Nestes tempos conturbados, em que o poder está a ser mais questionado do que nunca, há que repensar todo o sistema político.
Todos temos um problema quando chamados às urnas em época de eleições: vemos as caras mas não vemos corações! Vemos a fachada, mas não vemos o interior! Não escolhemos as caras, são-nos impostas pelos partidos. E nem é sempre o melhor a ser escolhido, geralmente é o que tem mais apoios internos. E apoios em troca de quê? Sim, não vamos ser ingénuos a ponto de pensarmos que alguém, neste meio, faz algo por outrem sem esperar recompensa em troca. Se a pessoa escolhida para secretário-geral de um partido, ganha as eleições nacionais, ganha também um lugar privilegiado que lhe abre as portas do poder.
Ninguém é eleito com o intuito real de servir, todos esperam ser servidos! Esperam que acatemos o que nos impõem, sem protestos, porque, segundo eles, só os mesmos é que sabem! Ora, quanto mais leio, mais percebo que os escolhidos nada sabem, que a sua sabedoria recai sobre meras teorias cuja practibilidade não é mais do que um tactear de terreno! Depois, e para além disto, há todo um clientelismo, angariado durante a fase da procura de lugar de destaque dentro do partido, com todas as regalias inerentes. (Mais tarde, vêm os “cunhacimentos”!) E, por vezes, são tantos que há que inventar maneiras de os contentar! Nem que seja inventando parcerias público-privadas, altamente desvantajosas para o Estado, ou seja, para todos nós, servindo apenas para enriquecer ou privilegiar financeiramente os amigos e conhecidos! Depois de um governo altamente ruinoso, sucede-lhe outro que, aparentemente, tenta retirar o país do fosso financeiro, sem olhar a injustiças fiscais! No meio de todo aquele protesto, poderia ter sido lançada a ideia da igualdade fiscal. Lembram-se dos nove por cento descontados pelos gestores? Dá mais jeito a nós, que ganhamos menos! Mas se não lhes quiserem aumentar a percentagem de desconto que se lembrem de descer a nossa percentagem ao nível da deles! É preciso que façam tudo sem batota! Não é arranjar outro meio para prejudicar os contribuintes desprotegidos, arranjando outra forma de lhes ir tirar o dinheiro… Jogo limpo e todos a descontar o mesmo!
Também há que repensar o próprio sistema político-partidário, de forma a acabar com o nefasto clientelismo. Talvez a responsabilidade governativa deva ser reportada a uma só pessoa apartidária, candidata ao governo do país, e não a um partido! Essa pessoa arranjará uma equipa da sua confiança para governar sem constrangimentos de espécie alguma!
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