opiniões sobre tudo e sobre nada...

Sábado, 11 de Junho de 2011
Política e políticos

Sem os políticos não há política. E aqueles, antes de serem políticos, são pessoas. E as pessoas têm qualidades boas e más. Quando se vota deve-se sempre olhar à pessoa e nunca às ideias. Primeiro, há que acreditar no homem para se acreditar no político. Com os escândalos que têm aparecido nos meios de comunicação, não vejo muitos com as qualidades certas para ocupar o lugar tão importante como é o do primeiro-ministro deste país. Para já, e não sei se é defeito da pessoa ou dos meios de comunicação, que só mostram agressões verbais entre partidos. A política tem de ter ideias. Onde estão elas? Quem as conhece? A situação do país parece ocupar um segundo lugar na lista das prioridades políticas. O que se vê, de um lado é o apelo ao medo da parte de um grande partido e, do outro grande partido, o apelo para os portugueses derrotarem o actual chefe do governo que classificam de mentiroso e incompetente. Ninguém fala da forma como pensa encarar a crise. Mas, vendo bem, não é preciso. Quem ganhar as eleições, vai ter a vida simplificada: só tem de obedecer às ordens ditadas pela Europa. Vai ser ajudado a pôr o plano em prática e fiscalizado regularmente. O que, vendo bem, é bem. Pensem. Nunca nenhum governo deu contas ao povo do que fazia com o dinheiro que vêm buscar à força do nosso trabalho. Não teremos capacidade para entender as finanças do país? Serão estas muito mais complicadas do que a lógica utilizada na administração das nossas casas? Há uma coisa chamada responsabilidade. Mas esta responsabilidade pelos actos cometidos, parece só existir para as classes mais baixas, as outras acabam sempre, de uma forma ou de outra, por não ser responsáveis por nada. Quem governa o país tem de ser responsabilizado pelo que faz. Isto faria com que os políticos tivessem mais cuidado com a forma como governam o dinheiro do país. A primeira consequência era a diminuição de candidatos, porque há uma qualidade inerente a qualquer pessoa que exerça um cargo público: a honestidade. Só estes teriam vontade de ocupar tal cargo. Mas como se pode medir a honestidade de uma pessoa? Eu não acredito nem nos políticos nem na política, pelo menos da forma como está a ser usada. Não acredito em cargos, acredito em pessoas. E só quando houver uma máquina capaz de medir a honestidade de um político, acreditarei nele, mas só e se a máquina for inviolável. Neste momento, a imagem dos políticos e do seu clientalismo está gasta e não há nada que faça mudar esta situação. Quem está no governo deve trabalhar em prol do interesse do povo e não contra. Está lá para servir e não para mandar. Disto se esquecem os políticos logo que ganham as eleições. Governar deve ser sinónimo de “servir” e não um “país” mas um povo. O termo país é, na minha opinião demasiado fraca. Lembra só o rectângulo não quem nele vive! O que já dizia D. Pedro insatisfeito com os políticos do seu tempo pode, ainda hoje, aplicar-se aos de hoje. Nada mudou. O tempo passou mas nada se aprendeu com ele. Tudo continua na mesma. Com os mesmos vícios. Por isso nada me interessa menos do que a política e os políticos! Como me posso interessar por pessoas nas quais não acredito?



publicado por fatimanascimento às 10:20
link do post | comentar | favorito

Sábado, 14 de Março de 2009
A leitura dos jornais

Há muito que deixei de ler a imprensa escrita, principalmente jornais. Não suportava as más notícias que abriam continuamente a primeira página, em letras garrafais, quanto mais as outras. Vivia numa espécie de reclusão voluntária, ouvindo somente, durante a longa viagem, ocasionalmente as notícias da rádio, que passam de hora a hora. Ficava satisfeita. Nada mais me interessava, só o essencial. Protegia-me, deste modo, da angústia que me causava a leitura, sempre com as notícias que denunciavam os graves problemas os humanos existentes no mundo, a todos os níveis. Há pouco, e devido aos incentivos criados pela mesma, (aquisição de livros a preço imbatível e oferta de dvd na compra dos jornais) recomecei a ler, devagar, escolhendo cautelosamente os artigos, entrevistas, reportagens… muitas delas com grande interesse, como não poderia deixar de ser, que levantavam questões sociais muito pertinentes. O entusiasmo regressou. (Os incentivos resultaram!) Sempre que leio é como se a simples leitura ajudasse a resolver positivamente esses problemas. Mas não é assim. O facto de a imprensa nos alertar para os factos, não faz de nós participantes directos na mudança, o que faz com que essas denúncias e o risco de vida que elas acarretam, para os jornalistas que as denunciam, um trabalho vão, uma vez que, dentro de pouco tempo, elas serão esquecidas. Será indiferença? Talvez… talvez as pessoas se estejam a defender como eu o fiz. Acho que existe aquele sentimento angustiante que leva a pensar que, apesar de todo o excelente trabalho realizado, o mundo continuará na mesma. É isto que angustia as pessoas e as faz desligar-se do que se passa à sua volta, não é a leitura dessas notícias (apesar de estarem fartas) é a sensação de que nada mudará e que tudo, de uma forma ou de outra, está perdido. Esta indiferença é uma forma de morte. É certo que as notícias se discutem nos cafés, nos cabeleireiros, mas raramente passam daí. Então o que se pode fazer? Exigir dos órgãos governamentais acção nesse sentido. Afinal, se eles foram eleitos, que se mostrem minimamente dignos do povo que representam e se esforcem por colocar em prática as suas aspirações mais legítimas. Sobretudo, as questões sociais têm de nos preocupar e devemos bater-nos por ajudar a encontrar soluções, que são o maior problema, uma vez que são estas que mais fazem falta e as que escasseiam. O aspecto social diz respeito a todos e não só a alguns. Talvez, como povo, precisemos de ser mais unidos para começar a actuar como tal. E se as notícias envolverem membros do governo ou outras personalidades directamente ligadas a cargos, aquelas que deveriam proteger os nossos interesses mais imediatos? (Estou a falar daqueles que deveriam, por exemplo, proteger o dinheiro dos depositantes que neles confiam, e que acabam por lesar, mostrando não ser dignos do cargo ocupado?) O que não podemos, nunca, sob pena de todos pagarmos por isso, é voltar as costas e mostrar indiferença, ainda que esta seja falsa. Há que lutar por um mundo melhor. Todos merecemos isso… E, depois, se alguns arriscam a vida, que direito temos nós de ignorar o seu esforço? Isto, partindo do princípio que as notícias chegam todas, sem excepção, até nós e não ficam retidas algures seja lá porque motivo for.



publicado por fatimanascimento às 08:13
link do post | comentar | favorito


mais sobre mim
Julho 2018
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
31


posts recentes

Política e políticos

A leitura dos jornais

arquivos

Julho 2018

Outubro 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Agosto 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

tags

todas as tags

favoritos

A manifestação de Braga

links
blogs SAPO
subscrever feeds