… que integridade e que linearidade! Nunca me lembro de conhecer uma pessoa mais honesta na minha vida! São numerosas as histórias que contam sobre ele! Até em Portalegre! E esta história, em particular, já é contada pela segunda geração. O meu pai saiu a ele. Foi desenhado nas mesmas linhas. Também há histórias sobre ele. Eu saio ao meu pai. Não há histórias sobre mim. Nem faço questão que haja. O que posso dizer é que não é nada fácil ser-se assim. Poucas pessoas nos compreendem ou nos aceitam como somos, uma vez que em todos os caminhos sempre há desvios. É uma rectidão muito vincada, sem desvios. As pessoas têm medo. Sinto isso, mas não ligo. Vivo o meu dia-a-dia sem me preocupar com a vida dos outros, a não ser no único sentido de ajudar, quando posso e sei. E nada mais. A seriedade é um vínculo na personalidade uma vez que os exemplos são sempre muito exigentes e estão sempre muito vivos. Depois, seguiu-se a formação religiosa ( e não só) que me foi dada pelas irmãs de S. José de Cluny, no Colégio de Santa Maria, e que eu procuro pôr em prática no meu dia-a-dia. Tudo foi determinante na minha formação. E a todos o meu reconhecimento por isso. Agora, cabe a mim falar desse tipo de formação tão determinante na vida de qualquer pessoa. Esta formação de raiz, e não só de aparência, é decisiva em qualquer pessoa. Não é só o ficar bem, é necessário criar estes valores para que possamos viver numa sociedade mais justa e mais consciente, quanto mais não seja para evitar casos como os que me têm tocado viver, estes últimos tempos, devido a essa mesma falta de formação de algumas (muitas!). Passa-se um caso com um meu ex-companheiro a quem ajudei, a determinada altura da sua vida, quando mais precisava, e que não está a cumprir com os seus deveres, até agora. Dei-lhe e dou-lhe o benefício da dúvida, mas já lhe tivesse apanhado mentiras… A minha posição em nada mudou: continuo a acreditar no que há de melhor nele. Depois, há aqueles que andam divididos por que lhes foram inculcados certos valores por um dos pais e outros pelo outro. Então, acontece isto: agem mal e ficam com problemas de consciência, porque não querem tomar uma posição dissonante, mesmo não concordando com o que se passa. Não deixam de ser boas pessoas, mas também não deixam de ser más. E são adultos sofredores. Entre a minha mãe e o meu pai há diferenças na maneira de ser, mas eu decidi-me por uma, e não me afastei dela. Não fiquei dividida, como acontece com alguns. Agora, o exemplo que eu dou aos meus filhos é aquele que me deram a mim e que eu julguei ser o mais recto. Que pena não haver mais pessoas assim! Seria tão mais fácil para todos!
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