opiniões sobre tudo e sobre nada...

Sábado, 5 de Dezembro de 2015
Verdade, jornalismo e… consequências

Quase todos os dias entram na minha caixa do correio notícias de jornalistas mortos e bloguistas presos. Esta é a triste realidade vivida em várias partes do mundo. Estes são conhecidos mas devem ser mais só que muitos não são notícia.

Há muita espécie de jornalismo. Há aquele que se limita a reportar aquilo que lhe é dito sem a preocupação de descobrir a verdade (é também a mais segura!) e há aquela que não se contenta com o que lhe é apresentado e, caso hajam indícios, não cessa de procurar a verdade até a encontrar. Só que este tipo de jornalismo, também chamado de investigação, é o mais difícil e aquele que envolve riscos: o desaparecimento, a prisão e até a própria morte. E quem está disposto a correr riscos?

Há jornalistas que exigem a verdade e se há algo que não bate certo, não cessam de procurar a verdade até a encontrarem. Muitos deles desaparecem ainda antes da conclusão das investigações o que sempre é um prenúncio de que estavam perto da verdade. Mas a verdade, para quem tem muito que esconder, é o pior dos pesadelos e despem-se de escrúpulos para a evitarem (ou nunca os tiveram!) E geralmente estas mortes nunca são investigadas, são só notícia. As investigações policiais nem sempre dão fruto e fica a memória do crime horrendo e da coragem demonstrada pelos jornalistas assassinados. E todos ficam com a ideia de que estavam a fazer um bom trabalho por que, se assim não fosse, não teriam sido mortos. A morte parece ser a solução encontrada por pessoas que teriam muito a perder aos olhos do mundo se a investigação fosse terminada e descoberta a verdade (seja ela qual for!).

Sendo este mundo movido por interesses particulares, não é de estanhar as mentiras e as aparências. Ora tudo quanto é aparente tende a desaparecer e é necessário manter essa aparência. Mas, e quando essa máscara é posta em causa por alguém que só quer saber a verdade? E se esta for tão feia que o seu autor ou cérebro só a quer abafar a todo o custo? E quando as ameaças à vida dos repórteres não é tida em conta pela coragem dos mesmos? A morte parece ser a solução… parece ser também a mais barata. Afinal, a cotação da vida humana na bolsa dos interesses nunca valeu nada para as pessoas que vivem da mentira. São estas quem mais odeiam a verdade e aqueles que a procuram!

Mas estamos a passar por momentos em que não é precisa a busca da verdade (nada disto é recente!) para se ser castigado brutalmente: basta ter opiniões diferentes das que são impostas pelas autoridades sejam estas quais forem. E o resultado não é melhor: prisões, processos jurídicos que arriscam anos de prisão, castigos corporais… enfim! Nada parece ter mudado e nada parece ter sido aprendido nestes longos anos de história humana!

E não pensem que isto só acontece e países remotos quer pela sua geografia quer pela mentalidade dos seus governantes. Há bem pouco tempo, li uma denúncia que contava a história de dois jornalistas italianos acusados de divulgar documentos secretos da “santa” sé e arriscam uma pena de prisão. O novo Papa parece ter aprovado recentemente uma lei nesse sentido, o que muito me admira. (Documentos que são só do conhecimento de uns e não de todos? Se assim é, a quem favorece esse secretismo?) Não nos esqueçamos que é baseada nas notícias que formamos a nossa opinião pessoal, embora eu acredite que haja pessoas capazes de ter filtro crítico e percebem algo mais por trás do que é simplesmente divulgado. Estas são pessoas incomodativas porque pensam à margem do que é habitualmente aceite como verdade. São as que saem do rebanho e as que poderão realizar esse despertar tão indesejado.

Mas o que queremos nós, os leitores, espectadores ou ouvintes das notícias jornalísticas? O que procuramos saber do mundo onde estamos inseridos? Queremos a verdade ou a ocultação desta, a meia verdade ou a mentira que nos tapa os olhos? Cabe a nós decidir…



publicado por fatimanascimento às 21:12
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Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010
Jornalismo ao serviço da justiça

Já todos conhecemos o papel fundamental que os jornais e outras publicações periódicas têm na sociedade. Eles são os nossos olhos e os nossos ouvidos. Formulamos, muitas vezes, as nossas opiniões sobre os mais variados assuntos, assentes nas informações dadas por eles. Daí a importância que o poder político dá a todos os meios de comunicação, sobretudo à televisão, onde a informação chega a um grupo mais lato de pessoas. Daí a necessidade de se ter uma televisão pública, dependente do estado Mas há medida que o tempo passa, outros caminhos parecem abrir-se ao jornalismo, especialmente, ao de investigação. Há pouco tempo, uma entrevista dava conta desse novo ramo da investigação, liderado, nos Estados Unidos, por um famoso senhor chamado David Protess, que já salvou bastantes condenados pela justiça americana a uma pena injusta. Vivemos numa sociedade desigual e injusta. Numa sociedade destas, não admira que o crime prolifere. Quando tal acontece as pessoas, cansadas e vítimas de tanta violência, querem resultados. Muitas vezes, estes passam por justiças sumárias, apertadas pela força política sempre desejosa de apresentar resultados satisfatórios aos eleitores. Foi neste cenário que apareceu este senhor que, para além de muitos anos dedicados ao jornalismo de investigação, descobriu, dentro deste, uma área dedicada aos casos encerrados da justiça americana, mas que deixaram dúvidas. Este senhor pegou nalguns destes casos e mostrou que… a justiça tinha errado! O resultado foi amplamente positivo uma vez que salvou algumas pessoas inocentes da pena de morte e tirou inocentes da cadeia dando espaço para a descoberta e condenação dos verdadeiros autores dos crimes. Já inocentou onze vítimas de erros judiciais.  Ele fez justiça… fora dos tribunais, ajudando ao esclarecimento de certos aspectos importantes e decisivos dos diferentes processos que avaliou e das testemunhas que entrevistou. O que faz ele que os seus congéneres não fazem? Um autêntico jornalismo de investigação, isto é, um jornalismo independente que não se baseia nas investigações policiais. Depois destes êxitos, pessoas de todo o país procuram-no para que tome em mãos casos que lhe contam, o que mostra que, depois do que fez, há, provavelmente, muito ainda para fazer. Mas, como para tudo, há um lado negro no seu brilhante caminho: os inimigos involuntariamente angariados. Nas suas investigações, houve pessoas que se sentiram expostas com a ilibação dos condenados uma vez que os casos foram tendo consequências imprevisíveis para os actores da justiça, uma vez que aquela hipótese estava longe dos seus horizontes.  Errar é humano. Todos erramos. O perigo reside em não se querer assumir o erro. Assim, há algumas vozes que se juntam pondo em causa o seu trabalho. O que custa é a difamação que só serve para pôr em causa o trabalho honesto de alguém. Já foram intimados a explicar os seus métodos de investigação. Mas como quem não deve não teme, é tudo só uma questão de tempo até este tipo de trabalho ser completamente reconhecido. Por cá, como não somos propriamente ícones emblemáticos na aplicação da justiça, fazia jeito alguém assim…



publicado por fatimanascimento às 07:43
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Terça-feira, 13 de Abril de 2010
Todos somos repórteres

Era assim que um artigo dava resposta ao possível desaparecimento do jornalismo tal como o conhecemos hoje. Como é essencial para a democracia a existência de jornais que têm um pouco a função de vigiar o poder político e económico denunciando toda e qualquer espécie de abusos. Apelava à união de interesses das pessoas de forma a juntarem-se e poder realizar um trabalho dentro do seu campo. Ora, com o eventual desaparecimento dos jornais, as possíveis denúncias terão de encontrar um meio capaz de rodear a forma como são feitas hoje, com alguém portador de uma informação relevante de interesse público, geralmente anónimo, que faz chegar a mesma junto do jornalista acompanhada das evidências físicas. Se os jornais mudarem a sua forma habitual, muda a forma de agir no terreno. Achei engraçado, porque, a dado momento, o autor do artigo diz que todos podemos ser repórteres e dá alguns exemplos que se passam já. Quando há algum evento ou alguma catástrofe as primeiras imagens chegadas às redacções dos jornais/ televisões são as enviadas pelos cidadãos. Eu, pessoalmente, lembro-me de uma linha telefónica grátis que uma rádio nacional tem ao serviço do cidadão e que a vai informando dos acidentes rodoviários ou outros acontecimentos ligados à circulação rodoviária e que vai mantendo as informações actualizadas e que ajudam os condutores nas suas deslocações, ajudando-os, muitas vezes, a encontrarem alternativas às vias em que circulam. A verdade é que todos pertencemos a uma sociedade e o papel de “vigilante”, digamos assim, cabe a todos nós. É, talvez, a ideia do free-lancer que está subjacente a esta filosofia de informação. Mas o que lá é bem defendido é a ideia de que sem jornalismo, vamos ficar de mãos atadas e a corrupção, sob todas as suas formas pode espalhar-se como uma doença contagiosa, se não correr o risco de ser denunciada. Depois, como poderemos escolher os políticos, que nunca chegamos a conhecer verdadeiramente, é verdade, se não sabemos nada deles? O vídeo captado por um anónimo enquanto observava um dos últimos candidatos à presidência dos EUA a trautear uma canção que o comprometeu decisivamente na sua corrida à Casa Branca? E valeu mais que todos os discursos realizados pelo candidato! É nestas pequenas atitudes que descobrimos o carácter da pessoa, não pelos discursos. Estes projectam a imagem, aquelas revelam a pessoa por trás da mesma. E como não podemos separar uma da outra… e como a pessoa prevalece sempre sobre a imagem… temos de nos ligar a estas pistas se queremos ter uma ideia real da pessoa. Ora, o artigo defendia que o candidato nunca cantaria tal música se entre a audiência estivesse algum jornalista. Certíssimo! Mas houve alguém que fez o papel dele! E outra questão se coloca: como proceder à divulgação do mesmo? A esta resposta, o autor não tem dúvida: INTERNET! Se pensarmos nos milhares de e-mails que recebemos por ano denunciando variadíssimas situações… podemos perceber o alcance deste novo meio de comunicação. Mas todo o esforço pode ser tempo perdido se as denúncias só ficam por aí… e não se faz nada. A situação de impunidade cria frustração e futuro desinteresse. Depois, para aqueles que defendem que fariam o mesmo se lá estivessem… não há qualquer possibilidade. Mas enquanto houver denúncia, poderá haver, pelo menos cautela… Se não houver nada, para certas pessoas que necessitam de constante “policiamento” é o descalabro da democracia com os abusos praticados! Será o caminho para algo mais obscuro que nada tem a ver com a democracia, pelo menos da forma como é entendida pelos justos. Os jornais, tal e como os conhecemos, poderão desaparecer, mas a procura e oferta de informação irá continuar! Nem poderão ser substituídos pelos televisivos ou radiofónicos, sempre limitados pelo tempo, o que leva a uma selecção da informação…



publicado por fatimanascimento às 19:43
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Quarta-feira, 7 de Abril de 2010
Democracia e jornalismo

Foi um título que me despertou a atenção e me deixou a pensar. Não é de agora este título. Já foi tópico de uma revista nacional há alguns meses. Durante algum tempo, esqueci o assunto, mas guardei a revista, para ler o artigo assim que pudesse. Consegui com dificuldade uma vez que o artigo era enorme. Falava da morte dos jornais tal como os conhecemos: em suporte de papel e com o parâmetro administrativo existente. Falava do risco que esse mesmo desaparecimento constituía para a democracia. Apontava algumas soluções financeiras para impedir o desaparecimento total dos mesmos e falava da transição para o formato digital. Como em tudo há prós e contras. O chamado jornalismo de investigação poderia desaparecer. Ora, sabendo que, nas democracias há abusos, e que é necessário denunciá-los para obrigar os prevaricadores a pagar pelos seus erros, seria um sério atentado à democracia. Aqui em Portugal, dando ouvidos a tudo quanto é denunciado, se este tipo de jornalismo desaparecesse seria o gáudio geral de certas classes! Não são só os quadros políticos, económicos e financeiros, há que ter em atenção o aspecto social, onde existe também toda a espécie de abusos. Eu não acredito que vá desaparecer este tipo de jornalismo. Julgo que poderá ser mais localizado tal como o artigo também afirmava, mas enquanto houver curiosidade, interesse e coragem haverá sempre alguém a fazer este tipo de trabalho mesmo correndo os riscos que não devem ser poucos. A internet servirá também de suporte rápido à divulgação de notícias, sejam elas boas ou más. É este também o género de jornalismo mais importante e o mais interessante também, uma vez que serve um pouco de polícia aos órgãos ditos democráticos e o que mais atrai as atenções: veja-se as tiragens! Os jornais, sobretudo os regionais, não podem viver só de inaugurações e de outras informações semelhantes. Costumo defender que a reportagem é a forma de jornalismo mais interessante. E tudo pode servir de tema ou assunto, basta estarmos atentos ao que se passa à nossa volta! E há tanta matéria para desenvolver! Tudo o que parece simples não é. É preciso interrogarmo-nos. Olhar com olhos de quem está a/quer aprender. Só assim poderemos fazer dos jornais um meio de comunicação mais interessante.



publicado por fatimanascimento às 15:44
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Terça-feira, 3 de Junho de 2008
As “figuras públicas” e a informação

 

Várias figuras públicas, de várias classes sociais, culturais, desportivas, etc. queixam-se continuamente do mesmo – do assédio mediático às suas vidas privadas, para já não falar das mentiras acerca delas que, muitas vezes, são impingidas aos leitores. As denominadas “figuras públicas” conquistaram o estatuto e o conforto financeiro que a maioria dos portugueses não tem e ambiciona. Daí a curiosidade de saber como é que as pessoas com dinheiro e fama vivem, não se interessando minimamente se essa curiosidade acaba por prejudicar a vida das suas “figuras públicas”. Estas revistas acabam por ser uma fuga aos problemas e à rotina quotidiana daqueles que fielmente as lêem. O problema não está só nos leitores nem na sua curiosidade que acabam sempre por ser a causa do cansaço dessas “figuras públicas”, que quase nem podem sair à rua, sem serem importunados por fotógrafos. O problema é ainda mais grave e reside também no tipo de jornalismo que se faz. Há bom e mau em tudo e também a imprensa “cor-de-rosa” não é alheia a esse fenómeno. Há revistas sérias e outras menos sérias. As revistas sérias limitam-se a informar, enquanto as outras se acostumaram a distorcer os factos. Desde que venda, vale tudo, mesmo que para chamar a atenção do público consumidor deste tipo de revistas, se tenha de mentir. Já não é a primeira vez que vejo este tipo de jornalismo com títulos fantásticos que, muitas vezes, não correspondem à verdade. Quando se tem uma revista como a espanhola que eu costumava ler, muito sóbria na informação que disponibiliza aos seus leitores, e se vê outras menos sérias, quer sejam portuguesas ou espanholas, com títulos de gosto duvidoso, percebe-se bem a diferença entre elas. E quando se lê uma revista séria, e já se sabe o que se passa, e depois, se depara com outras, e se tem a oportunidade de ler estas últimas, questionamo-nos como é que não há mais processos em tribunal. De facto, se olharmos para o passado, temos o exemplo de uma revista portuguesa que foi obrigada, por decisão judicial, a pagar uma avultada indemnização a uma “figura pública” estrangeira, devido a informações publicadas sobre a mesma, acabando mesmo, depois, por falir. As revistas mais sérias, essas, acabam ganhando a confiança das “figuras públicas” que lhes abrem as portas de sua casa, ultrapassando em prestígio as fronteiras do seu país, abrindo noutros países delegações que fazem réplicas dessa mesmas revistas, enquanto outras têm de se contentar com as informações de fontes anónimas e, ainda por cima, mal informadas, para além de possíveis queixas em tribunal. Os leitores têm também de começar a distinguir “o trigo do joio”, e perceber quais as revistas fidedignas e as que não têm qualquer interesse informativo, se querem ser respeitados por este tipo de informação. Mas isto já está a acontecer e nota-se que algum público começa já a cansar-se deste tipo de revistas menos sérias, porque ele é o principal lesado, a par com as vítimas dessa desinformação, de tal tipo de jornalismo. Ninguém gosta de ser enganado ou ver as pessoas injustamente humilhadas, mesmo que estas sejam “figuras públicas”. Bem, já não digo nada, talvez haja, dentro do público leitor, um pouco de tudo e para tudo… e isso é mau tanto para os que desinformam como aqueles que são desinformados e… para aqueles que vêem a sua vida distorcida na praça pública. A verdade é que ninguém ganha com este mau jornalismo. Quanto ao leitor, pode-se afirmar que ele é aquilo que lê.

 

Fátima Nascimento



publicado por fatimanascimento às 11:27
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