Sempre que me deparo com revistas, reportagens, documentários, etc. sobre África, não posso esconder, como nunca o fiz, o fascínio que este continente exerce (sempre exerceu) sobre mim. O que me entristece é ver um povo mergulhado na miséria, a morrer de fome ou mergulhado na guerra, no desespero, na angústia... enquanto a corrupção e a ganância grassam... Recordo também, os euro-africanos (europeus que, durante a política colonialista dos países europeus, para lá foram à procura de uma vida melhor, entre outros motivos, e que por lá ficaram e amaram (e amam!) aquela terra e se viram obrigados a regressar à terra de seus pais ou avós, que nunca conheceram e a qual não passava de um nome ou um ponto distante perdido, no mapa do continente europeu... e a política da descolonização, igualmente errada, a meu ver, que tirou àquelas terras africanas os seus filhos, (falo daqueles que amam verdadeiramente aquelas terras e ainda hoje trazem na alma a vastidão das planícies...) sem lhes darem a mínima hipótese de escolha. A política feita em cima do joelho, (como a maioria das políticas feitas em Portugal), foi a grande culpada disso. Depois, surge a questão, como teria sido a vida daquele povo, se a descolonização tivesse sido feita gradualmente, com a transferência de poderes feita também da mesma forma... dando oportunidade aos que quisessem ficar e aos que quisessem partir... sim, porque muitos não queriam ficar, mas outros havia que aceitariam de bom grado as novas condições e só desejavam um lugar na sua terra... Podem argumentar que, os que amam verdadeiramente aquela terra, ficaram por lá, não voltaram... É verdade, mas também há aqueles que regressaram para salvar as suas vidas... Dos muitos que se viram obrigados a abandonar a sua terra, dava para ver, falando com eles, os que amavam verdadeiramente aquela terra e os que só lastimavam a perda de poder económico... os primeiros ainda hoje querem regressar para contribuirem humildemente para o desenvolvimento da sua terra, os outros só pensam em regressar com o intuito de vender as terras que "pertenceram" aos pais, avós... do que eles se esquecem, é que aquela terra pertence aos negros que já lá viviam antes dos europeus a ocuparem à luz de uma política colonialista injusta e que, por isso mesmo, ela não lhes pertence. Depois, quem lhas venderia? Alguns funcionários estatais corruptos que mais não querem que enriquecer à custa do pobre povo, sabendo que o subsolo é riquíssimo e que querem tirar o máximo proveito, à luz da mentalidade economicista ocidental? E em que se basearão para fazer tal venda? Em papéis assinados por europeus? É preciso não esquecer que a História não é (ou não deve ser) uma quantidade de papéis assinados; a História começa muito antes disso! Depois, é também uma questão de justiça: quem estava lá primeiro, deve ter alguns direitos sobre os que vêm depois, ou não? Ou antes de venderem fazem uma compra fictícia ao pobre povo africano? De que mais trafulhices vai este povo, já tão sofredor, ser ainda vítima? Isto é um quadro pouco provável ou mesmo improvável nos tempos presentes mas no futuro mais ou menos próximo, nunca se sabe! Agora, perguntem quem quer voltar e recomeçar do nada e os que aceitam mas com a condição de tudo continuar como antes do 25 de Abril... logo ficarão a saber onde reside a verdadeira alma africana!
Sei que há muitos pais que gostam muito dos filhos e que, depois do divórcio, continuam a ser o que eram e, às vezes, mais zelosos ainda. Mas também sei, e sabemos todos, que há pais que, após o divórcio, se esquecem dos filhos e, muitas vezes, se tivessem uma borracha e poder para tal, apagariam a família que deixaram para trás. Falo daqueles que não cumprem não só os deveres legais estabelecidos no regulamento do poder paternal, como por exemplo o pagamento de metade das despesas escolares e médicas (ou só o fazem quando lhes apetece!), como também não pagam infantários porque, e segundo eles, a pré, não é ensino! Ora, se pensarmos que os infantários públicos não têm horários compatíveis com os de quem trabalha, as pessoas não têm alternativa senão recorrer aos infantários privados, que, por sinal, são bastante caros! Os preços rondam, sem comparticipação estatal, os duzentos euros (quando não é mais!). Esta quantia já é difícil de suportar quando há dois ordenados, agora quando o ordenado é só um... não é difícil de perceber que mais difícil se torna. Se juntarmos a tudo o que já foi dito o problema que é fazê-los pagar o que por obrigação lhes foi atribuído, aqui o problema é mais complicado! Ao princípio, quando me divorciei, consultei um representante do ministério público, meu conhecido, que me disse que o que ele ficava a pagar era muito... o pai das crianças sabia, e eu também, que ele o podia e devia fazer, uma vez que abandonava a casa e havia duas grandes dívidas a pagar que eram a casa e o carro. Depois, quando percebi que o pai das crianças não pagava a parte que lhe cabia dos livros e despesas de saúde, pedi ao tribunal uma quantia mais alta, abrangendo já despesas médicas e escolares que ele já não pagaria, (ele dava 350 euros e eu pedi 500, não esquecer que este dinheiro era para 3 crianças), não esquecendo que os 350 euros era a despesa mensal do carro... mas, "erro meu" ou "má fortuna", o que é certo é que ainda me tiraram dinheiro... passei a receber 300 euros e 150 no mês de Agosto devido às férias! Toda as pessoas presentes naquele tribunal estavam do lado dele! Até a minha advogada foi dessa opinião! Mas este é só um exemplo do que se passa por aí... e não se trata de denunciar pessoas mas atitudes/mentalidades que devem mudar! Daqui só poderemos concluir que o que está a dar é ser-se irresponsável e leviano, nos dias que correm! Só esses parecem ser entendidos e...atendidos!
Desde pequenos que somos confrontados com histórias populares que nos falam delas. A bruxa que faz o mal à princesa e a fada que a ajuda. A nossa vida está cheia de bruxas e fadas… e, muitas vezes, está mais cheia de bruxas que de fadas, pensamos nós, quando vemos as fadas transformarem-se inexplicavelmente em bruxas… Mas deixando o sentido figurado da questão e concentrando-nos na realidade quotidiana, a maioria das pessoas com quem tenho falado, seguem, para se defenderem de más interpretações, aquela célebre expressão que diz “eu não acredito em bruxas mas que as há…há”. De facto, raramente esta questão é abordada com a frontalidade com que merece ser abordada, aprofundada, debatida e, o mais importante de tudo, solucionada… uma vez que ela é mais frequente e grave do que se possa imaginar! A sociedade, mais uma vez, faz desta questão aquilo que faz com muitas outras… ignora-a. Este é um assunto que só é falado em família, ou em círculos muito restritos de amigos, e sempre com medo que qualquer pormenor transpire para o conhecimento dos outros. Ora, isto leva-me a pensar que, enquanto as pessoas assim agirem, estão, sem querer (ou não!), a facilitar a vida àqueles que fazem o mal, pois o medo destas é serem descobertas… enquanto isso não suceder, continuam calmamente a fazer o mal quando e a quem lhes apetece. Mas, estou convencida de que futuro caminha calmamente no sentido em que um dia se poderá, finalmente, falar de tudo abertamente! Mas não é do mal que eu quero falar, é do bem… e pensar que, embora haja muitas pessoas a fazer o mal, existem outras que fazem o bem. Estas são pessoas anónimas e simples que, em vez de levarem uma vida cómoda e despreocupada, resolveram, por imposição ou não de Deus,( falo daquelas que nunca quiseram saber desse poder para nada, mas não tiveram outro remédio senão aceitá-lo!) dedicar a sua vida a ajudar todos aqueles que necessitam! E as histórias do mal não cessam, repetem-se vezes sem conta, muitas vezes com maior ou menor gravidade… e todas as pessoas que passaram por situações difíceis, para elas inexplicáveis e também para a ciência, (que lhes dá outros nomes!) é que sabem dar o valor à alma grande destas pessoas, que expõem a sua vida ao mal, combatendo-o. E sem ninguém em quem se apoiarem, a não ser os seus conhecimentos e Deus! E isto não pode, nem deve continuar assim... Para começar, a igreja devia ser a primeira a dar o passo nesse sentido e a reconhecer que a vida não se resume só àquilo que se vê, mas também é aquilo que está para além do que pode ser detectado pelos nossos sentidos e, sabendo da existência do mal, deveria ser a primeira a combatê-lo ou a ajudar a combatê-lo… Como? Apoiando e protegendo as pessoas que, pela graça de Deus, receberam esse poder para combater o mal. Enquanto isso não acontecer, a generalidade das pessoas que precisam de ajuda, têm de se defender do mal conforme sabem e podem… e, claro, com a ajuda destas pessoas boas que são as fadas dos nossos contos populares e que conseguem verdadeiras maravilhas com esforço, determinação e persistência! E não nos esqueçamos que também estas fadas, por fazerem o bem, são alvos do mal!
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