opiniões sobre tudo e sobre nada...
Sexta-feira, 11 de Outubro de 2013
Blog "teatrinho" a funcionar sem problemas
Caros leitores,
o blog
http://teatrinho.blogs.sapo.pt já está a funcionar em condições. Poderão, a qualquer momento, aceder ao mesmo. Demorei algum tempo a solucionar o problema mas já arranjei solução.
As minhas desculpas.
Fátima Nascimento
Sábado, 5 de Outubro de 2013
O mercado arrendatário
Fala-se muito do mercado arrendatário Há quase como uma apologia deste contra a compra de casa própria. Há quem pretenda ver na compra de habitação um dos males responsável por esta crise. Nada mais errado. Esta crise é o resultado da má administração dos dinheiros públicos. Mas o que admira é que quem defende este tipo de mercado como alternativa à aquisição de casa própria desconhece os problemas que este levanta aos locatários.
Os professores contratados têm um problema: andam com “a casa às costas” por todo o país. Mas esse não é o maior problema. Eles, geralmente, estão a pagar casa própria na cidade onde moram. Ao deslocarem-se, têm de enfrentar um novo desafio: a procura de nova casa. Nunca é fácil de encontrar, dependendo dos locais onde são colocados. Nalguns casos, ainda se encontram casas baratas. Noutros, nem casas quanto mais baratas! As rendas pedidas partem dos 300 euros para cima mais despesas. Se se tem a sorte de alugar a casa comprada ou se se tem a ajuda da família, é um auxílio determinante para a subsistência na nova localidade, caso contrário, é um pesadelo ou a impossibilidade tornada realidade, porque financeiramente é incomportável. O salário, depois de pagas as despesas fixas, não dá sequer para a alimentação. Se juntarmos a este quadro, já de si cinzento, a crise e os cortes nos salários dos funcionários públicos, o quadro passa a ter uma cor mais negra. Os mercados não têm a sensatez e muito menos a sensibilidade para interpretarem os sinais dos tempos. Então o que fazer para tornar este país um local economicamente mais justo para se viver? Há que disciplinar o mercado arrendatário com regras. Há que legislar nesse sentido colocando um preço máximo ao arrendamento. Este deve ter em conta o contexto económico-social do país tal como o ordenado mínimo. Se tivermos em conta os preços praticados nos contratos de arrendamento (quando os há) ainda se torna preferível a compra de habitação nem que seja para aluguer. Assim haja dinheiro. Sendo assim, o mercado arrendatário é um espaço apetecível para gananciosos sem escrúpulos que veem nele oportunidade de ganhar muito dinheiro. Outro dos problemas com que se deparam os locatários é o problema dos animais. Quando têm animais, torna-se mais difícil encontrar habitação. Quando não é o senhorio a colocar objecções são as pessoas com quem se poderá partilhar o espaço. Há um preconceito em relação aos animais de estimação. E não é fácil contrariar esta mentalidade. Está enraizada. Uma erva daninha difícil de combater. As pessoas tornaram-se muito materialistas. Dão mais importância aos objectos do que à vida. E não tem que ver com a idade, sexo, cultura ou classe social. É transversal a todos os grupos. Ainda assim há excepções. É com essas pessoas que conto. Mas são tão raras e tão preciosas que são difíceis de encontrar. Há que procurar, insistir, não desistir. É o que se tenta fazer. As pessoas de bem fazem toda a diferença.