opiniões sobre tudo e sobre nada...
Domingo, 1 de Junho de 2014
Bullying
Novo caso. Nesta escola. Logo no início do ano. Envolvidos identificados já do ano passado. Agressor e vítima. Punição do agressor. Castigo para desmotivação do agressor e possíveis imitadores. Muito certo. Nada a dizer.
Aprofundamento da situação. Ouvidos os outros alunos. Apuramento de outro tipo de agressão. Descobriu-se o instigador. Calado. Ar de pureza angelical. Ambiente familiar aparentemente normal. O recomendável. Realidade. Mente retorcida. Lição. Nada é o que parece. Toda a trama foi descoberta. Alunos apanhados em contradições. O incitador. O único desafiador à desmontagem da trama. A sua mente! Apesar de ter sido descoberto. Apontado. Isolado. Repetidos verbalmente os acontecimentos. A mesma história. Inalterável. Fé inabalável na sua própria versão. A verdade coberta com a mentira. Raciocínio obrigatório. Aluno frio. Determinado. Disposto a tudo para manter imagem. Sem remorso. Atitude desconcertante por parte dum miúdo. Não deverá ter mais de 14 ou 15 anos. Traz à lembrança acontecimentos americanos envolvendo jovens adultos ou menores. A aparência calma não desmistifica o furacão interno. Estupefacção das vítimas americanas. Ausência de sinais externos. Falso. Estiveram sempre lá. Incapacidade de leitura adequada. Alarme. Acompanhamento psicológico dos alunos. Sem excepção. Os exteriorizadores são facilmente identificados. Os outros? Merecedores de maior atenção. Violência profunda. Enclausurada. Disfarçada num convívio interno difícil. Mudança na observação do próximo. Interesse genuíno pelo outro. Treino da leitura dos sinais não-verbais. Mais importantes do que os verbais. A devida identificação. A ajuda atempada. A prevenção da violência. Outro tipo de ajuda essencial e descurado. A ajuda espiritual. A atenção a esta faixa etária tão crítica. A procura. A curiosidade. A tentação. Adolescentes confrontados com situações críticas. Incapacidade de resolução. A prisão das emoções. O futuro. A condição para a criação de uma qualidade de vida melhor passa pela atenção/observação destes miúdos. Ajuda preciosa e atempada. Vale mais uma identificação errada do que um caso problemático por identificar. A solução de problemas transcende a classe docente. Convívio na sala de aula. Pouco mais. Mas a vigilância cabe a todos. A escola tem de deixar de ser um armazém de crianças, adolescentes e jovens. A mente. O espírito. Dois cuidados preciosos. Para um mundo melhor. Para um futuro melhor. Que situações destas não se voltem a repetir. Cuidado aos pais. Os primeiros determinantes no funcionamento da mente e emoção humanas. Que não se repita um caso desnecessário a que assisti. Uma criança de muito tenra idade a cantarolar alegremente uma frase como se fosse a letra mais pura de uma canção infantil “Vamos matar comunistas!” E depois acrescentava “Nâo é, pai?”Outros três pequenos seguiam-na ao ritmo da improvisada cantilena. Calados. Mas igualmente alegres. Quem seriam “os comunistas”? Só os pais sabiam.