opiniões sobre tudo e sobre nada...
Segunda-feira, 30 de Março de 2009
Caixotes para lixo reciclável

Tal como todas as pessoas, eu também me preocupo com a sujidade do planeta, para a qual todos nós, sem excepção, contribuímos, em maior ou menor proporção. O nosso planeta é a nossa casa e, se o sujamos, como poderemos ter saúde? Estamos totalmente dependentes da água para beber e do ar para respirar, (para falar só dos aspectos mais óbvios) … e quanto mais puros forem, melhor para todos. Depois, o abate de árvores e os fogos não ajudam, em nada, nos problemas que o planeta vem enfrentando, e, como ainda não encontrámos nenhum planeta como o nosso, capaz de nos abrigar, temos de ter ainda mais atenção. Sem este planeta, estamos perdidos, nós, seres humanos e toda a vida que dele depende, correndo mesmo o risco de acabar essa diversificada vida (na qual estamos incluídos, obviamente), pelo menos, da forma como a conhecemos. E a responsabilidade é de todos… e não temos muito mais tempo. Isso parece já ser um ponto assente e aceite por todos. Felizmente, alguns esforços estão a ser feitos, ainda que pálidos, para fazer face aos problemas criados, durante um século ou mais. As escolas, pela voz das crianças, já se fazem ouvir, exigindo, dos pais, alguns comportamentos que levem ao respeito pela natureza. E, como eles são o futuro, pelo menos o imediato, estamos no bom caminho.

Há uns tempos atrás, andei a espreitar os caixotes do lixo reciclável, nas intermináveis filas dos hipermercados. Muito atraentes nas suas formas e cores, eles apresentam, contudo, dois aspectos menos bons, que, na minha humilde opinião, ao serem observados, facilitariam a vida a todos aqueles que separam o lixo. O primeiro aspecto negativo é não possuírem uma das mais velhas invenções humanas – as rodas. O outro, é o serem pequenos para a quantidade de lixo produzido, e, se tivermos em consideração a distância a que a maioria dos contentores do lixo reciclável se encontram, não é fácil andar para lá a correr todos os dias. Depois, o vidro, para além dos óbvios riscos que apresenta, é uma matéria muito pesada para transportar. O plástico, por seu lado, é muito volumoso, ainda que encolhido sob a pressão das mãos. Com as latas já é mais difícil.

A partir daqui, e com um pouco de imaginação, até podem dotar estes de outras características também elas úteis para quem as utiliza.

 



publicado por fatimanascimento às 21:55
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Quinta-feira, 26 de Março de 2009
A luta perdida?

Lembram-se da manifestação dos professores que reuniu mais de cem mil docentes num protesto que empalideceu o governo? Não valeu de nada. O objectivo dessa manifestação era evitar que este modelo de avaliação fosse imposto pelo governo aos docentes. Pois, mas não deu resultado… Muitos docentes entregaram os objectivos, pelo que está perdida a batalha. Os que não entregaram os objectivos, irão ser avaliados, por parâmetros criados pelos conselhos executivos das escolas e os seus números entregues na respectiva direcção regional, segundo um membro do sindicato. Digo batalha, para não ser pessimista, porque poderia mesmo avançar que se perdeu a guerra. Sim, porque assim que começaram os primeiros a entregar, outros, dominados pelos mesmos medos de represálias, fizeram o mesmo. O modelo de avaliação, copiado do modelo chileno, segundo fontes aparentemente seguras, está como o toyota – veio para ficar. A ironia reside no facto de, segundo outra informação, este modelo ter sido recusado pelos docentes chilenos, que se uniram contra ele.

Isto recorda-me uma conversa tida, há dias, com uma colega que se lembrava de, há alguns anos atrás, ter estado numa escola unida onde todos faziam greve. Isto é, os efectivos juntavam-se à luta dos mais novos e vice-versa, numa solidariedade que ela testemunhara e da qual tinha, manifestamente, saudade. Pelo contrário, eu não tenho, infelizmente recordações dessas. A primeira fez que fiz greve, foi para me juntar à luta dos efectivos, num gesto de solidariedade. Uns meses depois, foi decretada greve destinada a exigir alguns direitos básicos para os contratados. A greve foi feita no local de trabalho, onde se encontravam efectivos, prontos para se lançarem ao trabalho. Nenhum problema. A greve é um direito, que só é usado por quem quer. O que mais doeu foi perceber, nas palavras de uma docente, com uns bons anos já de leccionação, a divisão do corpo docente. Ela dizia que cada qual luta pelos seus direitos. Neste caso, a luta era comum. A cisão da classe já sentida, há uns anos atrás, continua. O que não faz sentido, é uma manifestação daquelas terminar numa entrega tão pouco digna, para os mesmos. Por acaso, e apesar das experiências vividas neste aspecto, tenho de admitir que, por momentos, ainda tive esperança que todos se unissem, e conseguissem levar a sua vontade avante. Essa esperança durou pouco… a vida ensina muito, para perdermos tempo com esperanças.

 



publicado por fatimanascimento às 20:55
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Sábado, 21 de Março de 2009
A opinião de ninguém sobre alguém

Não é de agora. Não é a primeira vez. Sempre se ouviu falar de corrupção entre as pessoas que ocupam postos de trabalho de grande responsabilidade neste país. Não há novidade nenhuma nas notícias que vêm a público. Com o tempo, só as caras expostas vão mudando, sendo o resultado sempre o mesmo – nada. A polícia só apanha o peixe miúdo. A propósito, todos se lembram da captura do adolescente que, tal como tantos outros neste país, retirava músicas da net? Pois, capturas, se as esperam, só destas. Toda a gente percebeu que, a partir de uma certa esfera social, a justiça parece ser cega, surda e muda. Ninguém faz nada, mesmo conhecendo-os. (Ah, peço desculpa. Esqueci-me do senhor vale e Azevedo, que fugiu para Inglaterra, e que a justiça portuguesa se vê em apuros, para reaver). Isto mesmo foi reconhecido por uma pessoa bem conhecida que falava de elementos ligados ao próprio estado. O que foi que lhe responderam? Se ele tinha conhecimento, que apresentasse queixa. Ninguém disse que, se havia suspeitas, deveriam fazer-se investigações para apurar a verdade dos rumores. Já nem falar sabem. Também não é preciso. Embora eu ficasse mais descansada. Dá a ideia que vivemos num país sem rei nem roque. Onde os meninos protegidos fazem tudo e nada lhes acontece. Ninguém se importa, ou se interessa, pelo que o povo pensa. Também não interessa. Ele faz o que lhe mandam. Nada mais interessa. E é assim que deve continuar… para bem dele! Com algum descuido, ainda lhe acontece como àquele rapaz! Depois, há aqueles que opinam de uma forma curiosa, sobre estes acontecimentos de uma forma curiosa. Não sei porque motivo. São pessoas desconhecidas que afirmam que não podem censurar essas pessoas que se aproveitam dos seus cargos para enriquecer de forma ilícita porque, se estivessem no lugar deles, teriam a mesma atitude. Talvez essas pessoas, cujas vigarices foram descobertas, e as outras que se mantêm ainda na sombra, tenham essa mesma opinião sobre o povo em geral, que eles tomariam a mesma atitude se tivessem oportunidade para tal e, por isso, se mostrem tão descuidados. Quando ouvimos esta opinião de alguém, que não é ninguém socialmente falando, embora tenha essa pretensão, sobre aqueles que, por actos ilícitos foram apanhados nas malhas da justiça, está aberta a corrida para a meta da corrupção. Seguindo esta ordem de ideias, as falsas partidas não interessam, só conta quem chega primeiro. Sim, porque aquela pessoa acabou de legitimar aquilo que corre já para essa meta – a corrupção. O que me intriga é a moral que os elementos do estado têm em julgar os outros, apanhá-los e castigá-los, quando eles fazem o mesmo com uma única diferença – o que para uns é crime para outros é mentira. É sempre difamação ou perseguição de forças obscuras. O que me irrita é pensar na moral das pessoas que denunciam estes casos e só o fazem nas alturas das eleições. Isto também não abona nada também a favor do perfil deles. Fazem o que está correcto com as intenções erradas. Em quem podemos confiar? Isto mostra bem a cobardia existente neste país. Está bem vivo aquele ditado popular que diz que “quem rouba um tostão é ladrão, quem rouba um milhão é barão”. Por tudo o que foi aqui dito, a corrupção grassa com a bênção de muitos apoiantes populares, que são da mesma natureza. Querem outro ditado que defende a filosofia da corrupção? Aqui vai – “Quem parte e reparte e não fica com a maior parte ou é tolo ou não tem arte”. Há muita gente que o utiliza para legitimar os seus actos. A honestidade não interessa. Morreu pobre…



publicado por fatimanascimento às 00:18
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Terça-feira, 17 de Março de 2009
Coincidências ou não?

Sempre me interroguei se a nossa vida era feita de acasos ou se a mesma já estaria programada assim. Aqui, as opiniões divergem. Mas, há aspectos que eu não consigo explicar. Parece que naquele momento e naquele determinado lugar, mesmo quando não nos damos conta, estamos a contribuir com algo nosso. Refiro-me a situações simples, como uma conversa de cabeleireiro ou de café, etc.. Numa das últimas vezes que tive oportunidade de falar com uma pessoa, naquele determinado sítio e naquela determinada hora, a pessoa com que conversava aprendeu algumas ideias comigo. Não é que ela já não soubesse isso, mas, muitas vezes, não sei porquê, a mensagem parece não conseguir passar, pelos mais diversos motivos. Começámos por falar de assuntos banais, como o preço dos tratamentos de beleza e do cabelo, queixando-se ela que as pessoas não queriam pagar para obterem o resultado ideal, para a sua aparência. Ela queria mostrar as maravilhas que poderia realizar numa pessoa, caso esta estivesse disposta a pagar o preço justo. Justo, depreendi que seria sinónimo de caro, para a maioria das bolsas das clientes que apareciam no salão. Fiquei calada por momentos. Falei-lhe dos baixos salários responsáveis por essas posições tomadas pelas clientes. Era uma senhora, ainda jovem, uma daquelas empreendedoras natas que raramente encontramos na vida, dona de um estabelecimento de beleza. Passados uns momentos, eram as organizações de caridade que a chamavam ao telefone pedindo encarecidamente o seu donativo. Acenava negativamente com o indicador à empregada, mostrando-se renitente em responder à voz masculina que se desprendia do telefone sem fios e atravessava a sala. Ela tinha razão num aspecto: são muitas as necessidades e poucas as pessoas dispostas a ajudar. Ela era, ainda assim, uma das que contribuía regularmente, tanto quanto me apercebi. Ficou de telefonar. Mostrava-se cansada de tantos pedidos. Calmamente, mostrei-lhe que as necessidades, para além de prementes, eram diárias, daí a angústia com que se deveriam debater algumas delas, sobretudo as que acolhiam crianças enfermas. Ela acalmou-se. Entendera. A mensagem passara. Quando saí do estabelecimento, ela já não era só a alegre pessoa empreendedora e profissional, com dotes já demonstrados, mas uma pessoa mais permeável.



publicado por fatimanascimento às 11:45
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Sábado, 14 de Março de 2009
A leitura dos jornais

Há muito que deixei de ler a imprensa escrita, principalmente jornais. Não suportava as más notícias que abriam continuamente a primeira página, em letras garrafais, quanto mais as outras. Vivia numa espécie de reclusão voluntária, ouvindo somente, durante a longa viagem, ocasionalmente as notícias da rádio, que passam de hora a hora. Ficava satisfeita. Nada mais me interessava, só o essencial. Protegia-me, deste modo, da angústia que me causava a leitura, sempre com as notícias que denunciavam os graves problemas os humanos existentes no mundo, a todos os níveis. Há pouco, e devido aos incentivos criados pela mesma, (aquisição de livros a preço imbatível e oferta de dvd na compra dos jornais) recomecei a ler, devagar, escolhendo cautelosamente os artigos, entrevistas, reportagens… muitas delas com grande interesse, como não poderia deixar de ser, que levantavam questões sociais muito pertinentes. O entusiasmo regressou. (Os incentivos resultaram!) Sempre que leio é como se a simples leitura ajudasse a resolver positivamente esses problemas. Mas não é assim. O facto de a imprensa nos alertar para os factos, não faz de nós participantes directos na mudança, o que faz com que essas denúncias e o risco de vida que elas acarretam, para os jornalistas que as denunciam, um trabalho vão, uma vez que, dentro de pouco tempo, elas serão esquecidas. Será indiferença? Talvez… talvez as pessoas se estejam a defender como eu o fiz. Acho que existe aquele sentimento angustiante que leva a pensar que, apesar de todo o excelente trabalho realizado, o mundo continuará na mesma. É isto que angustia as pessoas e as faz desligar-se do que se passa à sua volta, não é a leitura dessas notícias (apesar de estarem fartas) é a sensação de que nada mudará e que tudo, de uma forma ou de outra, está perdido. Esta indiferença é uma forma de morte. É certo que as notícias se discutem nos cafés, nos cabeleireiros, mas raramente passam daí. Então o que se pode fazer? Exigir dos órgãos governamentais acção nesse sentido. Afinal, se eles foram eleitos, que se mostrem minimamente dignos do povo que representam e se esforcem por colocar em prática as suas aspirações mais legítimas. Sobretudo, as questões sociais têm de nos preocupar e devemos bater-nos por ajudar a encontrar soluções, que são o maior problema, uma vez que são estas que mais fazem falta e as que escasseiam. O aspecto social diz respeito a todos e não só a alguns. Talvez, como povo, precisemos de ser mais unidos para começar a actuar como tal. E se as notícias envolverem membros do governo ou outras personalidades directamente ligadas a cargos, aquelas que deveriam proteger os nossos interesses mais imediatos? (Estou a falar daqueles que deveriam, por exemplo, proteger o dinheiro dos depositantes que neles confiam, e que acabam por lesar, mostrando não ser dignos do cargo ocupado?) O que não podemos, nunca, sob pena de todos pagarmos por isso, é voltar as costas e mostrar indiferença, ainda que esta seja falsa. Há que lutar por um mundo melhor. Todos merecemos isso… E, depois, se alguns arriscam a vida, que direito temos nós de ignorar o seu esforço? Isto, partindo do princípio que as notícias chegam todas, sem excepção, até nós e não ficam retidas algures seja lá porque motivo for.



publicado por fatimanascimento às 08:13
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