opiniões sobre tudo e sobre nada...
Quinta-feira, 28 de Julho de 2011
São sempre os mesmos…

Desde sempre e, muito provavelmente, até sempre a pagar os erros dos outros! O que é impressionante é que há sempre outras formas de vencer crises, e muitos são os que contribuem com ideias, mas os que governam parecem ser surdos, e acabam sempre por recorrer ao mesmo meio para chegar ao mesmo fim. É sempre aquele que mais custa aos mais pobres. Não há outra maneira porque não há vontade para tal. E são muitas as vozes, quais velhos do Restelo, que anunciam desgraças que vêm por aí, em termos pecuniários. E as pessoas já sabem que vai ser assim, já não é novidade nenhuma. O que parecem não conhecer são as outras formas de pagar a crise que não custariam tanto aos mais necessitados e aos que se encontram na corda bamba temendo cada dia a miséria que eventualmente poderá bater às suas portas. É a essas pessoas que quero dizer que há outras formas e que podemos exigi-las aos representantes do governo. Todos nós, sem excepção, teremos e pagar pelos erros de meia dúzia de pessoas que não souberam ou não quiseram fazer o trabalho como deve ser, assim é justo que todos sintam o mesmo dever. O que mais me preocupa é a cumplicidade dos governantes com o grande capital.  Precisam do povo para serem eleitos mas esquecem-se que, quando lá chegam, têm de cumprir aquilo para os quais foram designados e que é representar a vontade popular. Mas é aí que tudo muda. “Mudam as moscas mas a … é a mesma!”, diz o povo. Assim, as vozes que anunciam outras ideias, são esquecidas e até consideradas pessoas inconvenientes porque não têm medo de dizer o que pensam. Lembro-me, por exemplo de uma voz que anunciava que se o governo quisesse, e olhando aos ganhos da Bolsa do ano anterior, poderia impor um imposto de 1% a esses ganhos e que, deste modo, já as pessoas não teriam de renunciar à metade do seu décimo terceiro mês. Ora, aqui está uma solução que não custaria nem metade a todos. Mas não! O governo continua a pronunciar-se da mesma forma sem mudar uma vírgula ao seu discurso. E até já anunciaram isso com antecipação. Os funcionários públicos vão mesmo ficar sem metade do seu subsídio de Natal. Não sei se os trabalhadores vinculados a empresas particulares vão passar pelos mesmos apertos. Oxalá não!

Agora, que idoneidade nos mostram essas pessoas que sabendo de antemão que pode resolver-se o problema de muitas maneiras acabam por prejudicar e desanimar sempre os seus eleitores. Isto não é representar o povo Portugal, é só representar os interesses de alguns privilegiados. E isto não é governar. Podem chamar-lhe muitas coisas mas não governação. Pelo menos, não nos enganem a esse ponto! Ainda temos cabeças para pensar!



publicado por fatimanascimento às 18:35
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Sexta-feira, 15 de Julho de 2011
Manuais e fichas

Há muitos manuais mas não há manuais perfeitos. Cada autor tem o seu perfil de livro que traduz no manual que cria. Este pode aproximar-se mais ou menos do modo de funcionar de alguns docentes que, ao examinarem as inúmeras propostas, e não há muito tempo para tal, escolhem aquela que lhes parece ideal para desenvolverem o seu trabalho com os alunos. Mas encontram-se sempre manuais que não satisfazem integralmente a exigência dos docentes e, assim, recorrem às fichas informativas e de trabalho para completarem aquilo que, nas suas cabeças, seria a melhor maneira de abordarem e tratarem determinado assunto. E o manual que é o ideal para a maneira de funcionar de um docente poderá não ser o melhor para outro. Assim, sempre que se inicia o ano lectivo, há aqueles que podem manifestar a sua satisfação para com o manual escolhido as passo que outros, e muitas vezes não são poucos, acabam por ficar desiludidos. Muitos deles, não encontrando em nenhum deles o manual preferencial, acabam por trabalhar com vários ao mesmo tempo, escolhendo para cada tema, o que acham preferencial para este ou aquele tema. Muitas vezes, não recorrem só a um mas a vários retirando deles as passagens que acham melhores recriando o universo que lhes parece mais favorável e que melhor se adapta ao seu modo de trabalhar. Isto põe em causa a existência dos manuais. Valerá a pena os pais gastarem dinheiro em manuais escolares? Não será um desperdício de dinheiro quando, muitas vezes, pouco ou nada se aproveita deles? Esta insatisfação estará relacionada com a avaliação e a necessidade de mostrar trabalho realizado? Pode ser que sim e pode ser que não. Afinal, sempre houve manuais rejeitados ao longo dos anos. Talvez rejeitados seja um termo muito forte, mas já houve casos de professores que se recusaram a trabalhar com o manual adoptado pelo grupo por não se identificar minimamente com o método utilizado pelo/s autor/es. Mas também é verdade que há necessidade, com o problema da avaliação a necessidade de criar materiais que, muitas vezes, mais não são que passagens retiradas de diversos manuais. Como parece não existir esse manual ideal, como fazer para evitar o desperdício de dinheiro? Das duas uma: ou não se compram manuais ou então estes não passarão de meros livros de consulta para a realização de fichas informativas. Nas escolas onde todos encontrem o manual mais adequado ao seu perfil de trabalho, aí, não será necessário e todos poderão realizar um trabalho conjunto satisfatório a todos os níveis. O manual é a base de qualquer trabalho. Se corresponder às expectativas dos utilizadores tanto melhor para as duas partes - alunos e professores – pois o trabalho resultante será muito mais agradável e renderá os seus frutos. E é para isso que todos trabalhamos – para o sucesso dos alunos.



publicado por fatimanascimento às 20:38
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Sábado, 2 de Julho de 2011
Já começou.

Já começou a crise e já começou a insensibilidade dos Bancos! Todos os que têm empréstimos em bancos já viram as suas vidas agravadas com o aumento da mensalidade! Como se não fossem suficientes os outros aumentos, junta-se mais um. A crise, que não foi originada pelo povo português, nem sabemos de quem é a culpa, porque nestes casos ninguém averigua culpas ou responsabilidades. Não existem. E se se conhecem algumas, não dão em nada. Chegámos a um ponto em que todos os governantes se sabem governar-se a si próprios mas não parecem ser competentes para administrar o dinheiro do país. Os ricos cada vez estão mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. A violência aumenta com os assaltos arriscados e tornam-se cada vez mais temerários. Ainda há pouco, uma ourivesaria, dentro de uma grande superfície, foi assaltada. Não roubaram muitas peças, só as mais valiosas, ao que parece. Entraram com um jipe blindado na grande superfície, rebentando com as portas do supermercado, e dirigiram-se à loja cobiçada. Foi o que me contaram, numa das poucas visitas àquela grande loja, onde faço algumas compras. Isto não é por acaso. Tudo em uma causa. O empobrecimento social, com os despedimentos em massa, não são totalmente indiferentes a estes casos. As pessoas vêem-se na rua, sem meios de subsistência e com as mesmas despesas a caírem regularmente em casa. Alguns resignam-se e sofrem mas há outros que se revoltam com a situação e não querem saber de nada nem de ninguém quando lhes fizeram o mesmo. E são aqueles que nada têm a ver directamente com a sua situação que pagam os erros dos outros – dos responsáveis. E neste panorama há muitos implicados, quase todos eles administradores incompetentes. Uma coisa é certa: em Portugal não há empresários, há patrões. E é esta a mentalidade que acaba com toda e qualquer actividade económica existente neste país. É esta mentalidade que arrasa também com as finanças de qualquer país. Não sei onde vamos parar. Talvez a algum lado bom, agora que temos o FMI a espreitar por cima do ombro daqueles que se ocupam das finanças. Mas estes também não têm qualquer sensibilidade para com as necessidades sociais dos portugueses. Vejam-se as revoltas gregas. São pessoas que diariamente sentem o aperto do cinto imposto. São estas que verdadeiramente sofrem as consequências directas da crise. E não se consegue viver assim. Dá cabo da moral e da esperança das pessoas em geral. E se se perdem estas duas, pouco ou nada há a fazer. E há outras soluções. Kenneth Galbraith sobre o qual já escrevi, tem ideias boas, mas é daqueles a quem ninguém escuta. Por que será? Poderia dizer-se que é um proscrito. Ouvem mas não escutam. Ninguém pretende mudar seja o que for, desde que haja alguém a ganhar com isso. E há coisas sobre as quais nem se pensa até. Todos se limitam a imitar sem questionar qual o melhor caminho. Talvez porque o que verdadeiramente lhes interessa é o lucro, não as pessoas. E enquanto isto durar, irá haver sempre convulsões sociais. Haverá sempre descontentes. Revoltados mesmo ou até depressivos!



publicado por fatimanascimento às 21:27
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