Já não é de agora o problema das universidades privadas. Quando não são elas, devido a problemas de digladiação interna, a fechar as portas, são outros problemas. Não consigo entender estes problemas, uma vez que as universidades particulares estrangeiras gozam de grande prestígio. Tudo depende, e isso está claro, das pessoas que estão à frente delas. Será que só em Portugal é que as universidades privadas não têm futuro? Lembro-me, aqui há uns anos atrás, do problema da Universidade Livre que, passados alguns anos de existência, encerrou as portas para dar lugar a duas novas: A Universidade Lusíada e a Universidade Autónoma de Lisboa “Luís de Camões”. O problema deveu-se a questões de ordem interna. Foi um período de grande incerteza para os alunos que a frequentavam. Alguns conseguiram mesmo entrar na universidade pública tendo, ainda assim, sido penalizados e forçados a matricularem-se no primeiro ano. Outros matricularam-se nas novas universidades geradas na morte da outra. Houve um período de grande insegurança que desferiu um rude golpe no prestígio neste tipo de universidades geradas no capital privado. Mais tarde, e como se recordam, surgiram outros problemas com a Universidade Independente e, agora, ao que parece, com a Moderna e a Internacional. Não tenho nada contra as universidades privadas, até bem pelo contrário. Acho que elas foram a resposta possível às necessidades existentes na altura e ainda agora, uma vez que o estado não tem capacidade de reposta para a procura de vagas no ensino público. E elas além de alternativas são uma oportunidade também que evita que os nossos alunos procurem as estrangeiras, esvaziando-se assim o país de valores que outros certamente aproveitarão. O único problema aqui será a qualidade do ensino e, como em tudo, o estado tem de fazer um controlo não só às privadas como às públicas. Desde que haja qualidade no ensino e refiro-me particularmente à informação/preparação científica dos alunos para o mercado de trabalho, não vejo inconveniente na existência dessas universidades privadas. Isso só prestigiará o país. Agora, há que se fazer um esforço no sentido de honrar a confiança dos alunos e dos pais, assim como do estado no sentido de preparar os alunos para os desafios profissionais que eles irão encontrar. As universidades privadas não podem, não devem ser só um meio lucrativo de ganhar dinheiro, descurando tudo o resto. Esta filosofia é o caminho da perdição de qualquer instituição de ensino. Depois, não vamos generalizar estes problemas, há universidades privadas que realizam um bom trabalho e é neste sentido que se caminha para o sucesso e o prestígio das universidades privadas. Como contava uma colega minha, aqui há uns anos atrás, quando ouvia outra, saída da universidade pública, queixar-se que não estava preparada para leccionar certa matéria aos alunos, porque não tinha dado aquela matéria na sua faculdade, (que, por acaso, até era pública), e numa altura em que as universidades privadas eram olhadas com desconfiança, ela sentiu-se cheia de orgulho por ter tirado o curso na privada, e respondeu:” Eu dei. Também… tirei o curso numa universidade privada!” Ficou de ajudar a colega. Depois, houve um caso que ainda hoje não sei explicar muito bem, ou melhor, só encontro uma explicação: há também alunos que passam nas faculdades de muita forma, menos trabalhando… Quando penso numa professora, que frequentara a faculdade de uma universidade pública de grande prestígio no país e trocava a gramática toda quando ensinava os alunos…
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