opiniões sobre tudo e sobre nada...

Quinta-feira, 27 de Agosto de 2015
Contribuintes accionistas dos Bancos resgatados…?

Foi uma ideia que me ocorreu aquando do resgate dos Bancos privados portugueses. E parece ter tomado corpo…. 

 

Não me lembro já se cheguei a escrever sobre este tema dizendo isto mesmo… lembro-me, isso sim, de ter comentado um texto de um amigo meu dizendo isso mesmo...

 

Um destes dias, recebi uma petição dirigida ao Ministro da Economia Espanhola exigindo-lhe uma decisão que tornasse todos os contribuintes espanhóis accionistas dos Bancos resgatados pelo Estado. Um dia, cheguei também a comentar um texto de um amigo meu sobre esse assunto mais ou menos com estas palavras “Isso torna todos os contribuintes espanhóis accionistas desses Bancos, não?”. E mantenho essa posição pelo que assinei a referida petição. Tinha pensado nisso, como não poderia deixar de ser, depois deste país com um metro de comprimento e meio de largura, ter pessoas que levaram três Bancos privados à falência. Se juntarmos a isto, um povo que vive com a corda na garganta lutando diariamente para sobreviver, agora com salários ainda mais miseráveis (quando recebem!), pagos por alguns patrões sem escrúpulos que se defendem com uma crise que não sentem. Se a isto juntarmos a ideia que nesses Bancos deveriam de estar as magras poupanças de grande parte da população portuguesa, então vemos desenhar-se um horizonte muito negro. (E não sabemos como estão os outros. Mesmo que estejam mal, o povo é sempre o último a saber… e o único a perder!) Se juntarmos a isto a ideia de que o povo roubado ainda teve de fazer o sacrifício de ver lá colocado o dinheiro dos pesados impostos que paga para evitar assim a perda das poupanças… é o cúmulo! Daí a minha ideia de que essa decisão tornava os portugueses accionistas dos Bancos que tinham ajudado a salvar,já que o dinheiro dos seus impostos foi lá colocado. Mas ninguém, para além de mim, parece ter achado isso estranho, olhando essa decisão apenas com alívio… Mas não é tão disparatada assim a ideia de fazer os portugueses accionistas desses Bancos… pelo menos terão mais medo! Nem que seja porque somos mais numerosos do que eles e não um simples grupo a exigir explicações e a recuperação do dinheiro! Talvez esta seja a forma ideal de controlar a acção dos Bancos. Embora seja sempre difícil travar gente gananciosa e vigarista… em todo o lado! E se não forem castigados então o caminho está aberto para os que querem seguir-lhes o exemplo e têm medo. Enquanto se ganhar com o crime, sempre haverá pessoas tentadas!

Um problema é que os gestores bancários e os banqueiros parecem não perceber que o dinheiro dos Bancos onde trabalham não lhes pertence e que aos banqueiros só a parte que investiram lá lhes pertence. E isto é triste! E não quero chegar ao ponto de defender, como o fez Yannick Noah, uma alternativa aos Bancos porque sei que não é a instituição que está em causa, mas as pessoas que lá trabalham! Se são boas pessoas, fazem um bom trabalho, se não são, das duas, uma: ou o medo os torna sempre cautelosos ou, à primeira hipótese, deitam tudo a perder. Tudo começa e termina nas pessoas!

Quanto à petição, é bom saber que mais pessoas pensam da mesma forma… que as pessoas finalmente percebam que têm direitos e que os exijam a quem de direito deve responder pelas acções tomadas.

 

 



publicado por fatimanascimento às 10:21
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Sábado, 2 de Julho de 2011
Já começou.

Já começou a crise e já começou a insensibilidade dos Bancos! Todos os que têm empréstimos em bancos já viram as suas vidas agravadas com o aumento da mensalidade! Como se não fossem suficientes os outros aumentos, junta-se mais um. A crise, que não foi originada pelo povo português, nem sabemos de quem é a culpa, porque nestes casos ninguém averigua culpas ou responsabilidades. Não existem. E se se conhecem algumas, não dão em nada. Chegámos a um ponto em que todos os governantes se sabem governar-se a si próprios mas não parecem ser competentes para administrar o dinheiro do país. Os ricos cada vez estão mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. A violência aumenta com os assaltos arriscados e tornam-se cada vez mais temerários. Ainda há pouco, uma ourivesaria, dentro de uma grande superfície, foi assaltada. Não roubaram muitas peças, só as mais valiosas, ao que parece. Entraram com um jipe blindado na grande superfície, rebentando com as portas do supermercado, e dirigiram-se à loja cobiçada. Foi o que me contaram, numa das poucas visitas àquela grande loja, onde faço algumas compras. Isto não é por acaso. Tudo em uma causa. O empobrecimento social, com os despedimentos em massa, não são totalmente indiferentes a estes casos. As pessoas vêem-se na rua, sem meios de subsistência e com as mesmas despesas a caírem regularmente em casa. Alguns resignam-se e sofrem mas há outros que se revoltam com a situação e não querem saber de nada nem de ninguém quando lhes fizeram o mesmo. E são aqueles que nada têm a ver directamente com a sua situação que pagam os erros dos outros – dos responsáveis. E neste panorama há muitos implicados, quase todos eles administradores incompetentes. Uma coisa é certa: em Portugal não há empresários, há patrões. E é esta a mentalidade que acaba com toda e qualquer actividade económica existente neste país. É esta mentalidade que arrasa também com as finanças de qualquer país. Não sei onde vamos parar. Talvez a algum lado bom, agora que temos o FMI a espreitar por cima do ombro daqueles que se ocupam das finanças. Mas estes também não têm qualquer sensibilidade para com as necessidades sociais dos portugueses. Vejam-se as revoltas gregas. São pessoas que diariamente sentem o aperto do cinto imposto. São estas que verdadeiramente sofrem as consequências directas da crise. E não se consegue viver assim. Dá cabo da moral e da esperança das pessoas em geral. E se se perdem estas duas, pouco ou nada há a fazer. E há outras soluções. Kenneth Galbraith sobre o qual já escrevi, tem ideias boas, mas é daqueles a quem ninguém escuta. Por que será? Poderia dizer-se que é um proscrito. Ouvem mas não escutam. Ninguém pretende mudar seja o que for, desde que haja alguém a ganhar com isso. E há coisas sobre as quais nem se pensa até. Todos se limitam a imitar sem questionar qual o melhor caminho. Talvez porque o que verdadeiramente lhes interessa é o lucro, não as pessoas. E enquanto isto durar, irá haver sempre convulsões sociais. Haverá sempre descontentes. Revoltados mesmo ou até depressivos!



publicado por fatimanascimento às 21:27
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Segunda-feira, 16 de Novembro de 2009
A pressão sobre Barack Obama

Não está numa posição fácil! Há uma pressão enorme sobre si! Todos esperam que ele faça o que outros presidentes não conseguiram ou não quiseram. Até o Prémio Nobel da Paz pode ser entendido como uma esperança nele e consequentemente, uma nova pressão. O que espero que as pessoas percebam é que ele não pode avançar à velocidade da luz, tem de ter tempo para realizar tudo quanto esperam dele. Não quer dizer que ele não o fizesse mas, como até ele já fez saber, não depende só dele. A impaciência pode deitar tudo a perder. É isto que me faz rescrever. Depois do presidente Clinton, (e independentemente dos escândalos que lhe possam apontar e que nada têm a ver directamente com a sua legislatura) parece-me um presidente com os requisitos humanos necessários não só à governação dos Estados Unidos como na mediação em questões mundiais. Parece ter a sensatez e a ponderação necessárias à realização de grandes objectivos. Não é só o seu país que tem os olhos nele, são todas as outras nações. Esperam muito da pessoa que ele mostra ser. Se olharmos para a sensibilidade das questões internacionais, vê-se que ele chegou na altura certa. Não sei o que ele vai fazer, nessa ou noutras questões, nem sei se ele vai conseguir, mas nenhum adversário me pareceu com perfil adequado capaz de fazer melhor do que ele, apesar do que possam dizer do seu principal rival. Agora, é preciso sabermos dosear a nossa impaciência e deixá-lo fazer o seu trabalho. Com a incidência das atenções sobre ele, a pressão acaba por atingir também a sua família, o que não é fácil também. Uma família, que até há pouco vivia uma vida tranquila, está agora exposta aos olhos do mundo. Não têm tarefa fácil. Assim como nenhuma outra família a teve. Mas sobre nenhuma outra havia um peso tão grande! Talvez porque, ao olhar para o perfil do candidato vitorioso, se percebia o que se esperava da sua acção. E ninguém ficou admirado! Aqui, o caso, e repito, é diferente. Espera-se que este novo presidente haja de forma contrária à política externa, que é a que nos interessa, levada a cabo por muitos dos anteriores presidentes americanos. Não é fácil desfazer, de repente, o que outros fizeram durante anos a fio! E o que fazer com a guerra no Iraque e no Afeganistão? Não depende só da sua boa vontade do presidente americano. Depende da de todos os implicados na mesma! Esta é uma ideia que ele, aliás, vem repetindo, defendendo que nada depende só dele! Só que as pessoas, cansadas das políticas anteriores, querem mudanças rápidas! Vamos ter paciência!

Depois, agora em termos de política interna americana, a boa fé de um político não implica necessariamente a boa fé de outros políticos ou não. A equipa tem de ser coesa. Por exemplo, no caso do empréstimo de dinheiro do estado aos bancos para a recuperação económica. Percebe-se claramente a boa intenção do Presidente, ao querer diminuir o enorme número de desempregados. Acontece que os bancos, ao que parece, não estão a facilitar a ideia do Presidente, mostrando-se cautelosos quanto a empréstimos relacionados com o relançamento da economia. Aqui está o entrave de cerca de um ano que não permitiu ao presidente levar a cabo a política por ele delineada. Dêem-lhe, pois, tempo. E que gente ligada à economia perceba a ideia do presidente e colabore com o seu objectivo. É disto que se precisa e da compreensão e boa vontade das pessoas em geral!

 



publicado por fatimanascimento às 19:21
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Terça-feira, 11 de Setembro de 2007
Financeiras... estamos sempre entalados!

Os meus pais nunca quiseram comprar fosse o que fosse a prestações. Juntavam dinheiro e, quando tinham a importância necessária, investiam-na então nessa compra. Não está mal visto. Eu, pessoalmente, nunca tive problemas até há bem pouco tempo. Comprei o carro em 2004, e comecei a pagá-lo ainda nesse ano. Passado um tempo, mudei de casa e tive de abrir outra conta na nova dependência do meu banco, desactivando a outra. A quantia debitada, todos os meses, naquela data, pelo sistema de débito directo, processou-se sem problemas até ao passado mês de Julho. Aqui, inexplicavelmente, o dinheiro deixou de ser levantado. Estamos em Setembro, e ainda não levantaram a quantia. Neste passado Sábado, recebi cartas da financeira, (trazidas pelos senhores que me compraram a outra casa) acusando o atraso dos pagamentos e os respectivos juros de mora. Ora, eu, que nada tive a ver com tal fenómeno, vejo-me envolvida numa embrulhada da qual não sei bem como sair. A minha reacção imediata foi a de me dirigir ao meu banco, explicar a situação e pedir ajuda na resolução do mesmo. A primeira atitude tomada pelo meu banco foi a de conferir o saldo da minha conta nas datas do débito, e, de todas as vezes, havia saldo para o débito. Telefonei à financeira expondo o problema. Lá disseram-me que o meu banco acusara falta de provisão na conta. Confrontadas as contas, verificou-se que estavam, desde Julho a tirar dinheiro da outra conta já antiga, que estava já desactivada. O que é que correu mal desde Julho até agora? Sim, porque o dinheiro foi sempre levantado até Junho sem problemas… O que terá corrido mal, então? Não sei… nem a financeira, nem o meu banco sabem também explicar o que aconteceu. O que é certo é que eu tenho duas prestações em atraso, acrescidas de juros de mora, e eu não tenho culpa absolutamente nenhuma no que aconteceu. A financeira recusa-se a renegociar estas prestações, remetendo tudo para uma outra firma que trata dos pagamentos em atraso! Resumindo e concluindo, é pagar e não protestar. Sempre me lembrei de levar o caso a tribunal, mas iria gastar muito mais dinheiro, para não falar dos aborrecimentos que iria ter… e assim se vão safando os culpados! A penalização cai sempre sobre o desprotegido cidadão anónimo. Como me dizia um senhor meu conhecido a quem aconteceu uma situação idêntica, “tive de pagar ou teria o meu nome sujo no Banco de Portugal”! E assim se vai vivendo neste minúsculo canteiro a que chamamos país - com medo!



publicado por fatimanascimento às 08:33
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Segunda-feira, 11 de Junho de 2007
As comissões bancárias

Nós, portugueses, para além de estarmos cada vez mais pobres, ainda temos de pagar a crise a torto e a direito. Não admira que o descontentamento e o desânimo reinem, apesar das invectivas discursivas, por altura das comemorações, daqueles que nos governam  para, julgam eles, nos darem  força... Não admira! Não sabem como é, por isso não sabem o que dizem. Para se conhecer a realidade deste país é preciso deixar o conforto dos gabinetes e pegar nos carros caríssimos, pagos com o dinheiro dos contribuintes, e rumar aos problemas quotidianos deste. Poderiam também tentar a aventura que é viver, mês após mês, com os salários que recebemos e fazer frente às despesas quotidianas que cada vez aumentam mais... (gastamos o mesmo e pagamos mais!). E o que é mais doloroso, chegando mesmo a ser angustiante, é vermos que estamos cercados de despesas às quais não podemos fugir. Algumas delas, nem sequer são anunciadas, sendo-nos descontadas nas contas bancárias onde estão sediados os nossos vencimentos. Pagamos por tudo e por nada!  Todos nós conhecemos imensos factos, como por exemplo estes... Um dia destes, telefonei a um colega meu, solteiro, a viver com os pais, apanhando-o num dia de má disposição. Perguntei-lhe a razão dessa má disposição e respondeu que lhe haviam retirado cerca de cinquenta cêntimos da sua conta e ele desconhecia o motivo. Estava a pensar ir ao banco questionar tal facto. Há uns anos atrás, eu comprei uns títulos da EDP e TLP e, passados uns anos, eu tive de mudar de banco porque o que recebia de lucro dos títulos, não cobria o preço que pagava com as despesas bancárias pela sua administração. A última aconteceu um dia destes, quando fui ao banco receber a pensão de alimentos dos meus filhos e, qual não é o meu espanto, reparei que, de novo,  em vez da quantia habitual que foi estipulada pelo tribunal, havia menos... Questionei o banco sobre a periodicidade desses descontos (chamemos-lhes assim!)  e responderam-me que eram efectuados de três em três meses... assim, logo que depositam a pensão, esta fica imediatamente reduzida depois de lhe retirarem as quantias referentes ao "TRFDEBORD", ao "DESPTRF" e ao "IS" acabam as crianças por receber menos quinze euros e quarenta e oito cêntimos, de três em três meses... Ora, no IRS, temos de declarar a quantia ilíquida da pensão, pelo que acabamos de ser lesados em todos os sentidos, uma vez que declaramos dinheiro que não chegamos efectivamente a receber... É com estes factos que devemos seguir em frente alegres e contentes? Senhores governantes, ao menos deixem-nos viver o nosso desânimo em paz e sossego, sem balelas... respeitem isso.



publicado por fatimanascimento às 12:27
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